Sempre que fazemos algo de novo ou introduzimos mudanças, há seguramente um troço do caminho a percorrer que desconhecemos. Teremos que encontrar a motivação, a atitude e a determinação para começar.
Na maior parte das vezes basta acreditar que é possível, para se dar o 1º passo. Os passos seguintes hão de gradualmente tornar-se mais claros, e é óbvio que vão surgir desafios e situações mais exigentes do que se esperaria, mas é justamente isso que nos faz progredir e dar mais um passo.
Tente o que ainda não tentou
“Ai agora o mercado está mau, é melhor não…”, a crise e o desemprego, o fado do coitadinho, os 2 comerciais que puxam a equipa de 20 elementos para baixo… PARE, a leitura mais razoável que podemos fazer do contexto atual é que este não nos deixa acreditar, projetar novas iniciativas e ter a confiança de que estas vão ter o impacto positivo que ambicionamos. Até para a mediática afirmação de campanha do antigo Presidente Barack Obama “Yes, We Can!” rapidamente foi encontrada a versão portuguesa… “Yes, Weekend!”.
O mercado está diferente e por isso é preciso fazer coisas diferentes para ter pelo menos o mesmo nível de resultados do passado. Mas é efetivamente preciso acreditar e fazer acontecer. Onde as coisas habitualmente falham não é no planeamento, é na operacionalização e no nível de compromisso. E muitas vezes arrancamos com a dinamização das iniciativas, mas o não haver retorno de curto prazo faz-nos baixar os braços muito rapidamente.
Querer é poder…
… já assim diz o ditado. De facto, é nas situações mais desafiantes ou mais críticas que sentimos mais pressão e isso conduz, de certa forma, a alguma instabilidade emocional.
Importa saber: para onde nos leva essa emoção? Agir nestes momentos implica sair da zona de conforto, ultrapassar barreiras pessoais e descobrir os limites do indivíduo. Se nos acomodamos e ficamos à espera que a crise passe, estamos efetivamente em linha com a tal tradução nacional do slogan de Obama. A outra alternativa, a única que pode trazer resultados diferentes, é… AÇÃO!
Efeito dominó
Lembra-se dos dominós dos miúdos, em que se tocássemos suavemente e derrubássemos uma peça, caíam todas as outras? E, por outro lado, se deixássemos muito espaço entre as peças, a sequência interrompia-se? Pois, na realidade empresarial não é muito diferente, senão pensemos em dois tipos de pessoas:
- Os deita-abaixo – Fuja destes, vão deixá-lo pior do que já está! Rodeie-se das pessoas certas, empreendedoras, positivas, com a energia e determinação para pensar, soluções distintas e dispostas a fazer acontecer as coisas.
- Os fura-vidas – E destes também! São os que estão à espera do seu sucesso para lhe dizer que teve apenas uma sorte bestial. Por mais “amigos” que pareçam, quando precisar deles, eles desviam-se… Cuidado, são eles que minam tipicamente o caminho.
Eu consigo!
Grite estas 2 palavras a cada manhã, no carro, no chuveiro, não importa… Acredite e faça acreditar a sua equipa. Escreva umas frases fantásticas sobre si próprio, sobre o que quer para si e leia-as frequentemente.
Nesta altura, a motivação e a força têm que vir de cada um de nós, já que, provavelmente, não será tão fácil que a empresa ou os resultados desta as proporcionem.
O que precisa para sair da zona de conforto? Como pode contagiar a sua equipa a fazê-lo? O que pode surtir uma injeção de motivação? Invista em si e nas suas pessoas. É que investir nesta dimensão não terá necessariamente que envolver custos e, se tiver, porque não reduzir outros custos para poder assumir estes? Se tal for determinante para levar o barco a bom porto, porque não? Desenvolvimento e liderança intrapessoal, formação, e-learning, seminários, coaching e mais e melhor comunicação são algumas das áreas de aposta para motivação e dinamização da equipa e, consequentemente, do negócio.
E se ainda não fez o raio-X?
Como estão os resultados do negócio? Como evoluíram os 4 ou 5 indicadores chave? Quais os resultados das estratégias recentemente implementadas? O que vamos fazer no próximo mês, na próxima semana? O que é que cada comercial vai fazer em cada dia? E se temos alguém parado, o que é que essas pessoas poderiam estar a fazer?
Estamos a ser permissivos porque também nós próprios estamos desmotivados com os resultados do negócio? Ou, ao invés, estamos a ser assertivos e a exercer a liderança que a nossa equipa precisa? E para empreender as tais iniciativas em que não nos sentimos como peixes na água, lá está, custa apenas dar o 1º passo… Se as sentirmos como imprescindíveis, vamos mesmo avançar e à 2ª ou 3ª vez correrá seguramente muito melhor. E mesmo que não haja a capacidade de assegurar essas ações sozinho, procurar a ajuda de quem nos possa dar esse apoio já é um grande 1º passo!
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