A famosa corneta sul-africana de apoio à Selecção promete ser um dos ícones do Mundial de Futebol 2010. Para além de celebrarmos a presença de Portugal neste Mundial da África do Sul, seguramente que não nos ficaremos por aqui de celebrações…
Mas não é nem do Mundial nem desta vuvuzela que vos venho falar hoje, mas sim de outra competição, exclusivamente para os melhores, a da vossa Empresa!
Equipa e Selecção, tem?
Não há vinhos premiados que não venham de excelentes colheitas! Não podemos vencer, superar, se não tivermos os melhores talentos e as melhores competências dentro de portas…
Fazer com a prata da casa nem sempre é (a melhor) opção, a não ser que se aposte e invista seriamente no potencial de alguma dessa prata e ela se converta em platina, mas não é de descurar considerar seriamente ir buscar mais alguma fora!
Muitas vezes há decisões que protelamos por serem emocionalmente difíceis e não chegamos a equacionar quão caro poderá ser não dispensar alguém. O custo de não despedir tem que incluir o proveito que não estamos a obter por termos aquela pessoa a preencher determinada posição; se estivermos a falar de perfis comerciais, ainda mais notório isto se torna. Nestas situações, defina e partilhe com a(s) pessoa(s) metas objectivas para horizontes temporais curtos que tenham que ser impreterivelmente atingidas; se não o forem, tem a sua decisão racionalmente fundamentada… o que torna as coisas bem mais fáceis.
Depois há o remediar, o desenrascar ou, como por vezes me dizem, o estar quase a rebentar a corda… Qual é o custo de estar pelas costuras? Não me diga que até nem está muito activo em termos de prospecção, porque depois, se fecha mais clientes, não consegue dar resposta? E se a corda rebenta… ou alguém a rói? Está preparado, está disponível para perder clientes por não conseguir assegurar o nível de serviço? Ou vamos aguentando por causa da crise, que isto não é boa altura para meter pessoas? Onde estará o maior risco?
E há ainda o não investir ou investir a meio gás. Se não investimos nas pessoas, não desenvolvemos outro tipo de trabalho e os bons… esses perdemo-los e depois admiramo-nos. Se investimos a meio gás, quebramos o todo. Se só investimos nos líderes, estamos a permitir-nos estagnar as segundas linhas e a comprometer termos novos líderes no médio prazo. Se investimos nas camadas mais baixas da pirâmide… a liderança começa a deixar de ser bem sucedida, e um líder desmotivado, que não se encoraja a ele próprio, não inspira ninguém na equipa!
Ser bom líder hoje não chega para ser bom líder daqui a dois anos. Ser bom comercial hoje não garante que se seja um excelente comercial no médio prazo. Se o mercado muda, se os clientes estão a ficar mais “espertos” e as necessidades evoluem vertiginosamente, como é que nos podemos dar ao luxo de ficar sossegadinhos e de não dar outras respostas, de não antecipar algumas dessas necessidades?
Treinos intensivos, faz?
Se tem uma boa equipa, parabéns, está no começo da escalada! A equipa terá que permanecer pelo menos tão forte durante o caminho, independentemente dos obstáculos e dos desafios que encontrar…
A formação e o enriquecimento a nível técnico são determinantes, mas não são tudo. E a sorte ajuda, muito…, mas todos sabemos que infelizmente ela não fica lá para sempre e que não nos sai o Euromilhões se não submetermos o boletim.
Treinar todas as competências, e não somente as técnicas, é ampliar o horizonte, o conhecimento e a capacidade. Melhorar a prestação individual é importante, mas isso não assegura dar o salto como equipa. Dinamizar e fazer crescer a equipa pode fazer toda a diferença na concretização dos objectivos da empresa.
Há inúmeras sinergias que nunca são potenciadas se as pessoas não forem desafiadas noutros contextos distintos dos habituais ou noutras áreas, diferentes daquelas a que a sua interacção diária está confinada.
Há competências que não estão potenciadas, há revelações que o dia-a-dia ainda esconde e há, sobretudo, muitos desafios a vencer nas equipas que, tipicamente, se manifestam ao nível de:
– Falta de confiança
– Medo de conflito
– Falta de compromisso
– Evitar responsabilidades
– Pouca orientação a resultados
Sessões de brainstorming periódicas, eventos de teambuilding, avaliações 360, planos de desenvolvimento individual, modelos de avaliação de desempenho, métodos de comunicação do progresso efectuado, constituem algumas das mais poderosas ferramentas de gestão ao dispor das empresas para melhorar a produtividade e as posicionar num patamar diferente de resultados.
Com a vuvuzela, celebra?
E nunca esquecer a vossa vuvuzela!
Sempre que algo de positivo, de bom, acontece na empresa, como é que celebramos, como é que partilhamos com a equipa?
Como é que agradecemos o facto de irmos dando os pequenos passos na escalada? Como é que festejamos, a cada trimestre, o progresso realizado, que nos está a deixar mais perto dos objectivos anuais?
Um ritual, um ícone, uma rodada de cafés, um e-mail, um artigo na newsletter, um destaque no plasma do open space, outra corneta qualquer…
Celebrar não tem que sair mais caro! Tem é que manifestar reconhecimento genuíno e gerar emoções que deixem vontade de repetir a proeza, logo a seguir…
Vamos, imprima uma nova dinâmica à sua Empresa. 2011 ainda tem mais um semestre pela frente!
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