Ao vender, qual será o código genético da sua empresa?
Por mais que pense, só consigo encontrar uma resposta à altura… o Cliente!
Numa conjuntura em que a diferenciação e a transformação sustentada surgem como abordagens ganhadoras, o cliente tem necessariamente que ser o driver.
Mas o Cliente em ambas as perspectivas, o cliente externo e o cliente interno!
Ainda esta semana, numa entrevista de grupo de recrutamento, questionava o que era mais importante, se o cliente, se a organização interna.
A grande maioria dos candidatos relevou o Cliente, porque se não tivermos clientes, mais nada faz sentido. Porém, não é menos verdade que quem serve escolher o cliente são os nossos colaboradores, e cabe às nossas pessoas viver a missão de servir de uma forma exemplar.
Se não permitirmos que o nosso cliente interno – os nossos colaboradores – viva o seu propósito, já pensou o que acontecerá ao nosso ambicionado serviço de excelência?
Cliente interno: as Pessoas
Não há dúvida nenhuma que o mais importante nas Organizações continua a ser… as pessoas!
Muitas têm sido ao longo dos anos as teorias de motivação que foram vingando e ajustando-se.
Hoje sabemos que, na impossibilidade de remunerar e premiar como noutros tempos, a hierarquização das necessidades humanas ganhou nova “prioritização”, e que é determinante conhecer individualmente cada colaborador para saber o que o faz correr.
Não havendo varinhas de condão motivacionais transversais, porque cada um se move por coisas diferentes, existe porém um denominador motivacional comum assente em 4 pilares fundamentais à estratégia de gestão de recursos humanos:
– Clima organizacional – a aposta pela comunicação sistemática, a preocupação em criar e estimular um ambiente de trabalho salutar e a alocação eficaz das pessoas às diferentes áreas, contribuindo para um aumento da satisfação e da produtividade;
– Selecção e recrutamento – porque a diversidade é importante e porque ter sangue novo nos confere uma vantagem competitiva inegável, por mais complexo que seja integrar as mais diversas gerações; sem elementos novos não nos libertamos para fazer crescer os mais seniores e não acautelamos o futuro;
– Desenvolvimento de talentos – gerir um talento é potenciar a intersecção entre as competências e a vivência do propósito de vida do colaborador, e aqui o coaching assume um papel fundamental;
– Gestão da compensação – mesmo sem haver lugar a grandes prémios, é importante que se consiga implementar um sistema assente numa filosofia de remuneração criativa, que enderece as necessidades básicas de cada um, maximizando o impacto no desempenho, sem nunca esquecer que o não (fazer, cumprir, etc…) tem que, inversamente, ter consequência.
Garanta que está rodeado de colaboradores realizados, de gente positiva e audaz, que se revê nos valores da empresa.
Tratar bem do cliente interno é a única maneira de prestar um serviço de excelência ao Cliente externo!
Cliente externo: de potenciais clientes a fãs incondicionais
E onde foram parar as nossas vendas? O que fazer quando o funil de vendas está magro em leads qualificadas e a referenciação dos nossos fãs incondicionais já não é suficiente?
O que mudou no mundo das vendas?
Já parou para pensar?
Para qualquer área comercial de uma empresa, a importância do conhecimento do mercado, da concorrência, de antecipar necessidades dos clientes, do time-to-market, entre muitos outros aspectos, é há muito um factor indissociável de competitividade.
Mais recentemente, começou a falar-se de dois aspectos fundamentais em Vendas: o foco no cliente e o elemento humano!
Na verdade, e uma vez que não surgiram recentemente grandes novidades em termos de tácticas de venda, o que mudou efectivamente na venda foi a componente humana, a do relacionamento, de percebermos melhor quem está do outro lado, e de elevarmos o nosso serviço a outro patamar.
Para os líderes que já tinham uma boa equipa comercial, para que conseguissem manter ou aumentar resultados, houve que ajustar a forma de trabalhar, de definir objectivos, de acompanhar, de premiar…
E nós? Mudámos?
O contexto macroeconómico não é fantástico, todos sabemos, mas a verdade é que finalmente se ouve falar em retoma, esteja ela ou não aí… Estamos todos cansados de atitudes contidas, marketing refreado, orçamentos cortados, resultados emagrecidos!
E os clientes continuam a comprar, isso é certo…
O que nos pode então devolver o brilho, para passarmos de bons a excelentes?!
Já pensou como nos sentimos quando nos cruzamos com profissionais que espelham que adoram o que fazem? E que imagem estaremos nós a passar no espelho?
Que é feito da nossa paixão por vender?
Esbateu-se com a crise? E com ela, deixámos também esbater as expectativas?
Ou estará adormecida?
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.