No nosso apoio diário de business coaching às empresas continuamos a deparar-nos com uma série de convicções de gestão muito enraizadas e que nem sempre ajudam as empresas a ir mais longe.
E se experimentássemos prescindir de algumas delas?!
O líder controla todas as situações…
Falso!
Os líderes lidam com diversos problemas e situações.
Os melhores gestores aprendem a lidar com os problemas e a ver nas situações as diversas possibilidades. Quem tenta controlar a situação sempre vive em permanente angústia e não consegue sair da espiral…
Nunca dominamos todas as variáveis e há muitas que não conseguimos, de todo, influenciar! Há que focarmo-nos no que está nas nossas mãos fazer e não dar tanto ouvido ao ruído que nos desfoca!
E esse é o segredo, para o líder e para todos, ultrapassar as questões problemáticas e focar na solução que nos leva para a frente.
O líder é um ser superior, tipicamente mais forte…
Falso!
Já leu isso em algum livro?!
Nem física, nem psíquica, nem moralmente… Ninguém é um “supra-sumo”, nem faz tudo igualmente bem.
O líder pode é fazer um esforço por preparar-se melhor, por desenvolver diversas competências, mas os líderes são seres perfeitamente “normais”. E é bom que o sejam!
O líder está naturalmente disposto a assumir a responsabilidade e a trabalhar com as suas equipas para atingir os resultados que ambiciona.
E está preparado para pagar o preço, muitas vezes muito mais caro que o preço monetário, para correr atrás das suas metas, abdicando de si, do tempo livre, dos momentos com os amigos ou, por vezes, com a família.
E hoje qualquer pessoa deverá sentir-se chamada a fazer isto, independentemente da sua responsabilidade, do seu título, tornando-se líder de si própria e auto-motivada.
Delegar é pressuposto chave…
Falso!
Chave de sucesso é ajudar a crescer… É que nem todos estão preparados para que se lhes delegue…
O tipo de liderança que exercemos deve ser situacional, em função da competência para a tarefa e da motivação para a função de cada colaborador.
Delegar não é dizer o que se pretende, para quando e como deve ser feito, isso é pressionar…
Delegar é responsabilizar pelos resultados esperados e estabelecer um sistema que permita seguir e garantir o atingir dos objectivos.
Mas isso pressupõe maturidade e disponibilidade para que o desafio seja aceite, caso contrário daremos por nós a transferir trabalho ou a controlar em dobro!
Motivação é influência duvidosa…
Falso!
Motivar alguém é angariar alguém para “a nossa causa”, com benefício próprio.
Manipular é acenar a alguém com algo, material ou não, que possa não ser necessariamente bom para essa mesma pessoa.
Motivar é inspirar, é contagiar na direcção certa… potenciando o melhor desempenho em cada um!
As pessoas com elevado desempenho são tipicamente entusiastas, têm uma atitude positiva que faz um efeito dominó muito interessante no encorajar dos outros.
E este contágio traz um impacto motivacional muito interessante que hoje é, cada vez mais, imprescindível nas empresas.
O importante é dar o nosso melhor…
Falso!
E o melhor de cada um é?
Quando os líderes das equipas nos dizem “aqui há um espírito de equipa muito grande e todos vestem a camisola”, ficamos sempre a pensar por que é que os resultados não chegam…
Será que vestir a camisola, ser dedicado e estar disponível, por si só, leva-nos onde precisamos?!
O melhor de cada um são os resultados necessários! Trabalhar mais nem sempre é sinónimo de mais resultados. Trabalhar orientado a resultados pressupõe trabalhar melhor, mesmo que sejam menos horas…
Não queremos que as equipas pernoitem nas empresas ou façam horas infindáveis… o objectivo não é ter colaboradores exaustos… é ter recursos produtivos!
Ou ainda acha que a fadiga é uma métrica de sucesso?!
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.