O Carnaval é uma pausa na rotina diária e, apesar de curta, podemos aproveitar ao máximo uns dias de merecido descanso. O ponto alto para os mais foliões é a parte em que se podem esquecer de quem são e mascarar-se de outras personagens.
Mas agora é a altura de retirar a máscara, ou não?
Quantas vezes adoptamos máscaras nas empresas por variadíssimas razões e depois temos muito receio de as deixar cair e que se descubra o que está por baixo?
Estas máscaras servem para os mais tímidos se poderem soltar e serem quem não conseguem ser no dia-a-dia, e para outros conseguirem assumir posturas e comportamentos que não estão acostumados a ter.
Mas nas empresas quantas vezes, no seu dia-a-dia, assume máscaras de outras personagens?
O do Líder Mauzão
Sentimos que muitos dos líderes e responsáveis de equipas de hoje em dia são, na verdade, inseguros em relação às atitudes e decisões que tomam. Assumem uma postura de liderança muitas vezes menos democrática, pois receiam que se “perderem a face” isso possa ser visto como um sinal de fraqueza.
O não ter medo de reagir poderá ser a melhor acção de liderança a ter com a equipa. Mais vale reagir a mais do que nunca dizer absolutamente nada. Admitir que sendo humano podemos obviamente errar é uma lição para todos, para si e para quem dirige. Assuma esses erros com coragem e sem perder a compostura.
Não tenha medo de pedir ajuda aos seus colaboradores, desde que os faça ver que, ajudando a si, estão de facto a ajudar a empresa a prosperar e no fundo estão a ajudar-se a si mesmos.
O de Líder Bonzinho
Em contraste com o líder mais exigente e menos democrático, temos o líder que acha que consegue tudo da equipa, desde que todos estejam satisfeitos e se for compreensivo para todos. O problema é que nem todas as pessoas da sua equipa necessitam do mesmo grau de apoio. Umas estão mais autónomas que outras e até acham estranho estar sempre alguém a “controlar” o seu trabalho.
Não tente ser magnânimo, pois nem todos estão preparados. Saiba que chamar à razão na altura certa pode surtir o melhor dos efeitos com a sua equipa. Procure elogiar ao máximo e sempre à frente de todos na equipa, mas para chamar à atenção por falhas ou por acções com menos sucesso, o mais possível fora do olhar de todos.
Disponível
Se estiver sempre a 100% disponível para os outros, quando é que tira um tempinho para si?
E não estamos a falar apenas de responsáveis de empresas, mas sim de qualquer colaborador! Quando colocamos a máscara do sempre disponível podemos estar a colocar em risco o nosso próprio trabalho, sempre com o propósito de estarmos presentes para os outros. Pode ser uma máscara arriscada com o aumento de competitividade. Não digo com isto para não apoiarmos os colegas, mas que esse apoio não prejudique o nosso contributo para a empresa.
Ocupado
Esta é uma outra máscara que muitas vezes colocamos para que não nos peçam mais trabalho, façam mais perguntas ou nos dêem mais funções.
Ao contrário do visual disponível, o ocupado pode ser uma excelente máscara em certas condições. E por vezes muito oportuno. O estarmos ocupados ajuda-nos a criar uma barreira conveniente à nossa volta que nos impede de receber mais trabalho, mais preocupações, mais funções ou responsabilidades, o que pode ser, de facto, muito útil.
Sabichão
Quantas vezes já se identificou com esta personagem? Ser o sabichão do costume? Para muitas pessoas, é a melhor maneira de esconder alguma insegurança em relação ao que de facto sabem e sofrem só de pensar que se possa descobrir alguma falha em relação a conhecimentos. Mas se assumimos este papel temos de nos preparar para ser confrontados com a realidade. Podemos estar a comprometer o que, de facto, sabemos com o que por vezes “inventamos”.
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