Muitos dos empresários dizem que querem soluções, no entanto não há dia em que não se ouça algo do género – “O mercado já não é o que era!”.
É necessário investirmos mais para estarmos bem preparados, fazermos coisas diferentes e criativas, seguirmos as regras base, respeitarmos os valores definidos e nunca defraudarmos nem as expectativas dos clientes nem as das nossas equipas…
Estar no mercado hoje é um jogo que é preciso jogar bem!
O campo e as regras
O campo em que nos movemos é cada vez maior, por isso é preciso abrir mais as portas da empresa. E as regras são menos estanques, o que faz com que seja preciso conhecê-las e reinventá-las a cada momento.
Para o bem e para o mal, temos cada vez mais opções de modelos de negócio. Há que enveredar por caminhos que estejam em linha com a cultura e os valores da empresa, senão arriscamo-nos a perder alguns dos elementos determinantes pelo caminho. Muitos são os que privilegiam dormir um sono tranquilo sobre a almofada e garantir a sustentabilidade do negócio de forma continuada no tempo… Permitam-me que vos diga que subscrevo a 100%.
Agora, uma coisa é certa, é preciso estar bem acordado no dia-a-dia, e ter presente que DINAMIZAR é a primeira palavra de ordem!
O treinador
Falemos agora um pouco do papel do “mister” nas nossas equipas.
O líder não tem que ser a súmula das competências técnicas dos elementos da equipa, não tem que saber fazer tudo melhor do que ninguém, e muito menos que substituir-se aos elementos da equipa. O treinador não joga…, lidera, orienta, corrige, reforça, motiva, inspira, dá alento, e até “grita” quando é preciso.
E o tempo para delegar tem mesmo que existir na agenda do líder, há que estar receptivo a que só demora mais nas primeiras vezes, senão nunca vamos libertar tempo para o líder fazer o que mais ninguém pode fazer pela empresa ou pelo departamento, que é pensar o futuro do negócio.
A motivação e o ambiente positivo são fundamentais para que as empresas superem os desafios que enfrentam. Longe vai o tempo em que a motivação era apenas responsabilidade do líder, é importante tornar claro que estamos numa fase em que cada um é senhor da sua auto-motivação… Mas, há que reconhecer, um líder cabisbaixo e pouco carismático seguramente que não inspira ninguém.
E a segunda, a terceira, a quarta palavra de ordem palavra de ordem é Comunicar, Comunicar, Comunicar! E isso passa necessariamente por falar abertamente sobre as coisas (boas e menos boas), por envolver as pessoas na geração de ideias, por (quando pertinente) fazê-las participar nos processos de decisão, por antecipar situações, por ter tempo para escutar os outros…
Noutra perspectiva, e mesmo que isso também implique sair da zona de conforto, às vezes é preciso apresentar alguns cartões vermelhos e amarelos ao desempenho das nossas equipas. Mas, contrariamente à reacção que vemos estampada no rosto dos jogadores quando o árbitro lhes mostra estes cartões, o líder deve assegurar-se de que o feedback que dá permite a cada elemento reflectir e aprender com os erros e dele resulta uma mensagem positiva para um desempenho futuro. E, nunca esquecer, o feedback sobre comportamentos negativos deve ser dado de forma individual…
Mas há que mostrar outros cartões! O reforço positivo é genericamente bem-vindo e um “bom trabalho” ou um “parabéns” são importantes para reconhecer que se está no bom caminho e dar forças para continuar. Se os resultados aparecem, há que celebrá-los e há que elogiar perante o grupo quem contribui de forma significativa para que o sucesso chegue…
Os golos e os penalties
“Prognósticos, só depois do jogo” – Há alguém que não se tenha dado conta desta afirmação?
Uma coisa é certa, podemos fazer um jogo excelente e os resultados não aparecerem, podemos ter um jogo que não seja nada de especial e o resultado ser melhor do que se esperava. Sabemos é que o que conta são os resultados, não o esforço! E às vezes esquecemo-nos que dependemos dos golos que soubermos marcar…
Quanto aos penalties, esses dão imenso jeito porque somam ao resultado, mas não podemos contar com eles à partida… Se a conjuntura ajuda esporadicamente, se há um contrato que firma antes do tempo, se há uma estratégia que tem melhor impacto e lhe traz melhores resultados do que poderia antecipar, se estabelece uma parceria inexcedível, fantástico… mas não podemos de modo algum cruzar braços e ficar à espera que a sorte nos traga boas notícias.
Para os resultados chegarem, há que definir novas estratégias, há que ajustar as existentes, há que fechar o ciclo e medir o retorno de cada coisa que estamos a fazer, há que arriscar também. Cada linha de actuação que adoptamos nem sempre tem resultados imediatos, muitas até correrão mal, mas há que experimentar, ser consistente e investir tempo suficiente em cada acção. Se não resultar, abandona-se e elege-se outra, e outra, e outra…
Os sócios e os espectadores
Os sócios, os espectadores, os fãs aqui são outros. Ninguém gosta de assistir a jogos de bola parada! Temos a obrigação de gerir as melhores expectativas de todos…
Imagine que todos os clientes e colaboradores eram sócios da empresa, seria diferente? Seríamos mais criativos, estaríamos todos mais envolvidos no processo, que tipo de valor teríamos a capacidade de gerar?
Para além do cumprir, estarmos disponíveis para surpreender, antecipar prazos de entrega, complementar soluções, ajudar o negócio dos nossos clientes, retribuir o nosso sucesso em iniciativas de RSE, fazer a diferença no nosso mercado… Porque não?
Vamos acabar com os fora de jogo na sua empresa?
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