No nosso dia a dia existe um conjunto de coisas que deixamos de fazer ou de pensar mais em detalhe por causa de inúmeros fatores, que estão em nós ou que se prendem com os outros.
Essas são justamente as objeções com que nos deparamos para fazer vingar os nossos sonhos, os nossos objetivos. E há alguém que não ache que tem objeções muito fortes, exigentes, difíceis de vencer?!
Os meus sonhos, o que quero para mim…
Pelo menos sempre que um novo ano começa, definimos novas estratégias de negócio ou ajustamos as existentes, planeamos iniciativas, fazemos cronogramas, envolvemos a equipa, parece que está tudo fresquinho e as baterias apontadas… Mas quando chegamos às reuniões de ponto de situação… está tudo na mesma! Não lhe parece às vezes que a equipa está adormecida? E será que nós nos mexemos verdadeiramente como nos propusemos mexer, a ponto de darmos o exemplo? O que nos está a impedir de ir mais além? Refletimos sobre isto frequentemente?
Fazer um alinhamento de objetivos profissionais e pessoais é muito mais determinante do que à primeira vista possa parecer… Mais não seja porque é no trabalho ou em trabalho que passamos a maior parte do nosso tempo e porque, em muitas circunstâncias, o atingir de determinadas metas profissionais permite-nos realizar alguns sonhos ou objetivos pessoais.
Pegue numa folha, num caderno ou num notebook e liste os seus objetivos para este ano e os passos que quer dar nos seus sonhos “maiorzinhos” ou de mais médio prazo. Desafie a sua equipa a fazer o mesmo, vai ver que encontra quem diga que nem sequer sonhos tem…
Os passos que vou dar…
O que tenho que fazer para chegar a estes objetivos pessoais e profissionais? E quando? Como me vou mimar ou à minha família por cada objetivo profissional que atingir?
Está na hora de pensar os primeiros passos, as iniciativas para chegar aos objetivos e, se umas coisas dependem de outras, vamos, como se costuma dizer, partir o bolo às fatias… É importante sentirmos que neste processo colocámos objetivos mais pequenos, simples e muito pragmáticos, para que possamos gradualmente sentir a plena realização de os atingir periodicamente!
Por cada objetivo importa pensar as iniciativas que vamos levar por diante para lá chegar. Inscrevermo-nos no tal programa avançado de formação, matricularmo-nos no curso de inglês, levantarmo-nos às 7H00 todos os dias, estruturarmos a nova área de negócio, irmos buscar os miúdos à escola duas vezes por semana, irmos ao ginásio, submetermos o boletim do Euromilhões, o que quer que seja… Agora toca a transferir este plano de ação para a agenda.
O que me impede de lá chegar…
Parece fácil, não? Às vezes parece fácil para os outros… ups, não vá por aí! Então porque não estamos a conseguir, o que nos impede?
O que me impede de dar determinados primeiros passos? Não estou motivado, não tenho autoconfiança, não tenho apoio dos que mais estimo? Estou constantemente a ouvir um “não consigo” a soprar no meu ouvido, acho que não sei ou não sou capaz? Tenho receio de falhar nos itens em que sempre falhei? A liderança da equipa está a deixar-me esgotado e a minha abordagem não está a resultar? Não tenho organização, disciplina, giro mal o meu tempo? Sou introvertido e fico apavorado só de pensar em tarefas mais relacionais em que tenho que sair da minha zona de conforto? Tenho situações “mal resolvidas” na minha vida, que preciso vencer?
Se neste momento está a chegar à conclusão que nunca tinha pensado em nada disto, se ainda é cético a este tipo de reflexões por as entender como uma perda de tempo ou acha que talvez vá pensar nisto um dia destes, dê o benefício da dúvida…, vamos, pare e pense agora! Seguramente será importante para si, ou não quer atingir o seu próximo objetivo o quanto antes e com o maior nível de sucesso possível?
Lembre-se que ser bom não basta, é preciso buscar continuadamente a excelência para que possamos dar o salto em termos de resultados!
Como vou quebrar as minhas objeções…
Agora que já sabe quais são as suas objeções, é só começar a debelá-las. Comece por acreditar em si, por se focalizar mais. Há situações que são nossas e que os outros não nos vão resolver, não vale a pena adiar ou pensar que o tempo se encarrega delas… é justamente dessas que estamos a falar aqui!
Na última semana, num workshop de motivação e liderança intra-pessoal que realizámos, perguntavam-me se é possível fazer um planeamento de objeções. Porque não? Um passo de cada vez… Se supusermos que as nossas objeções resultam de maus hábitos, porque não abdicar de um mau hábito por mês e trocá-lo por outro que nos leve mais além? Se, por outro lado, decorrerem de insegurança em sair de determinada zona de conforto ou da necessidade de desenvolver determinada competência, o que nos impede de pôr uma data à vista para a melhorar… e começar?!
E as suas objeções? Agora que as conhece, como e quando é que as vai quebrar este ano? Não quer ter mais sucesso?
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.