Não seria muito mais simples para todos se tal fosse possível?
Da nossa experiência no coaching de empresas existem duas questões pelas quais as empresas recorrem ao serviço de baby sitter:
1. A equipa ainda não está preparada para todos os desafios externos e necessita de ser monitorizada, apoiada, gerida e acompanhada ao longo do tempo. Assim, garantimos que tudo está a ser feito de modo correcto e seguindo as indicações da empresa;
2. A equipa já se encontra “madura”, mas por uma razão de confiança ainda não lhe é permitido actuar de modo totalmente livre. Existe ainda algum receio em “lançar a equipa aos lobos”.
O apoio de uma baby sitter é importante, mas só até determinada altura. As equipas têm de ter a sua autonomia, mas o seu trabalho tem de ser gerido de algum modo. Muitas das nossas acções como coaches desenvolvem-se no sentido de criar mecanismos de gestão de equipa sem termos de recorrer ao baby sitting!
De entre algumas destacamos as seguintes:
– Envolver toda a equipa ou equipas no plano estratégico da empresa. É fundamental que saibam para onde a empresa se dirige e quais as metas a atingir pessoalmente e no seu todo;
– Criação de um plano estratégico para cada um dos colaboradores. Este plano deverá ser simples de compreender e executar;
– Atribuição de indicadores de performance a cada colaborador, sendo que estes são específicos para cada função. Pelo cumprimento dos indicadores de performance deverá ser atribuído um prémio, o qual depende, por sua vez, do facto de a empresa ter atingido os seus objectivos;
– Efectuar reuniões periódicas com as pessoas – reuniões que sejam de facto produtivas, pouco tempo, agenda definida, momento de brainstorming, alguém a tirar as notas e a fazer uma “acta”;
– Lutar contra a complexidade! Muitas equipas pensam que antes de se lançarem em acções concretas têm de ter tudo bem esquematizado e depois… ligam o complicómetro. Torne as coisas simples e descomplicadas…;
– Criação de um processo de CRM ou algo semelhante. A informação sobre clientes e dos clientes tem de ser devidamente capturada. Esta ferramenta que os vendedores chamam de “controlo” é das mais necessárias numa empresa. Tem a ver com a partilha de informação entre todos, com a gestão eficaz de informação, com a resolução rápida de problemas e não com controlo;
– O exemplo vem do topo e todos os Gestores e Responsáveis de equipa têm a obrigação de ser os primeiros a implementar esta nova metodologia;
– Avaliação periódica dos colaboradores. Temos de garantir que temos as pessoas certas a bordo;
– Criação de um período de passagem do baby sitter à escola. A passagem da equipa por esta fase tem de ser gradual e adequada a cada um dos envolvidos. Há equipas mais dinâmicas e temerárias que outras. O ideal é dar liberdade pouco a pouco e analisar os resultados;
– Celebração das vitórias conseguidas pela sua equipa. Muitos Responsáveis de Equipa esquecem-se de celebrar as vitórias dos seus colaboradores e sem o fazer como saberão eles que estão no bom caminho?
Faça da celebração um hábito. Encoraja os outros e cria um processo de auto estima muito forte.
Será sempre necessária a supervisão, mas o micro-controlo deixa de ser necessário. As equipas só crescem à altura dos desafios que lhes impomos e como responsáveis de equipa temos de querer que os nossos colaboradores sejam cada vez melhores e autónomos. Só assim as empresas crescem.
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