… e que armadilha!
Há alturas em que parece que entramos em espiral descendente… de motivação, de acção, até de pensamento crítico… Só há uma solução: Pare, escute e reflicta!
Numa altura em que precisamos de correr mais e mais, só ganhamos mais velocidade se corrermos melhor! Caso contrário, continuamos esbaforidos, mas os resultados não melhoram… Ou não tem a sensação de correr o dia inteiro e, no fim de contas, parece que não fez nada?
Não podemos apagar fogos todos os dias, ou pelo menos é impraticável passar os dias todos a apagar fogos!
Parar mais
O tempo é o que fazemos dele! Esgota-se e não volta atrás…
Quando nos Programas de Dinamização Empresarial nos dizem que “não há tempo para nada”, é típico devolvermos com uma pergunta similar a “E se tivesse mais tempo, para que o queria?”. A resposta é unânime: “Para pensar o negócio…”.
Curioso, se o negócio é nosso ou está sob a nossa responsabilidade, como é que nos permitimos não ter tempo para o pensar? Se parássemos duas horas por semana para o fazer, que tipo de retorno estaríamos a obter?
É aqui que entra o Stress, o loop mais armadilhado em que caímos.
Se passamos a vida a tratar do curto prazo, de que modo é que comprometemos o médio e longo prazo? O da empresa, o das nossas Equipas e até o nosso, enquanto Líderes ou Gestores…
Ganhe distância, quebre essa rotina que o está a deixar submerso. “Fuja” mais, chegue mais tarde, roube a 6ªf à tarde, trabalhe a partir de casa, feche-se no gabinete, escreva numa folha “Não incomodar a não ser que esteja alguma coisa a arder”, o que lhe funcionar…
E, de vez em quando, considere parar em grupo. Várias cabeças sempre pensaram melhor do que uma! Junte os responsáveis de área, de projecto. Não estará, por exemplo, na hora de ajustar a estratégia do 2º semestre?!
Da mesma forma que não chama a si todos os louros dos resultados obtidos ou sucessos conquistados, porque é que há-de sentir-se inteiramente responsável pelos não progressos?
Envolva a equipa, as key people da empresa, comprometa-os com novas estratégias, com outras acções.
Escutar melhor
Outro sinal típico é ouvirmo-nos demasiado e às nossas boas desculpas. Parece que procuramos todas as razões para o que está e não está a acontecer… Claro que isto não acontece consigo, mas até chegamos a sentir-nos solidários com os que vêm ter connosco somente para se queixar. E depois, claro, saímos ainda mais angustiados do processo.
Rodeie-se das pessoas certas, queixe-se efectivamente, mas só a essas, às que tiverem capacidade de lhe dar um “chuto” (desculpem a franqueza) e o ajudar a seguir em frente ou a voltar à rota. É para isso que trabalhamos em equipas, que temos pares na Empresa, que temos colegas e amigos genuínos, etc.
Temos é que saber escutar activamente, na disposição de ajustar pelo menos qualquer coisa…
Reflectir o suficiente
Depois de pensar, depois de considerar outras perspectivas, temos todas as peças para chegar ao final do puzzle… afinal, a decisão é sua.
Agora há que filtrar ideias, decidir o que vamos efectivamente fazer e agir, porque só de pensar nada acontece. E as nossas empresas precisam que aconteça tanta coisa!
Há que cruzar o que resultou da nossa paragem, com a opinião dos outros, pensar criticamente, juntar alguma dose de intuição (sobretudo a das Senhoras, resulta sempre…) e encontrar a dinâmica certa.
Como comentava numa reunião com um potencial cliente no início desta semana, nem sempre o que precisamos são novos modelos ou novas ferramentas de gestão.
Muitas vezes temos os requisitos e a forma, mas é uma questão de Disciplina operacionalizar tudo. Parece que o Plano de Acção nunca mais sai, é que quando pomos uma data e a partilhamos com alguém… essa data é para cumprir!
Isso pode até ser incómodo, mas não é bom?!
A Disciplina para fazer as coisas acontecer é um dos bens mais preciosos que podemos oferecer a nós próprios.
Como se costuma dizer, “só custa é começar”.
E vai ver que, definido o cronograma, nem vai ter tempo para mais stresses…
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