E consegue fazer bem os dois?
No dia a dia das empresas temos momentos em que tudo é uma correria e tem de ser feito o possível e impossível para se resolverem os problemas, sem medos e sem indecisões. Noutras alturas, a passada tem de ser mais estável e calma, pensar na respiração controlada e ir controlando as reservas de energia.
O grande desafio está em saber quando “sprintar” e quando manter a passada. Acontece com alguma frequência aumentarmos a passada quando não estamos preparados para o fazer, como, por exemplo, quando fazemos grandes investimentos em marketing sem ter uma equipa comercial sólida que possa seguir no terreno as leads conseguidas, ou então abrandamos o passo com receio de desperdiçar energia e não investimos no acompanhamento aos clientes, porque, aparentemente, o negócio está num marasmo, tememos a falta de investimento e achamos que ficar mais calmos é sempre melhor do que cometer algum erro.
Muito da estratégia que elaboramos com as empresas segue o processo do sprint/maratona, para que se minimizem os consumos de energia, sem deixar nada de lado, e garantindo que se corta a meta.
1. Processos maratona
A empresa tem de estar preparada para uma corrida de muitos quilómetros com muitas dificuldades. Apoiamos na criação de processos que permitam à empresa aguentar sem perdas de eficiência durante o trajeto que se pretende seja longo e com um final feliz.
Podemos incluir neste capítulo todos os processos que envolvem planeamento.
É assim fundamental que existam Visão e Missão bem definidas e partilhadas por todos, ou apenas um lema do ano, mas se não existir uma META ninguém vai perceber quando a cortar!
Precisamos ainda de construir procedimentos ou workflows que nos permitam tornar as ações da empresa mais fluidas e menos propensas a erros. Quando estes já existem precisamos muitas vezes de parar, questionar a avaliar se fazem sentido e se nos poupam trabalho.
O plano estratégico ou de marketing é também uma corrida de fundo. Ganhamos pelo detalhe e pela capacidade de implementar o que é criado, medindo o seu resultado e afinando o processo. Da nossa experiência de seguimento e criação de planos de marketing, quem verdadeiramente ganha são as empresas que têm a capacidade de implementar o que criam, pois, mais importante do que ter ideias é ter a coragem e o método de as realizar.
O plano comercial integrado é outro exemplo, pois sem ele os comerciais andam à deriva, correm para as direções erradas e não controlam a energia que devem despender na jornada.
2. Sprint
Se é importante dosear a energia na maratona, também não nos podemos esquecer de que os sprints são igualmente importantes e mais sujeitos a erros e falhas. Se damos o tudo por tudo no arranque, podemos comprometer o final e o inverso também é possível.
O disparar para a rua com comerciais mal preparados ou sem maneira de medir a sua performance pode comprometer seriamente o sucesso da campanha.
O reagir de modo impulsivo ao mercado poderá ter o mesmo efeito. É verdadeiramente mais eficaz conseguir perceber as tendências do mercado, o que é que os clientes valorizam e querem e depois atuar dando-lhes o que eles necessitam.
O sprint ideal é a redução de tempo entre a criação e a implementação de estratégias de marketing, com a medição do seu sucesso. Muitas empresas conseguem, em tempos quase recordes, criar e implementar ações de prospeção ou de fidelização de clientes, criando os seus próprios “oceanos azuis” antes de a concorrência o fazer e sem rivais.
É fundamental incutir na equipa, seja qual for o departamento, a necessidade de antecipar problemas e criar soluções. Se todos os colaboradores estiverem orientados para o cliente e para uma excelência de serviço, entendem que muitas vezes temos de fazer sprints para apoiar um cliente, de fazer sprints para solucionar problemas, para promover um novo produto ou serviço, para reconhecer os erros e gerir convenientemente as reclamações. E estes sprints não “gastam” a energia, ajudam a reserva de energia global da empresa.
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