Assegurar a liderança estratégica, a liderança operacional, a liderança da equipa, endereçar as necessidades do Grupo e de cada Indivíduo, motivar continuadamente, consolidar as características de um bom líder, desenvolver as competências em falta nesse sentido… SOCORRO… O que fazer com tudo isto? Por onde começar?
Vamos começar pelas funções ou princípios essenciais de liderança, em que todo o gestor deve desenvolver as suas capacidades para fazer com que as suas competências se traduzam em resultados de excelência para o negócio.
Definir metas e comunicar objectivos
Qualquer livro de gestão diz-nos que os objectivos se querem específicos, mensuráveis, orientados a resultados e atingíveis num determinado horizonte temporal. Não podemos deixar de acrescentar que devem ser difíceis, desafiantes e definidos de modo a poderem ser objecto de avaliação periódica.
Parece senso comum, mas aqui ficam alguns alertas às “escorregadelas” mais habituais:
– Não comunique à equipa um objectivo que lhe tenha sido transmitido sem o perceber verdadeiramente;
– Não confunda o objectivo do seu departamento com os resultados esperados pela organização;
– Não tome os objectivos como garantidos, não subestime a dificuldade dos mesmos;
– Deixe claro o resultado esperado por parte dos colaboradores, não assuma que eles o vão deduzir ou que as chefias de nível inferior ou outras pessoas o vão fazer por si.
Planear
Todos sabemos que um plano deve responder às habituais questões – o quê?, como?, quando?, quem? – mas, já pensou que a forma como o plano surge ou como é testado pode fazer toda a diferença?
Experimente ir um pouco mais longe para assegurar o comprometimento com o plano, não o envie por e-mail ou apresente prontinho numa reunião. Trata-se de um processo determinante para a sua área, para a equipa, envolva as pessoas chave e faça-o de modo aberto, participativo, criativo. Assegure-se de que são equacionadas alternativas, que são levadas em linha de conta possíveis contingências e defina, desde logo, maneiras de testar e medir o plano, para que futuramente este possa ser ajustado.
Informar e Controlar
Informar e dar feedback à equipa são aspectos cruciais de liderança. Por mais tecnologia que tenha ao seu dispor – e-mails, intranet, grupos nas redes sociais, conference calls – nunca são de dispensar reuniões presenciais periódicas. São estes momentos “cara-a-cara” (mais ou menos formais) que lhe permitem criar o ambiente pretendido, conhecer as pessoas, aferir dos seus comportamentos, dar o mote para o trabalho em equipa e inspirar cada recurso. São também uma oportunidade indiscutível para escutar…
Paralelamente, importa medir o progresso de operacionalização do plano. Quando falamos em controlar estamos a referir-nos a monitorizar desempenho; se o progresso das tarefas planeadas não for o desejado, só assim poderão ser tomadas medidas correctivas.
Motivar e Avaliar
É bem sucedido a motivar outros? Antes de mais, está motivado? As pessoas que o rodeiam estão motivadas pelas metas por si definidas? Partilha o nível de progresso atingido para encorajar a equipa ainda mais? Celebra ou premeia os outros pelos seus sucessos? Sente-se grato e demonstra o seu nível de reconhecimento?
Como motivar a minha equipa? Como motivar e desafiar cada indivíduo? Não há duas pessoas iguais, mas tipicamente, quando falamos da satisfação das necessidades individuais, as primeiras serão as da hierarquia de Maslow. Cada um terá que ser motivado em função do seu estádio de satisfação nessa hierarquia… Se receia que todos os seus colaboradores têm o pedido de aumento debaixo da língua, desengane-se! Sucesso, reconhecimento, gosto pelo que fazem, responsabilidade e progressão na carreira são mais críticas que as necessidades do plano financeiro por si só.
Outro aspecto não menos relevante é a avaliação. A equipa deve ter a noção clara da sua medida de sucesso ou insucesso no cumprimento das metas, aferir do retorno dos resultados e perceber as consequências do não cumprimento.
Uma das ferramentas de gestão mais eficazes em termos de motivação é justamente a implementação de um sistema de avaliação de desempenho. Se ainda não tem, comece seriamente a pensar no modelo que vai adoptar. As pessoas apreciam muito mais ser avaliadas do que se julga, valorizam as recomendações que recebem, sentem-se especiais por serem ouvidas… E isso é determinante se queremos pensar de forma genuína o crescimento profissional de cada elemento da equipa.
Organizar
Um bom líder tem a capacidade de se organizar a si próprio, de gerir as suas dificuldades, de optimizar a sua agenda e… de delegar. Tem também a capacidade de constituir e optimizar os recursos, de maximizar as sinergias entre os diversos elementos. E possui ainda a visão para organizar a própria organização, criar sistemas e harmonizar os distintos processos de trabalho subjacentes.
Dar o exemplo
Para ter sucesso, o líder deve pôr em prática o que diz, ser consentâneo com os seus valores e não pedir aos outros o que não está disposto a fazer. Ser um bom ou mau exemplo depende… de si!
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