Ao ver as recentes notícias sobre a inflação da zona euro, colocou-se-me uma questão.
Será que é suficiente?
Se nós o pensamos, provavelmente muitas empresas, empresários e profissionais também o pensam.
A questão que coloco é:
“Qual o impacto que tudo isto tem nas nossas empresas?”
Não o impacto financeiro ou de decréscimo das vendas, que esse é claro, mas o impacto psicológico da inação.
Coloque a seguinte questão a si próprio:
“Será que estou a adiar decisões de investimento, campanhas, formação, estratégias, devido a toda esta indecisão?”
Se a sua resposta for sim, valerá a pena pensar qual o impacto que isso irá ter no seu negócio em 2023.
Muito do que se vai colher no 1º semestre de 2023 semeia-se precisamente nesta época do ano.
É normal reforçar campanhas, contactos com os clientes, iniciativas de marketing e todo um sem fim de iniciativas que têm, como é óbvio, o seu custo.
Ao estarmos a congelar e a adiar todas estas decisões e investimento estamos claramente a prejudicar ainda mais o ano de 2023.
A boa notícia é que ainda vai a tempo.
Reúna a sua equipa comercial e de marketing, se a tiver, e veja onde pode ir buscar alguma verba para reforçar estas duas áreas.
Acredite que não só vale a pena, como é fundamental.
É crítico que se posicione na mente dos seus clientes durante este mês que falta para o final do ano; se não o fizer, outros o irão fazer com certeza.
Na Ideias e Desafios sempre fomos muito críticos relativamente à atitude que normalmente se tem em relação à gestão do funil de oportunidades.
Dividamos um funil de vendas em:
- Prospeção
- Reunião
- Proposta
- Negociação
- Fecho
Muitas vezes um comercial acha que consegue ter influência real e dominar completamente muitas destas fases.
A experiência que temos é que se formos profissionais em todas as fases, de forma a ter aqui uma base de análise, a verdadeira componente do funil que estará apenas na mão do comercial, ou seja, que não depende de mais ninguém, é precisamente a primeira.
A prospeção, ou, se preferir, a geração de oportunidades de negócio.
Nos tempos que correm o rácio de concretização de oportunidades baixou substancialmente para a maioria das empresas.
Seja por os comerciais não estarem tão habituados a que os clientes apertassem nos preços, ou por os clientes deixarem de ter orçamento para comprar.
O que é certo é que se antes em 20 propostas eu fechava 2, agora provavelmente só fecho uma.
A questão é que muitas vezes se tenta otimizar o processo na fase da negociação ou na fase do fecho.
Estas são fases que em última análise não estão no nosso poder.
Se quer, de facto, inverter a tendência, tem de se focar na primeira fase – a da geração de oportunidades de negócio.
Esta semana reúna a sua equipa e coloque as seguintes perguntas em cima da mesa:
- O que é que podemos fazer para gerar mais oportunidades?
- O que é que até ao momento ainda não fizemos?
- O que é que a concorrência está a fazer e qual o sucesso das suas iniciativas?
- Que outros mercados, tipos de clientes, etc. é que ainda não abordamos ou não exploramos convenientemente?
- Que tipo de ações poderíamos realizar para colocar a nossa empresa na atenção do nosso cliente e apanhar o arranque de 2023?
Um conselho apenas…
Deixe as ideias fluírem e não as destrua logo com o habitual “Isso não funciona”!
Deixe que as pessoas participem e se envolvam na solução. Se lhes cortar as pernas logo ao arranque do processo, qual acha que irá ser o resultado?
Esta semana pare para pensar:
“Até que ponto a incerteza do Pós-Pandemia e a inflação fizeram-me adormecer um pouco em relação ao que era crítico estar já em marcha?”
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