Bem, se estivermos a falar em finais de campeonatos, em que um jogo é decisivo, se calhar acontece de facto. Mas muitas vezes não é bem assim!
Mas não vamos falar de futebol ou outros desportos… vamos mesmo falar de empresas.
No entanto, se considerarmos muitos dos desafios que hoje se enfrentam, podemos estar a falar de um verdadeiro campeonato, onde todas as equipas lutam pelo melhor lugar, e onde qualquer erro pode ser fatal.
Mas se os erros podem custar caro, muitas vezes é com eles que aprendemos e com eles que crescemos. Além disso, muitas vezes alguns desaires contribuíram para melhorar áreas da empresa, alinhar metodologias e princípios que tinham sido esquecidos.
A pergunta então coloca-se: vamos ou não a jogo? Alinhamos neste campeonato ou escolhemos desistir de imediato?
Provavelmente o primeiro passo é conhecer as regras do jogo. Se não as soubermos é impossível aferir se estamos a jogar bem ou não.
Regras do Jogo
Para podermos jogar temos de conhecer bem as regras do jogo.
Observamos que muitas equipas ainda desconhecem estas regras na sua totalidade, existem procedimentos que não são partilhados e divulgados a todos.
Assim sendo, seja em procedimentos, seja através de workflows, garanta que a sua equipa os entende e segue.
Se não tem ainda este tipo de esquema implementado, este é um ano importante para isso, mas procure cingir-se ao essencial. Identifique onde existe entropia e falta de organização, veja onde se perde mais tempo ou consome mais energia.
Esta deve ser canalisada para o que de facto importa, para aumentar a produtividade, a excelência e o sucesso.
O ideal é trabalhar com a equipa neste sentido e se os seus colaboradores forem parte integrante deste processo, irão receber o processo com mais naturalidade. A comunicação tem de ser fundamental neste processo, pois sem ela não há partilha e não sabemos em que parte do jogo estamos e se as regras estão ou não a ser cumpridas.
Se conseguir definir com simplicidade, mas com assertividade, as regras do jogo neste contexto em que vivemos, terá seguramente uma equipa pronta a tudo no futuro.
Motivar
Existem muitos “treinadores de bancada” espalhados por aí. Mas já viu decerto qual o comportamento dos treinadores num jogo: puxam pela equipa, orientam, chamam a atenção e motivam.
Existem muitas acções que não podem ser realizadas pelo líder. Você não vai sempre com os comerciais para o terreno, não está constantemente a supervisionar o trabalho do marketing, não se enfia na produção a dar ordens novas, para referir apenas algumas.
Mas tem de saber gerir esta multiplicidade de pessoas e de funções. É missão de um líder conhecer de tal forma a equipa e os seus colaboradores que sabe perfeitamente por onde “puxar”, o que dizer e como motivar cada um.
Não pode fazer por eles, nem obrigá-los a nada, mas pode levá-los a aceitar e a abraçar os desafios que lhes coloca. É necessário ainda incutir nos colaboradores a importância de trabalharem em equipa, como um todo.
Se não tem capacidade financeira para organizar acções de teambuilding, faça reuniões de brainstorming que incluam todos os departamentos, crie equipas multidisciplinares para certos projectos, promova a partilha de conhecimentos entre todos. Crie “estágios” em cada departamento para os colegas de outras áreas. Assim todos têm a oportunidade de experienciar o que cada um vive no dia-a-dia e ganham uma consciência de grupo diferente.
Saber a pontuação
Já dissemos muitas vezes, se não medirmos, não acontece!
Num jogo existe um ecrã ou uma tabela, por vezes de proporções gigantes, onde se vai vendo a pontuação. Nas empresas esse quadro muitas vezes não existe ou é muito pequenino!
Não tenha medo de criar um conjunto de pontuações e de as mostrar a todos. E são poucos os indicadores que podem contribuir para esta ideia de conjunto. Sugerimos muitas vezes os seguintes: facturação vs ano anterior; n.º de clientes novos / n.º clientes perdidos; n.º de acções de marketing executadas; ROI das acções de marketing; n.º de dias de produção parada; % de desperdícios; % de atendimento ao cliente em menos de 24 horas; aumento de gama de produtos por cliente, etc.
Como pode ver, são alguns exemplos de indicadores que permitem aferir o estado e a saúde da empresa, se estamos a “mimar” os clientes, e se todos os departamentos estão envolvidos no processo.
E depois, durante o jogo, trate de “hidratar” bem a equipa, esteja presente, e não se preocupe, porque mesmo que não ganhe todos os jogos, vai ficando mais forte. Para isso precisa apenas de saber por que razão perdeu, onde pode melhorar e afinar a equipa.
Se ganhou, saiba também porquê, pois o que aconteceu de bom tem de ser mantido.
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