Já todos sabemos que apenas uma percentagem ínfima de empresas sobrevive à difícil jornada dos primeiros 5 anos de atividade.
Para os novos empreendedores ou empresários que estejam a lançar as suas empresas, esta parece uma realidade eventualmente muito dura…
Dotar uma empresa de um patamar de sustentabilidade é um desafio crescente, que pressupõe um conjunto de princípios básicos. Tal como numa casa, se os pilares não estiverem bem assentes, a construção não fica seguramente edificada.
Mas o que falha afinal?
Estas são tipicamente as 10 MAIORES pedras no sapato, inibidoras de sucesso de muitos negócios:
- Falta de visão e definição da cultura da empresa
- Falha na definição / comunicação dos objetivos da empresa
- Inexistência de planeamento financeiro
- Gestão deficitária da tesouraria (pouco cash-flow)
- Inexistência de estratégia de marketing ou de uma proposta única de valor
- Falta de competências de gestão e liderança / dependência excessiva de um número reduzido de pessoas chave
- Incapacidade de atrair, formar, reter e motivar bons colaboradores
- Falta de sistemas, processos e funções definidas
- Estratégia constante de curto prazo, decorrente do facto de sócios / gerentes estarem focalizados em aspetos técnicos
- Comunicação insuficiente ou inadequada
E falha porque…?
A inexistência de um rumo e de diretrizes ou linhas de orientação estratégica materializadas num conjunto de objetivos conhecidos compromete, à partida, que a Equipa esteja alinhada e motivada. Cabe aos gestores ou aos líderes assegurar a comunicação formal de tudo isto.
Sobretudo quando as equipas são de pequena dimensão, o que acaba por acontecer é o líder ser o “faz tudo” e chama a si todos os chapéus da empresa. Importa aqui balancear os resultados que deixamos de atingir ou o que deixamos de fazer por ter o(s) elemento(s) chave da empresa a fazer de “bombeiros de serviço” em áreas que são por vezes até muito técnicas e onde as suas competências não são as mais adequadas. Esta situação tem ainda como consequência natural o facto de se trabalhar constantemente e apenas o curto prazo, ficando o médio prazo totalmente comprometido…
Não haverá forma de fazer crescer uma equipa, desenvolvendo as suas competências técnicas e funcionais, se os processos e os procedimentos não estiverem bem definidos, se as funções não estiverem claramente atribuídas e se os colaboradores não tiverem objetivos específicos, alinhados com a natureza das suas funções ou áreas de responsabilidade. Motivar mais e melhor pode passar por um aliciante sistema de avaliação de desempenho, que encoraje uma prestação de excelência e que premeie e distinga quem surpreende pela positiva. Esta é também uma abordagem chave para reter os melhores colaboradores e, sobretudo, para atrair novos elementos.
Em paralelo, há que atempadamente analisar a informação de gestão e, com base nela, tomar as melhores decisões para o negócio. A gestão da tesouraria é uma realidade difícil em diversas empresas, muitas vezes porque o fundo de maneio necessário foi subdimensionado e, outras tantas, porque não estamos a endereçar adequadamente o crédito mal parado.
Abrir as portas da empresa ao exterior constitui uma área absolutamente prioritária que, frequentemente, não é adequadamente endereçada, alegando-se que não há “ainda” ou “agora” capacidade de investimento. E porque não trabalhar uma mensagem diferenciadora e, com base na proposta única de valor da empresa, recorrer a técnicas de marketing de guerrilha?
Como ter mais sucesso?
Muitas vezes somos interrogados sobre como reverter esta tendência ou sobre o que se pode fazer de diferente.
Tal como na edificação da casa, os alicerces são imprescindíveis e a estrutura da empresa não se pode descurar. Os pilares aqui são “Time, Team and Money”, ou seja, Tempo, Equipa e Resultados. Na nossa colaboração com as empresas procuramos, a par com a estabilização e controlo destes 3 domínios, trabalhar estratégias concretas, de fácil medição e que visem obter ganhos de curto prazo, os chamados “quick-wins”, como sejam os que envolvem:
- Gerar mais leads
- Melhorar a taxa de conversão comercial
- Controlo de crédito
- “Ginasticar” a margem
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