Muitas vezes os Líderes sentem-se perdidos porque o rumo nem sempre é certo, porque a liderança é em determinados momentos solitária, ou porque a estratégia não está a ser vencedora…
E esta é uma realidade que compreendemos bem!
A Liderança é eventualmente uma das poucas áreas de atuação empresarial em que podemos fazer tudo certo e ainda assim correr o risco de não sermos suficientemente eficazes.
Mas isso não nos demite de darmos o nosso melhor, de readequarmos as estratégias as vezes que forem necessárias e de nos determinarmos a ser o Líder que a nossa Equipa precisa.
Quando nas Vendas queremos melhorar o Atendimento, aferimos junto dos Clientes o seu grau de satisfação. E o que nos impede de fazer o mesmo junto do Cliente interno?
Já perguntou à sua equipa o que espera de si enquanto Líder? Talvez fosse um bom (re)começo…
Entendemos a Liderança como um ciclo de excelência, cuja vivência depende, naturalmente, do contexto do negócio, da maturidade da equipa e das tendências de mercado.
Aqui ficam algumas dicas para pensarmos as 4 dimensões que integram o ciclo de excelência:
#1. Visão Inspiradora
Espera-se que o líder abra e mostre caminho, que contagie na direção do que pretende fazer e que seja competente, que saiba como lá chegar.
Mas espera-se também que viva um conjunto de valores a ponto de ser exemplo para todos e que tenha o carisma suficiente para inspirar na equipa a confiança e a motivação para executar a estratégia.
E às vezes o líder anda tão preocupado a imitar o líder anterior ou disperso a tentar agradar a todos, que se esquece de dar uma oportunidade à sua intuição e de ser ele próprio…
Há que ser autêntico, ver o que ninguém vê, ajudar a converter as desculpas em escolhas, arregaçar as mangas e fazer acontecer!
E porque não há resultados imediatos… isso vai implicar muita resiliência e foco para não cair nos erros de sempre.
Há que soltar as amarras com o que corre mal, não desperdiçar energia com o que não pode controlar e caminhar com disciplina na direção do que queremos atingir.
#2. Paixão pelas Pessoas
Mas também há que saber que não chegamos aos resultados sozinhos…
Liderar é ter sentido de missão, é servir a Equipa, é fazer com os outros e pelos outros, se preciso for!
Por isso, é crucial que o líder se envolva de corpo e alma, que dialogue com eficácia com a Equipa e que goste dela genuinamente.
E que desafio diário!
Mas não se consegue viver a Paixão pelas Pessoas sem humildade. A humildade autêntica é o que melhor capacita os líderes, e todos sabemos que algumas ações valem mais do que muitas reuniões ou determinados discursos…
Como afirmava Benjamim Franklin “ser humilde com os superiores é uma obrigação, com os colegas uma cortesia e com os inferiores uma nobreza”.
Há também que promover jogo aberto, para que todos saibam com o que é que contam e o que podem esperar uns dos outros… E isso obriga à coerência e muita transparência.
Não há dúvida nenhuma que a atitude altera comportamentos e que são os comportamentos que induzimos que alteram os resultados da equipa na direção do que pretendemos!
#3. Pragmatismo
Um bom líder é quem através da Equipa alcança os objetivos, e de forma sustentada.
Hoje já não dá para esperarmos até estar prontos para começarmos… senão outros vão passar-nos à frente!
O mercado ajusta-se mais rapidamente e isso obriga a ciclos de decisão mais curtos e torna óbvia a necessidade de inovação constante, pelo que há que antecipar, agir, resolver e ser disruptivo todos os dias!
Se os tempos são de incerteza, é preciso manter o pragmatismo e enfrentar as adversidades.
Haverá sempre risco, haverá sempre oportunidades, pelo que há que garantir a flexibilidade, tomar decisões em função dos imprevistos e readequar a estratégia a cenários menos favoráveis, se preciso for…
E haverá sempre conflitos de interesses, porque a Empresa são as Pessoas.
Contrariamente ao que se tende a pensar, os conflitos são bons, mau é não os debelar… Às vezes está na divergência de perspetivas ou de opiniões o início da próxima oportunidade.
Gerir conflitos, tal como decidir assertivamente, implica um equilíbrio entre a dimensão emotiva, o intuito da inteligência e muita racionalidade.
É que neste “arregaçar de mangas” permanente, o segredo está em ter permanentemente a equipa motivada e disposta a correr atrás da sorte… já que a sorte e o sucesso dão muito trabalho.
#4. Crescimento e Superação
Por último, só tornamos o presente sustentável se em simultâneo tivermos a capacidade de pensar e preparar o futuro…
Nesse sentido, há que proporcionar continuadamente crescimento, ajudar a desenvolver competências futuras por via da formação e do coaching e delegar e desafiar mais.
E há que estar lá para a Equipa quando correr mal… errar faz parte do processo, e sem risco não há crescimento!
Saber executar e monitorizar é tão importante quanto libertar potencial, ajudar a superar as dificuldades (e os resultados) e nutrir o desenvolvimento.
Na Liderança, a Excelência escreve-se de inspiração, de influência e de impacto. Vamos querer percorrer este Caminho?!
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