É verdade, às vezes estamos tão mergulhados no presente e nos problemas do dia-a-dia, que nos permitimos distrair de ter uma visão de helicóptero do nosso negócio.
E quando andamos distraídos por muito tempo,todos sabemos que geralmente dá asneira!
Se por um lado o dia-a-dia já nos desafia o suficiente, não podemos descurar o futuro próximo. A gestão do curto e do médio prazo em simultâneo implica um equilíbrio que devemos procurar manter.
1. Compromisso
Às vezes é importante voltar ao “bê-á-bá” das coisas e lembrarmo-nos que TEAM significa Together Everyone Achieves More. Dizer que juntos chegamos mais longe é bonito, fazer disso um valor empresarial dá muito trabalho, mas é imprescindível para ter uma Equipa vencedora.
Provavelmente ainda pensamos de quando em quando que feito por nós é que ficava bem, que o problema é da Equipa, que tivemos de baixar expectativas para não nos sentirmos defraudados…
E se o problema não for dos outros? Às vezes procuramos respostas que estão dentro de nós.
Será que estamos a comunicar assertivamente, a reunir com a Equipa, a desafiar, a dar feedback, a suportar o risco? Sempre que a nossa Liderança melhora, a Equipa vai atrás…
Ninguém dá tudo sem se sentir envolvido, sem se considerar parte integrante e peça fundamental do grupo em que trabalha.
Parece que compromisso e superação caminham de mãos dadas e este é um binómio de que não podemos prescindir relativamente a nenhum elemento da Equipa.
2. Modelo empresarial
“Tem funcionado, é de manter…” – eventualmente, mas não é assim tão simples! Já pensou no custo de oportunidade de não fazer diferente?!
Se não mudarmos os processos, dificilmente melhoraremos os resultados.
Não há modelos certos nem errados, mas os modelos têm de ser questionados e melhorados para percebermos se caminhar noutra direcção poderia trazer mais resultados, antecipar necessidades no mercado, ter um time-to-market mais curto, ou minorar reclamações de clientes.
Se nos viramos mais para o mercado externo ou para um determinado nicho de clientes, se nos rodeamos de outros parceiros ou procuramos ser mais disruptivos no lançamento de produtos, se em termos de organização interna a nossa estrutura é mais matricial ou mais hierárquica, são variáveis de uma equação complexa que temos que procurar tornar clara para toda a Equipa.
Longe vai o tempo em que estava tudo na nossa cabeça… ou em que podia estar.
A estratégia para além de estar pensada, tem de ser partilhada…
3. Plano de Acção
… e importa estar materializada num Plano operacional que todas as áreas da empresa possam seguir ao longo do ano.
Ou pode dar-se ao luxo de comprometer o foco?
Numa altura em que tudo acontece muito rápido, em que temos quatro gerações a trabalhar no mercado em simultâneo (e com que dores de cabeça, às vezes…) e em que conhecimento e experiência já não são o que eram, é urgente dar estrutura e não perder o fio condutor.
Temos a tendência para considerar que os objectivos causam muita pressão e por isso vamos gerindo a equipa num estilo mais democrático, tipicamente mais confortável para todos…
Será benéfico? Curiosamente, as Equipas procuram invariavelmente caminhos definidos, objectivos claros, feedback periódico.
É bom avaliar correctamente cada um pelo valor que aporta, mas para que isso seja um processo exequível e justo, o caminho tem de estar claro para todos…
4. EBITDA
E importa falar de resultados, saber quantificar como está a correr, tomar decisões com base nos indicadores operacionais e não ter medo dos mapas da Contabilidade…
Aliás, os indicadores são uma ferramenta preciosa na gestão de negócio e um input imprescindível à tomada de decisão. Mas para isso precisamos de os compreender.
Talvez começar pelo EBITDA seja o mais óbvio, já que representa o quanto a empresa gera de recursos através da sua actividade operacional, sem considerar os impostos e outros efeitos financeiros.
O EBITDA é utilizado essencialmente para analisar o desempenho organizacional e medir a produtividade e eficiência da empresa, e constitui um ponto essencial para tomar decisões de investimento, ajustar a negociação das compras, pensar a diversificação de produtos / mercados ou apostar pela formação e pelo desenvolvimento de competências dos nossos recursos.
5. Criatividade e Inovação
E porque o melhor investimento é nas Pessoas, a Gestão da Equipa deve valorizar o contributo de cada um.
Se tivermos as competências certas na Equipa e o processo for participado, conseguiremos sempre pensar o caminho de forma disruptiva.
A Equipa conhece como ninguém os clientes, as suas necessidades, os factores emocionais, a concorrência e o mercado.
O que nos impede de lhe dar voz na altura de pensar o próximo trimestre ou o próximo ano?!
Com o próximo ano à porta, promete que não se vai distrair destes 5 drivers?
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.