Que empresa somos? Que empresa queremos ser? Estamos na fase da construção na areia; e até que ponto nos preparamos para a subida da maré?
Ou temos uma base sólida que nos permite gerir o risco, investir e inovar para crescermos e tornarmo-nos mais competitivos?
Alinhamento
“Se eu soubesse o que sei hoje… Dantes é que… Ah, mas esses têm apoios… Estou cansado, com o passar do tempo perde-se a paixão… Estou sempre a remar contra a maré… Os outros não…”. E este chorrilho de lamentações serve para…?
Em vez de nos focarmos em manter, em não piorar ou no que pode correr mal, porque não investirmos o nosso tempo e energia no que vamos fazer de diferente para termos mais sucesso, para crescermos, para reter e surpreender os nossos clientes?!
Às vezes é preferível parar para rever aquilo que pretendemos, repensarmos como nos queremos posicionar e visualizar o que o sucesso nos vai permitir trazer de bom à empresa, à equipa, a nós próprios e à comunidade.
Se não acreditarmos e não tivermos um nível de confiança que nos permita ser congruentes nas nossas ações e nos exemplos que damos à equipa, jamais teremos a capacidade de envolver e inspirar os nossos colaboradores de forma adequada.
Realinhar estratégias e ajustar objetivos de forma periódica é importante, porque nos permite desenvolver um Plano de Ação que nos conduza a essas metas. Se as coisas não estiverem estruturadas e sistematizadas, dificilmente teremos a capacidade de as comunicar à equipa.
Muitas vezes temos ideias fantásticas, algumas delas fora do local de trabalho, e pecamos muito por não as passar a papel. Nem todas as ideias são boas, mas há muitas boas ideias que ficam para trás, porque nem sequer lhes demos uma oportunidade… E é preciso ter ideias novas e passá-las à prática, mesmo que isso envolva um nível de risco calculado, senão não inovamos nem antecipamos necessidades no mercado.
Quanto mais participados forem estes processos, maior será o nível de adesão da equipa ao futuro que se quer construir. Nunca devemos menosprezar a pertinência de envolver os elementos-chave da equipa nos brainstormings ou de considerar uma ou outra ideia que venha da equipa (mesmo que possa parecer, lá está, um pouco idiota…).
Ação
Ninguém escolheria apenas areia para fazer uma construção sólida e robusta. Então vamos lá esquecer os castelinhos, o mais do mesmo e o “tapa aqui para destapar acolá” e delinear um plano de ação consistente, que nos deixe cada vez mais perto das metas traçadas. A postura de bombeiro de serviço não é sustentável por muito tempo!
Um plano é um guia de atuação. O facto de o plano explicitar o que deve ser feito, por quem (interno e/ou externo à organização) e até quando, não dispensa nem a flexibilidade operacional para estabelecer pequenos ajustes no dia a dia, nem um seguimento periódico do que está a ser feito. É que não há desvio que possa ser corrigido se não for identificado…
E quando não se vislumbra luz ao fundo do túnel? É perfeitamente normal não termos todas as respostas, temos é que ter a capacidade de encontrar as soluções. Em muitas situações viveremos o dilema de determinadas decisões, sobretudo quando estão envolvidos níveis de investimento significativos, mas é preciso decidir. Parece que é sempre mais fácil decidir onde não estar, do que onde estar…
Também é comum que as respostas não surjam se passarmos todo o nosso tempo sentados à secretária… Nem sempre as soluções estão em nós ou dentro da empresa. Por mais que isso seja desconfortável para alguns de nós, é preciso desbravar novos caminhos, contactar frequentemente com fornecedores e distribuidores, estabelecer alianças estratégicas, reinventar o modelo relacional. Vai longe o tempo em que o mercado vinha até nós!
Resultados
O seguimento das ações permite-nos aferir dos resultados reais face aos objetivos traçados. Haverá sempre estratégias que será preferível eliminar, porque não estão a trazer os resultados adequados. Certo é que sem as lançarmos, jamais saberíamos se resultariam ou não. É determinante refletir sobre alguns bons resultados que deixaríamos de ter se não tivéssemos apostado na operacionalização de determinadas estratégias…
Por outro lado, haverá sempre flops no lançamento de novos produtos, campanhas que não resultam, enfim, inúmeras situações às quais o mercado não responde, e isso é expectável. É justamente por isso que nos nossos programas com as empresas somos particularmente exigentes com o testar e medir das iniciativas. O que não resulta abandona-se. Só necessitamos de ter sempre um conjunto de novas iniciativas em carteira para ir lançando, que nos permitam, de forma atempada, não nos desviarmos dos objetivos estipulados.
E os resultados não chegam porquê? Uma introspeção assertiva sobre as competências existentes e as efetivamente necessárias, sobretudo as que não são meramente técnicas, é imprescindível. Se não tivermos as competências adequadas, temos que as desenvolver, seja ao nível da comunicação, liderança, planeamento, coaching da equipa, etc.
E se há práticas de gestão que sabemos que são seguidas nas melhores empresas, porque não adotar algumas? De que modo é que cada colaborador está comprometido com os resultados? Será que se premiarmos os bons desempenhos vamos ter as pessoas mais comprometidas com os objetivos? Não há melhor do que fazer a equipa sentir que o sucesso de cada um contribui para o sucesso de todos e que quanto mais próspera for a situação da empresa maior retorno haverá para o enquadramento profissional de cada elemento.
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