Tem a certeza que sabe o número de apresentações que realiza num mês?
Vamos lá então contá-las!
“Bem, fizemos a apresentação de seis propostas este mês e duas apresentações da empresa para os clientes.”
Ok, isso perfaz 8 apresentações. Mas será que são somente estas?
Vamos cá pensar em conjunto, e aquela conversa no outro dia que teve com aquela empresa ao telefone? Será que também não é uma apresentação?
E aquela introdução por email que fez aquele cliente hoje? Será que isso também não é uma apresentação?
Conforme já adivinhou, fazemos muitas mais apresentações que aquelas que habitualmente pensamos que fazemos.
Nesse sentido, e se formos a somar todas, vai ver que até fazemos um número bastante interessante por mês.
Então se de facto fazemos muitas mais apresentações, do que aquilo que pensamos que fazemos, talvez faça sentido aprimorar o processo. Desta forma, da próxima vez que surja a oportunidade, poderemos de facto deslumbrar os nossos clientes.
Vamos focar-nos hoje naquilo que eu chamo “apresentação relâmpago”.
Aquela que deve estar sempre na ponta da língua para que a possamos usar em qualquer circunstância.
Para que isso aconteça, temos em primeiro lugar de pensar na mensagem que queremos transmitir.
Deve ser desenvolvida sempre na ótica do nosso cliente e não na nossa.
E sejamos sinceros. A única coisa que interessa aos nossos clientes resume-se a uma simples frase:
“O que é que eu (cliente) ganho com isso”
Portanto, toda a nossa apresentação deve ser desenvolvida à volta deste conceito.
Uma das condicionantes deste tipo de apresentações é o factor tempo. Normalmente só temos, no máximo 60 segundos. Por isso temos de estruturar a nossa apresentação para que possa ser entregue neste tempo.
O que implica que tudo quanto seja acessório deve ser eliminado.
Temos de reflectir e perceber quais as informações críticas que eu tenho de transmitir.
Nos nossos Workshops de vendas habitualmente trabalhamos três componentes críticas nestes processos.
O anzol
Ou seja a frase de abertura que usamos para captar a atenção do cliente.
Deve ser curta, e dar logo ao cliente o entendimento do valor que lhe podemos trazer com os nossos produtos ou serviços.
Algo como:
Cliente: “Então diga-me lá, o que é que a “XPTO GT” faz?”
Nós: “Somos especializados no aumento da rentabilidade da produção XYZ.”
Esta frase transmite duas componentes essenciais.
A questão de “sermos especializados” e o facto de “aumentarmos a rentabilidade”.
Ambas as questões dão ao cliente a informação de que tem algo a ganhar com a nossa empresa, dada uma possível poupança de custos.
Ao ficar “agarrado”, podemos então avançar para a próxima secção.
O Desenvolvimento.
Depois é só desenvolvermos em três ou quatro frases, aquilo que fazemos. A Ideia será explicar ao nosso cliente como é que de facto lhe podemos poupar ou fazer ganhar mais dinheiro com o nosso produto ou serviço.
Mas lembrem-se. Não deem demasiado logo no primeiro contacto. O objetivo é conseguirmos que ele marque uma reunião connosco para continuar o processo comercial.
O Pedido de Ação
Por isso, após lhe dar-mos o anzol, e o desenvolvimento devemos sempre que possível solicitar um avanço da parte dele. Ou seja, um pedido de ação.
Por exemplo:
“Parece-lhe interessante? Porque é que não marcamos uma pequena reunião para podermos analisar esta questão de uma forma um pouco mais detalhada?”
Este tipo de processos nunca deve ser deixado no ar. Devemos sempre acordar um avanço claro no processo da venda.
Depois destas três componentes, só nos falta ensaiar.
Devemos treinar isto em diversas circunstâncias, sentados, em pé, à mesa do almoço, no elevador, enfim, em todas as circunstâncias que nos possamos lembrar.
A ideia é termos o máximo de flexibilidade possível e à vontade neste tipo de processos.
Podem ensaiar frente a um espelho, podem fazê-lo com um colega, e acima de tudo podem fazer este ensaio na Vossa cabeça.
Fechando os olhos e imaginando que estão perante uma situação destas e ensaiando a apresentação, tal e qual como se estivesse a acontecer neste momento.
A ideia será imaginarmos que estamos a ver e a ouvir tudo aquilo que veríamos se de facto estivéssemos lá.
Ver as nossas mãos a gesticular, o cliente à nossa frente, etc.
Ao fazermos este ensaio mental, várias vezes, vai dar-se um fenómeno interessante no Vosso cérebro.
O Vosso nervosismo vai diminuir. O que acontece em termos psicológicos é que o Vosso subconsciente não consegue distinguir o que é real do imaginado.
Já vos aconteceu, acordarem cansados, quando sonharam toda a noite que andaram a correr? O que acontece com o ensaio mental é semelhante a isto.
Ao ensaiarmos várias vezes a apresentação, o nosso subconsciente, vai pensar que já realizamos várias vezes este processo e que não existe razão para estarmos nervosos.
Por isso esta semana, já sabe, crie a sua apresentação relâmpago e depois toca a ensaiar.
Vai ver que quando ela estiver preparada, vão surgir muito mais oportunidades para apresentar a sua empresa e fazer negócio.
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