Sou fã de Jeffrey Guitomer, um “guru” na área de Vendas e Liderança, que também ensina muito sobre atitude, disciplina e motivação em fazer as coisas bem feitas!
Esta semana um artigo dele falava sobre liderança… sobre o ser líder. Será que muitos de nós o somos ou somos apenas Chefes? E gostávamos de ser líderes? Com todas as consequências que essa palavra implica?
A verdadeira liderança deverá ser um dos maiores desafios dos próximos tempos. O mercado está mais competitivo que nunca, os clientes mais informados, a concorrência mais feroz e a rentabilidade de alguns negócios menor, com margens mais esmagadas, com a dificuldade em inovar e encontrar novas áreas de actuação e oportunidades de negócio.
As equipas estão também mais desafiantes. O choque geracional existente em muitas delas faz com que as motivações sejam diferentes, bem como o foco na urgência. Os procedimentos são vistos por alguns como regras demasiado exigentes e por outros como guidelines de actuação. Muitos consideram trabalhar a partir de casa e horários flexíveis como uma mais-valia, outros prezam o seu horário constante e local de trabalho fixo. Uns sentem a pressão do atingir os objectivos, outros preferem ter mais tempo livre para trabalhar em si mesmos.
E como ficam os líderes no meio destes novos desafios?! Que competências têm de adquirir para fazer face a estes desafios? Na prática, penso que todos nós podemos ser um pouco líderes e influenciar positivamente os que nos rodeiam.
Manter uma atitude positiva
Há que pensar de forma positiva e estar orientado para as soluções. Ainda há pouco tempo li uma citação interessante, cujo autor desconheço, que dizia “cuidado com as pessoas negativas, têm sempre um problema para cada solução”. As pessoas mais positivas são orientadas para soluções, mas também orientadas para os clientes, os colegas, focadas em casos de sucesso e em como gerar valor para os outros. Têm entusiasmo pelo que fazem, o que é bastante contagioso.
Abraçam a mudança
Não têm receio de mudar, pois se algo é certo neste momento, é de facto a mudança. O mundo VUCA está para ficar, e se existir flexibilidade será mais simples de lidar com as mudanças. Elas são garantidas e resistir não vai trazer nada de bom, pelo contrário!
Veja cada mudança como uma oportunidade de melhorar, de inovar e de aprender.
Seja corajoso
Tenho visto muitos líderes que avançaram para o terreno e que tomam decisões com base na sua coragem. Claro que o medo estará sempre presente e faz sentido que esteja. O medo de errar, de gerir mal as pessoas, de desiludir alguém. Mas optar pela coragem em vez do medo impulsiona a mudança e dá o exemplo.
Tome riscos, faça! Mais vale por vezes uma reacção exacerbada do que não reagir de todo! Arriscar pode fazer a diferença para si e para a sua equipa. E se falhar, provavelmente o pior cenário não é assim tão mau…
Comunicação
Grande parte dos problemas que vejo nas equipas têm como base a falta de comunicação. Para que esta decorra como esperado, é necessário em primeiro lugar escutar a equipa, mas de forma genuína, sem juízos de valor e sem estar a pensar na resposta que tem de dar. Escute com os ouvidos e com os olhos, oiça as palavras, mas esteja atento à linguagem não verbal.
E comunique de forma assertiva, clara, de forma estruturada. Diga aos colaboradores o que espera que façam e não o que não quer que aconteça. Seja honesto e humilde e fale do coração. Ter essa coragem é importante e ajuda a estabelecer elos fortes com a equipa.
Faça crescer
Um verdadeiro líder tem como aposta o crescimento de cada elemento da sua equipa, seja em competências técnicas ou comportamentais. Os líderes delegam, partilham as responsabilidades, encorajam os colegas a aceitarem desafios novos e a saírem das suas zonas de conforto, pois sabem que só assim se cresce.
E ao longo do crescimento procuram ajudar caso algo falhe, o que permite arriscar e analisar o que se passou de menos positivo.
Compromisso a 100%
Para liderar, o compromisso tem de ser total! Não poderá ser um bom líder se não estiver empenhado totalmente no que está a fazer. E este compromisso implica aprendizagem e foco em todas as áreas de actuação. Se este existir, não terá medo de falhar, estará a escutar a sua equipa e a fazê-la crescer todos os dias um pouco mais.
Por isso digo que somos todos líderes se estivermos preparados para apostar nestas competências, independentemente de estarmos ou não em frente de uma equipa.
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.