Uma das actividades que realizamos é ajudar as empresas a recrutar e seleccionar perfis comerciais e de direcção comercial. Muitas vezes sentimos que estamos, de facto, à procura da peça do puzzle que falta. Não necessariamente a melhor peça, mas a que encaixa da melhor maneira possível num puzzle que são os outros colegas da equipa e a forma de trabalhar da empresa, sem ter de forçar a colocação da peça e sem estragar as peças ao lado, mantendo a beleza do puzzle.
Recrutar é um dos maiores desafios das empresas. Como garantimos que conseguimos escolher as melhores pessoas para a nossa empresa e quais os critérios mais válidos para essa escolha? E depois, como lidamos com o erro que poderá estar associado a essa escolha e que pode comprometer toda a empresa, ou seja, fazer com que todo o puzzle deixe de fazer sentido?
Acreditamos que conseguimos atrair e recrutar as melhores pessoas se as deixarmos envolverem-se pela nossa visão e missão da empresa, pelo dinamismo e pela vontade de crescer na empresa. Mas existem alguns requisitos que devem ser satisfeitos quando se trata de recrutamento.
Envolver na visão e missão
Não é apenas a equipa da sua empresa que deve saber quais são a Visão e Missão, mas também os potenciais candidatos. Se existe um conjunto de valores de que não abdica, garanta que as pessoas que está a recrutar entendem que esse é um item não negociável. É importante que todos sintam a empresa como sendo deles, incluindo os potenciais candidatos.
Se não viverem a empresa de uma forma pessoal, não estão alinhados com a sua forma de trabalhar, de fazer, de ser, de facto, diferentes, e fazer algo de especial todos os dias.
Por isso não tenha receio de fazer perguntas sobre os valores dos candidatos, o que os move, como vêem a sua influência pelas empresas onde passaram, e o que gostam mais de sentir ao ajudar os outros.
Entrevistas variadas
Eu sei, por vezes no recrutamento, entrevistamos pessoas que nos parecem fantásticas, mas depois temos uma ou outra surpresa! Costumamos dizer que há pessoas que conseguem dissimular algumas das suas fraquezas, e mesmo que consigamos ler a linguagem verbal e a não verbal, há sempre pormenores que nos podem escapar.
Por isso não tenha receio de fazer mais que uma entrevista presencial. Em contextos diferentes, com outros interlocutores, com perguntas iguais e outras diferentes. Apresente a sua empresa e a sua equipa ao candidato e veja como reage.
Quando verificamos congruência e alinhamento nas várias entrevistas, percebemos que será mais difícil o candidato estar a camuflar a sua forma de ser.
E não tenha receio de querer saber sobre a vida do candidato, os seus hobbies, a sua situação familiar, o que o motiva, o que mais gosta de fazer e o que se orgulha mais de ter feito.
E não tenha medo de pedir referências a outros que lidaram com este candidato. Sinceramente, mais do que saber se vendem ou lideram bem equipas, queremos saber se são pessoas honestas, trabalhadoras, amigas, sinceras e humildes, pois essas qualidades são mais difíceis de replicar!
Plano de Boas-vindas
Já aconteceu vermos recursos fantásticos que não vingam em determinadas equipas, pois não são devidamente conduzidos e encaminhados e o período de formação não é acautelado.
Quando um recurso novo entra na sua empresa, tem de ter um plano de trabalho feito para as primeiras semanas. Para além de ter formação nos produtos ou serviços, deve ainda ter conhecimento dos vários departamentos da empresa, saber quais os procedimentos existentes, e ter a sua actividade sempre cheia, para poder sentir-se integrado e orientado.
Envolvimento
Pode parecer um costume estranho, mas as “praxes” divertidas e outras brincadeiras servem para integrar os novos “recrutas”. Dever ser celebrada a aquisição de novas pessoas, de sangue novo nas equipas, e a empresa nunca deve deixar de celebrar esses pequenos momentos.
Já sabe como pode mais facilmente encontrar as peças certas do seu puzzle sem prejudicar as outras peças, conseguindo assim o puzzle com o desenho mais perfeito e alinhado.
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