A cada ano que começa é tempo de avivar a missão, reajustar os valores, definir um novo lema e descolar…
A questão é que quando tudo isto não faz parte da cultura da empresa corremos o risco de algum desapego emocional por parte do colaborador, e isso condiciona indiscutivelmente o sucesso do trabalho em equipa e a produtividade de cada um.
Ainda esta semana um líder de uma equipa comercial desabafava: “anda tudo a olhar para o seu umbigo, desesperado por cumprir os números, nem sequer partilham a informação”.
Percebe-se que sejam muitas as pessoas que hoje receiem o flagelo do desemprego, com tudo o que se vê, ouve e conhece…
E vamos ficar indiferentes? Se a época é de inflação, de pressão, e até de alguma indisciplina, o que está ao alcance da empresa fazer para ter as pessoas a trabalhar no máximo do seu potencial?
Será que motivar ainda é o que era?
A paixão treina-se?
Primeiro que tudo, os seus colaboradores estão apaixonados pela Empresa?
Aah…
Todos sabemos que o namoro implica investimento de parte a parte.
Neste namoro, mesmo que não seja preciso investir dinheiro, é pelo menos preciso investir na estratégia e em tempo, e definir o modelo de comprometimento dos colaboradores para com a Empresa.
Sabemos que estamos transversalmente em maré de low budget mas, como li recentemente e não posso deixar de comentar “low budget” não é “no budget”. Uma redução de custos mal estruturada pode incorrer em fortes mazelas…
Mais urgente do que nunca, o caminho é investir nas pessoas e apostar pelo corporate engagement como forma de chamar os trabalhadores a participar ativamente nos resultados da Organização.
O modelo passa por operacionalizar dinâmicas para fazer imperar valores como confiança, respeito, sentido de pertença e reconhecimento. Cada colaborador precisa de sentir que o seu trabalho conta, que lhe agradeçam porque faz a diferença, e necessita de ter a oportunidade de participar do processo de decisão. Em suma, precisa de se sentir a crescer e a contribuir e sente a necessidade de ser reconhecido por isso.
Só assim há espírito de equipa, partilha de informação e de conhecimento.
Naturalmente que os líderes são os principais agentes deste tipo de transformação comportamental, com todo o cunho de uma comunicação criativa e sistemática que tenham a capacidade de imprimir no processo.
E quanto vale esse compromisso?
Não é à toa que desafiamos as equipas a estar a 120% em cada dia… Precisamos de passar do “vestir a camisola” para o “vestir o fato inteiro”.
E só os apaixonados é que se superam, é que fazem mais e mais pela equipa e pelo negócio. Esses são os que se deixaram contagiar e que vivem a missão da empresa…
Benchmarkings recentes do corporate engagement apontam para um aumento de 20% na produtividade, de 27% nas vendas e de 38% na satisfação do cliente.
Mais do que dedicação, precisamos de pessoas que inspirem outras pessoas, de muita proatividade e garra para que consigamos sentir as empresas a tornar-se mais fortalecidas, mais bem preparadas para atingir os resultados tão necessários neste ano de imensos desafios.
Rendido ao comprometimento organizacional?
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.