“Eu não consigo” é a mais limitadora das afirmações! E o pior é que é aquela com que tipicamente programamos o nosso subconsciente sempre que temos um novo desafio a vencer, que receamos.
Os “não consigo” de cada um são tudo o que sai da nossa zona de conforto, são a barreira que impede cada indivíduo de maximizar o seu potencial, de chegar a, ou mesmo superar, determinados objetivos.
Faça um favor a si próprio, tire de vez estas 2 palavrinhas do seu dia a dia!!
É que se não o fizer, veja alguns exemplos do que lhe vai acontecer…
Não consigo acreditar…
… no meu potencial, que a dita inflação vai passar, que o crescimento vem aí, que vou ser capaz, que nos vamos diferenciar, que a empresa vai crescer, que vamos ter mais quota de mercado, que esta ou aquela ideia têm pernas para andar, que vamos chegar a clientes mais interessantes.
Se é isto que anda a dizer a si próprio, se o continuar a fazer, onde acha que vai parar o seu sucesso? Pense positivo, confie mais em si, acredite e… mexa-se!
Não consigo, porque não sei ou nunca fiz…
Há uma primeira vez para tudo. Dê o benefício da dúvida e esse percurso de descoberta até poderá ser bem divertido. E já que ninguém o vai fazer por si, terá que começar por algum lado!
Leia, pesquise na Internet, aconselhe-se com amigos, pergunte mais, faça o que for preciso. Não se foque no que não tem, visualize o que o facto de vencer o desafio lhe vai possibilitar, sinta a experiência do sucesso alcançado, imagine-se na situação, até… Acha que há alguém que sabe tudo ou tem todas as soluções?
A partir do momento em que der o primeiro passo, vai seguramente descobrir os passos seguintes. É preciso ousar começar!
Não consigo agarrar-me ao telefone…
É certo que as chamadas a frio ou o telemarketing não são a única forma de prospeção ao cimo da terra, mas poderão ser pertinentes em muitas situações. Pegar no telefone é uma iniciativa que incomoda muito mais pessoas do que se pensa.
Às vezes investimos imenso a abrir portas, conseguimos reunir, enviar proposta e depois, adivinhem, ligamos, não atendem, ligamos de novo, não atendem, e nunca mais fazemos follow-up porque… não nos atenderam 2 vezes… É por isso que há quem ande a olhar para o pipeline que está nas folhas de Excel há um ano.
E desengane-se se pensa que isto só acontece com potenciais clientes. Por vezes acabamos por não ligar aos nossos clientes atuais, com a boa desculpa de que não é o nosso posicionamento andar atrás deles, já que se nos conhecem… vão voltar. Conhece o provérbio “Quem não aparece, esquece”, certo?
O segredo está na preparação, na qualidade do guião para a conversa telefónica, seja um script de venda ou de tratamento de objeções. Defenda-se, ninguém vai ver a sua “cábula”. Se a primeira vez não for brilhante, a 2ª já será melhor e por aí fora…
Não consigo pedir testemunhos e referências…
Pedir aos clientes satisfeitos que comentem brevemente porque apreciam o nosso trabalho deveria ser muito simples, mas o que é certo é que são ainda muito poucas as empresas que têm estratégias de desenvolvimento de negócio assentes nestas vertentes.
Se for você a falar da sua empresa, está a fazer marketing; se forem os seus clientes a fazê-lo (os seus fãs incondicionais), estão a partilhar experiências de sucesso (e a recomendá-las implicitamente).
Então porque é que não pedimos? Não custa nada, o não já é garantido… Já pensou que em muitas áreas de atividade a melhor fonte de leads, aquela em que temos melhor taxa de conversão, é justamente o passa-palavra? Porque não havemos de dar uma contrapartida a um cliente que nos traga novo negócio, fazendo-o sentir-se especial? Ter fãs da nossa empresa é alargar a nossa força de vendas de uma forma espantosa… e gratuita!
Não consigo lidar com a equipa…
Esta é um clássico. A equipa só sabe exigir, pede-se-lhes uma coisa e, apesar de dizerem que sim, fazem tudo pela rama, não dão ideias, passam a vida desmotivados e a lamentar-se, etc., etc., etc.…
Será que isto não lhe vem a acontecer ao longo dos últimos cargos de chefia que teve? É que envolver e comunicar com a equipa é imprescindível, não basta fecharmo-nos no gabinete e mandar uns e-mails
Um bom técnico não se torna um bom líder de um dia para o outro. Estas competências têm que ser desenvolvidas e o processo de aprendizagem é gradual, podendo ser acelerado com formação específica. O que a equipa espera é o seu exemplo, e é fundamental que este seja congruente com os valores e as mensagens que tanto apregoa.
Não consigo ter tempo para pensar o negócio…
A empresa tem um rumo e um conjunto de estratégias definidas e fazemos a cada dia, a cada semana, a cada mês, um conjunto de coisas que nos deixam mais perto dos objetivos? Ou fazemos o que sempre fizemos, apagamos os fogos e adiamos sistematicamente o que estava no plano operacional (se o temos ou está bem “estacionado” dentro do armário…)?
Costuma correr o dia inteiro e ter a sensação de que não fez nada do que queria? Ainda anda centrado só no que é urgente? E o que não é urgente, mas importante, adia consistentemente?
Quais são as duas horas por semana que dedica a pensar O seu negócio? Estão bloqueadas na sua agenda?
PARE!!
Troque o “não consigo” por “não quero”
Ainda esta semana comentávamos este tema numa sessão de coaching… Experimente fazer esta substituição para cada desafio a vencer: eu não quero ter mais sucesso, eu não quero ser um bom diretor comercial, eu não quero liderar a minha equipa, eu não quero estruturar o meu negócio para o futuro…
Estranho, não? Incongruente… então, lá está, está tudo na nossa cabeça…
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