De que forma é que enfrenta as dificuldades com que se depara todos os dias?
Estará a pensar e a agir de modo estratégico ou operacional?
No nosso dia-a-dia resolvemos dezenas de pequenos problemas operacionais. Para qualquer empresário, responsável de área, diretor geral ou supervisor de equipas, essa é uma rotina e algo que fazemos até com alguma destreza. No entanto, no que diz respeito a decisões estratégicas que impliquem avaliar ou validar o nosso modelo de negócio, a forma como abordamos o mercado ou qualquer outra decisão que nos retire da nossa rotina, a maior parte de nós faz uma resistência sem limite.
Muitas empresas com que nos deparamos assumem a existência de dificuldades ou problemas em várias áreas de empresa. A visão final é sempre aterradora, pois nada parece ter solução, e a conversa habitualmente cai no contexto: “Mas sabe, o problema é que…”.
Os problemas existem, fazem parte do nosso dia-a-dia, uns são mais fáceis de resolver, outros mais complicados, mas para tudo existe solução. O problema é que, cada vez que utilizamos esta forma de expressão estamos a assumir para nós aquilo que eu chamo uma boa desculpa e a evitar a nossa responsabilidade na resolução desse problema.
Quando adotamos uma atitude como esta, é muito difícil conseguir implementar a mudança que estes tempos difíceis exigem. As realidades que conhecíamos estão a mudar de dia para dia e isso obriga-nos a mudar e a adaptar as nossas formas de “fazer”. A conjuntura atual implica que temos de ser rápidos nessa adaptação à mudança, portanto está na altura de mudar o seu “script” mental.
Mas como poderemos adotar outra postura perante as adversidades? Como ver sempre o “copo meio cheio” e não o “copo meio vazio”?
Existem pequenas coisas a fazer e lembre-se que muitas vezes as soluções mais simples são as mais eficazes.
- Perante uma qualquer dificuldade, pense em duas ou três possíveis soluções;
- Para cada uma dessas soluções, pense nas “boas desculpas” que vão certamente surgir para não as aplicar;
- Encontre soluções para cada uma delas e por aí fora, sucessivamente, até esgotá-las por completo;
- Escreva todo o processo, de forma a manter-se focalizado nas soluções e não nos problemas;
- Quando tiver encontrado as soluções, trace o plano para a sua implementação e a forma como vai medir os resultados. Nunca se esqueça de apontar os intervenientes, o intervalo de tempo para implementar e solucionar o problema, e os indicadores de avaliação;
- De seguida, pense no que o poderá impedir de pôr em prática a solução, ou seja, as suas “boas desculpas”, como, por exemplo, agora não tenho tempo, ainda não tenho as coisas preparadas, etc., e faça compromissos consigo próprio para ultrapassar cada uma dessas objeções.
Quanto mais cedo puser em prática esta atitude, mais depressa começará a ver que os problemas ficam menores e as soluções começam desde logo a aparecer.
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