Num mercado cada vez mais global e mais competitivo, a mudança é uma realidade diária e todos temos que estar preparados para a integrar. E mesmo nas organizações em que não é uma realidade tão premente, será que podemos continuar a protelá-la?
A mudança começa em cada um, na forma como analisamos, questionamos, ambicionamos e agimos. A mudança acontece na implementação do mais simples dos objectivos, na forma como comunicamos com os outros, no que esperamos deles, no que esperamos de nós próprios e até em como acreditamos em nós e no potencial que vemos nos nossos pares, nos nossos subordinados, em quem nos lidera.
Ninguém muda se não quiser, ninguém ajuda a mudar se não se voluntariar a ser um agente disso mesmo. A mudança não é uma escolha com horário de início e de fim, não dá para mudar amiúde ou esperar pelo “comboio” seguinte, quando se sentir totalmente preparado.
A mudança faz-se da integração e alinhamento de diversas competências. Quanto mais as desenvolvermos, melhor saberemos reconhecer as oportunidades e entender cada desafio. Isso sim é preparar a bagagem…
Conhecimento e Desenvolvimento
As competências não se medem pelo número de licenciaturas nem de pós-graduações que temos, não se medem pelo número de workshops que já frequentámos nem pelas certificações que possuímos, muito menos pelo número de páginas do nosso currículo.
É verdade que ninguém cresce em competências se não se enriquecer, se não estudar, se não fizer mais formação, se não estiver genuinamente preocupado com o seu desenvolvimento e o dos outros.
Melhorar em competências é integrar novas aprendizagens com o conhecimento e a experiência que se detém, na procura de um brio contínuo em entregar melhor, em viver o ponto de cultura da organização no serviço de excelência ao cliente, na inovação.
E isso materializa-se em honrar os compromissos na entrega dos produtos ou serviços, em endereçar as expectativas criadas, em criar e satisfazer novas necessidades e melhorar continuadamente a relação com o cliente.
Para que a empresa progrida, cada um terá que revelar sinais desta maturidade desejável, medir o impacto das suas atitudes e comportamentos nos resultados que está a ter, e promover as atitudes certas para se saber superar sempre que os números não estiverem a chegar…
E terá que gerir-se a si próprio de forma equilibrada, com a preocupação subjacente de ajudar os outros a crescer. Se desafiarmos os outros o suficiente e lhes proporcionarmos melhores oportunidades, o caminho também se irá abrir para nós de outra forma, independentemente da nossa posição de liderança.
Visão e Confiança
Antes de “premiar“, é importante que o líder mostre o caminho, que defina e clarifique as estratégias, que mobilize os recursos necessários e empreenda acção atempada e focada na prossecução dos objectivos definidos.
Mesmo que não tenha um cargo de responsabilidade directa sobre outros colegas, escolha ser líder de si próprio. Não fique à espera que lhe mostrem o caminho… sempre que puder envolva-se e contribua para a definição do futuro da empresa.
O curto prazo é tão curto que, à velocidade que vivemos, se não definirmos passos mais à frente, perdemos o norte do que queremos vir a ter.
E por mais problemas que lhe surjam, acredite sempre que tudo tem uma saída, independentemente do nível de incerteza.
Ser optimista e rodear-se de gente positiva ajuda-o a andar para a frente e faz bem à alma!
Comunicar e Influenciar
Leve aos outros o melhor de si!
Ouvir e compreender as necessidades, comunicar e partilhar as opções e as novas escolhas reduz o desconhecido e a ansiedade, ajuda a clarificar o caminho, explica determinadas decisões e contribui para um sentido de pertença de que todos necessitamos.
A diversidade é necessária e tem que ser gerida eficazmente para que a organização caminhe na direcção certa. Alie a intuição à persuasão, melhore a sua inteligência emocional e use e abuse dela se vir que isso o ajuda a atingir objectivos concretos e que são marcantes na vida do seu departamento ou da sua empresa.
Integridade
E tenha a certeza que, a cada dia, quando sai da empresa, mereceu lá estar, que fez a diferença, que viveu correctamente os valores…
É que viver os valores de forma íntegra, quando tudo corre bem ou quando os que nos rodeiam os vivem como nós, é relativamente fácil.
Num contexto do “salve-se quem puder”, viver a ética e a transparência como padrões inabaláveis pode fazer toda a diferença para que a sua empresa seja fiável e confiável. É que o que se vive transversalmente na organização é o que perpassa para os clientes, para os parceiros e para o mercado em geral… E a integridade e a fiabilidade são a melhor identidade que a sua empresa pode ter!
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