Os dias quentes, a criançada delirante, os mergulhos, a bola de berlim, os fins de tarde na praia, as jantaradas e os petiscos com os amigos ao som de boa música, gente gira, as viagens, as festas, o gin e as caipirinhas, a leitura em dia, o não haver horários nem rotinas, nem prazos…
E de repente… ARGHHH que as férias já acabaram. Como é possível?! Depois vem a vontade de ver e rever as fotos e os vídeos e de espreitar os posts nas redes sociais dos outros sortudos que continuam de férias…
A parte do “Keep calm” até é fácil, mas e conseguir recomeçar? É que assim que regressamos já está a contar, e quando dermos por nós é Natal, ou seja, neste momento só temos mais quatro meses para fazer os números e fechar bem o ano.
Por isso há que estar de volta e dar o máximo em tudo o que se faz! Parece que já ouvimos este slogan num determinado anúncio de um medicamento (e não, não é o azul…).
E se virmos de outra perspectiva?
Pensando bem, recomeçar é como termos um livro em branco e a oportunidade de escrevermos o próximo capítulo. E isso pode ser uma escolha fantástica…
Desintoxicar
Fazer restart implica largar o que não nos leva mais longe.
Por isso é imprescindível que cada um largue os hábitos antigos que não trazem resultados e arregace as mangas para concentrar esforços no que de facto importa. Enquanto andamos distraídos com o que a concorrência faz bem e com a sorte que ela tem (a concorrência externa … e a interna!), esquecemo-nos de semear a nossa própria sorte.
Há que pensar o que queremos fazer e como, mesmo que seja mais fácil ou apetecível comentar o que outros fizeram ou deixaram de fazer… Outro desafio não menos interessante é olhar para o bom de cada um e começar a falar entre todos de ideias e de projectos, em vez de falarmos uns dos outros.
Só assim retomamos o foco…
Revitalizar
Estamos perante uma revolução a que já se chama de revolução 4.0, introduzida pela Internet, pela tecnologia, pelos dispositivos que todos usam e que alteraram completamente a experiência dos consumidores e de cada um de nós enquanto ser humano. Tudo acontece a uma velocidade vertiginosa.
E isso implica que as empresas se ajustem, que introduzam mudanças em linha com as exigências desta nova economia digital, que tornem os processos eficazes, ou seja, que adoptem a estratégia certa.
E se a estratégia de mercado certa é determinante, a estratégia interna na gestão e no desenvolvimento das pessoas também não pode ser menosprezada.
Tal convida as empresas a olharem para a gestão da performance de forma distinta, a fomentar uma cultura de maior transparência, a dar feedback continuado e a delinear um modelo de avaliação focado no futuro e não no passado. O talento continua a ser o factor de sucesso nas organizações e serão as empresas que mais investirem no desenvolvimento de novos líderes que estarão a promover as competências necessárias às próximas décadas.
Por outro lado, há que distribuir responsabilidade para que se promova o crescimento, todavia o colaborador tem que sentir que é seguro falhar e que pode levar para o trabalho o seu “eu” completo…
Energizar
Dependendo do nosso modelo de negócio, todos queremos exceder expectativas naquilo que entregamos aos nossos clientes. Se forem consumidores finais, queremos superar-nos no serviço ao cliente e tornar-nos “top of mind”. No caso de os nossos clientes serem outras empresas, pretendemos ajudá-las a transformar-se e a ganhar vantagem competitiva na sua área de actuação no mercado.
Empresas com uma estratégia inovadora e interessante há muitas e temos em Portugal bons criativos, sem qualquer sombra de dúvida. O que é sempre mais desafiante de encontrar (e desenvolver) são equipas com a atitude e a energia para fazerem acontecer aquilo que a empresa se propõe fazer.
E quando precisamos de atitude, não chega a vertente profissional de cada colaborador… precisamos das vivências, do carisma, do positivismo, dos curiosos, dos que questionam, dos que provocam, dos sonhadores, dos que seguem, dos que dão gargalhadas, dos perfeccionistas, dos arrojados… precisamos de dar espaço ao tal “eu” completo de cada um. É esta a força e a energia de uma empresa autêntica, mesmo agora com o desafio acrescido de fazer coabitar quatro gerações no mercado de trabalho ao mesmo tempo.
Quando um cliente faz negócio com a nossa empresa, na realidade faz negócio connosco, com cada um de nós. É isso que o faz voltar, é isso que o faz passar a palavra. São as pessoas que dão voz aos produtos e às soluções…
Sempre que a atitude está lá, existe compromisso e alinhamento, e mesmo com os desvios habituais na execução, os resultados aparecem e surpreendem, porque todos se entregaram.
Parece que não há mesmo outra forma de promover Sucesso. E quantos mais zeros tiver o volume de negócios, maior a responsabilidade…
Nesta rentrée fica o desafio, keep calm… e vamos lá fazer o melhor restart de sempre!
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