Os modelos de negócio já não duram tanto como era habitual, um líder de sucesso há dois anos não o é garantidamente hoje e nem sequer um lugar de efetivo numa empresa é agora sinónimo de segurança ou certeza.
Muitos de nós crescemos sob o pressuposto de que os PCs são cinzentos, que se ligam com cabos e que são para estar no escritório e não na sala. O chairman da IBM, Thomas Watson, dizia em 1943 que haveria mercado mundial talvez para cinco computadores…
Hoje temos portáteis, tablets, smart phones, para graúdos e miúdos, às vezes em maior número do que as pessoas lá de casa. Os adolescentes escrevem mensagens com as duas mãos em simultâneo, somos amigos nas redes sociais sem trocarmos palavra.
E quando surgiram modelos de negócio de compra e venda on-line, como os leilões, parecia que era algo dúbio, associado aos antiquários.
Pensemos no boom de transações on-line, com o Ebay, a Amazon e todos os que se seguiram.
O mercado mudou e os consumidores são estimulados por coisas totalmente diferentes, isto porque muitas empresas foram disruptivas, questionaram o que de mais ortodoxo estava instituído, arriscaram e anteciparam novas necessidades.
Inspira-se em quem descobriu a saída?
E na nossa empresa, o que aprendemos com os exemplos de inovação que vemos pelo mundo fora ou mesmo a nível nacional?
Que esforço fazemos para expandir o nosso horizonte ou, inversamente, quão angustiados estamos porque outros nos ultrapassaram ou porque o nosso modelo já não está a trazer os resultados de outros tempos?
Temos a capacidade de pensar e criar um futuro diferente e fazemos disso um processo constante, ou estamos perdidos no nosso labirinto, sem encontrar a saída de que precisamos?
Podemos inovar de forma incremental, melhorando os produtos ou os processos, transformando o próprio modelo de negócio ou incorporando novos modelos na cadeia de valor.
Mas quando olhamos para o modelo de uma Zara, do IKEA ou do iTunes, estamos perante exemplos de inovação radical, reconfigurando produtos, criando novos conceitos de negócio ou inventando novas estruturas para a indústria.
A inovação é difícil, também foi e continua a ser seguramente para algumas destas empresas que referi, mas hoje temos hábitos diferentes porque elas encontraram o seu caminho para sair do labirinto…
Consegue obter novas respostas sem fazer outras perguntas?
Em muitas das empresas com que trabalhamos, quando se fala da análise SWOT as costas colam-se à cadeira e parece que se quer desenterrar algo “déjà vu” do baú…
Com este ou com outro nome, não há como obter sucesso sustentado se não fizermos um esforço contínuo por respondermos a estas questões:
- Quem servimos (cliente/mercado)?
- O que fazemos (produto/serviço)?
- Como fazemos (processo/procedimento)?
- Como ganhamos dinheiro?
- Como nos diferenciamos e obtemos vantagem competitiva?
Inovar passa por reposicionar as forças diferenciadoras da empresa, por olhar para o que está instituído no sector e explorar o dogma dos seus concorrentes, por aferir as tendências e pensar em oportunidades de mudança e por escutar de forma intuitiva as necessidades do seu cliente.
Se lhe dissessem há uns tempos que haveria de pagar muito mais por um café ou um sumo, a que deram um nome italiano, e que é servido num copo de papel ou de plástico em que escrevem o seu nome, acreditaria? E hoje, não gosta da experiência na Starbucks?!
Que futuro encoraja a sua Equipa a criar?
Aceitamos o Futuro ou corremos atrás do Futuro que queremos criar?
Quando se fala em proporcionar ambientes criativos e encorajar a geração de ideias, não é meramente porque se tornou uma “best-practice” ou porque está na moda.
Há que favorecer uma cultura aberta e colaborativa, prevendo-se períodos sistemáticos para brainstorming.
A inovação tem que ser um processo sistemático na empresa ao serviço do modelo de negócio, senão fazemos uma gestão de curto prazo.
E isso só se consegue com líderes visionários que pensem a inovação como um processo de diminuição de risco, em que das muitas ideias geradas passamos a desenvolver conceitos de negócio, os quais posteriormente se experimentam e dos quais só alguns terão pernas para andar.
É que uma ideia vencedora pode fazer o Futuro da sua Empresa e torná-la num exemplo de inovação!
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.