Pela dor ou pelo prémio? Estará a pensar? Vou procurar reflectir aqui um pouco hoje sobre todas estas temáticas tão fundamentais para a sua motivação ou da sua equipa.
Nos últimos tempos, para além de “resiliência” há outra palavra na moda, “motivação”. A motivação dos funcionários, dos trabalhadores, das empresas, do país.
Como se consegue andar motivado quando tudo à nossa volta parece não funcionar? Quando as notícias são desanimadoras, o desemprego aumenta, as empresas enfrentam dificuldades e a austeridade parece ter vindo para ficar, como se consegue motivar as equipas?
De facto, há denominadores comuns nesta questão da motivação. Todos conhecemos exemplos de pessoas com quem a vida não foi particularmente simpática e que mantêm a motivação e a força de viver e de se agarrarem às coisas importantes da vida.
Mas então o que pode fazer a diferença?
Um dos denominadores comuns de que falávamos é algo muito simples – Metas e Objectivos.
Metas Profissionais
A sua empresa decerto tem metas e objectivos. Provavelmente discutidos desde o início do ano e partilhados por todos, para que o foco seja esse mesmo.
Existem objectivos inclusivamente por departamento, cada um com os seus desafios e dificuldades, mas que permitem orientar os colaboradores para as mesmas metas.
Quando existem e são SMART orientam de facto as equipas. Por SMART entenda-se específicos – não se pode dizer para vender “mais”, ou crescer “muito”, temos de especificar valores, número de clientes, percentagens -, medidos – para podermos avaliar a performance das equipas -, e, embora ambiciosos, não podem ser impossíveis, mas sim, atingíveis e realistas. E, obviamente, devem ser orientados a uma determinada janela temporal, seja semanal, mensal ou anual.
E se todas as empresas especificam as suas metas e objectivos, se envolvem as equipas nessas mesmas metas e se avaliam a sua performance, tal pode trazer alguma motivação às equipas…
Metas Pessoais
Então se existem metas profissionais e todos nos acostumamos a esses procedimentos, porque não temos as nossas próprias metas pessoais?
Curiosamente, esse é um dos denominadores comuns das pessoas verdadeiramente motivadas e que acabam por motivar os outros.
Quando foi a última vez que escreveu a lista do que quer para si e para os seus? E sabe o que quer, o que deseja e o que sonha?
Pois, acredito que na sua cabeça existam muitos sonhos, muitas metas e conquistas que gostava de alcançar. Umas envolvem investimento, mas outras não, e qualquer uma delas é importante. Não existem sonhos bons ou maus, apenas sonhos.
A sugestão é exactamente essa. Porque não escreve a sua lista de metas e objectivos? Da mesma forma que nas empresas elas ajudam a focar a atenção e empenho, na nossa vida poderão ajudar também.
Pela dor ou pelo prazer…
Voltando ao contexto das empresas. Se quer saber como motivar as suas equipas, tem de conhecer cada um e perceber o que os motiva. Uns movem-se pelos prémios, pelo reconhecimento, por poderem ser alvo das atenções e de louvores, e não há qualquer problema nisso.
Outros decerto movem-se pela dor, como costumamos dizer. O que os motiva é não serem os piores ou os que têm performances menos positivas, o que importa é não cometerem erros, pois privilegiam a excelência de actuação e falhar não está nos seus vocabulários. Claro que de prémios e recompensas todos gostamos, mas há quem não viva apenas e só em função disso.
Qualquer destas posturas existe e é correcta. Mas se souber como se move a sua equipa saberá como motivá-los melhor.
Saberá quais os que correm atrás de recompensas, prémios e gratificações acima de tudo, e também saberá quais os que se importam com excelência de serviço, com standards elevados de performance e se esforçam ao máximo pelos resultados.
E dessa forma poderá chegar melhor a cada um e, nestes tempos tão difíceis, motivá-los.
E não ficamos por aqui…
Há ainda muito mais por explorar na questão da motivação e do que hoje em dia pode fazer a diferença nas equipas.
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.