Ver a floresta ou a árvore.
Um dos maiores problemas que encontramos habitualmente nas equipas comerciais prende-se com o síndroma da árvore. Com certeza que conhece a metáfora.
Isto nas vendas ocorre de diversas maneiras.
Vamos lá analisar duas das situações mais frequentes:
1. O meu funil de vendas é espectacular!
Muitas vezes ao olharmos de perto para o nosso pipeline de oportunidades de vendas, parece que ele está repleto de oportunidades fantásticas.
E ao perto parece mesmo.
No entanto, quando damos um passo atrás para vermos a floresta em vez da árvore, começamos a perceber que nem sempre é assim.
Quando analisamos as oportunidades de venda, existem duas categorias principais.
As oportunidades de curto prazo e as oportunidades de longo prazo.
As de curto prazo têm tendência a ser de menor valor, as de longo prazo têm tendência a ser de um valor mais elevado.
Todos os comerciais têm preferências pelo tipo de oportunidades que endereçam.
É raro termos um comercial que tem uma carteira equilibrada.
Acima de tudo, que procure endereçar as oportunidades de curto e longo prazo porque entende que este balancear é necessário para o seu sucesso comercial.
Ora qual é o problema de um pipeline focado apenas numa das situações?
Como já deve estar a adivinhar é o desequilíbrio que isso pode provocar.
Se só me foco nas grandes oportunidades, passo longos períodos de tempo sem fechar nada.
Se só me foco nas de curto prazo, nunca consigo ter uma boa faturação, dado o esforço para atingir o meu objetivo ter de ser sempre muito elevado face ao número de oportunidades que tenho de trabalhar.
Uma das preocupações que temos ao trabalhar com uma equipa é de facto verificar qual é a tendência e reequilibrar o seu processo comercial.
Isto pode ser feito mediante a correta distribuição dos tipos de clientes.
No entanto, todos sabemos que nem sempre como comerciais temos capacidade para endereçar as grandes contas.
Por isso é aconselhável que este balancear ocorra, pesando também a maturidade comercial do vendedor.
2. Tenho umas oportunidades fantásticas em mão e tenho de me dedicar a 100% para as fechar.
Já ouviram esta frase?
Claro que sim, a determinada altura do campeonato todos nós de uma forma ou de outra a dissemos.
Este é mais uma vez o síndroma de ver a árvore versus ver a floresta.
Um dos erros que mais afeta a atividade comercial é o facto de acharem que conseguem influenciar o processo comercial ao longo de toda a cadeia de decisão.
Existe um ponto na venda em que deixa de estar nas nossas mãos a capacidade de influenciar o negócio.
Por exemplo, quando a porta da administração do cliente é fechada e ele começa com os seus pares a analisar as propostas que têm em cima da mesa.
Ou quando entra em cena o famoso “amigo especialista” que tem sempre opinião sobre tudo e ao qual ele recorre quando não domina o tema em questão e tem medo de fazer uma má decisão.
Nestas situações, sejamos honestos.
A não ser que tenhamos uma boa “cunha” temos a capacidade de influenciar o decisor?
Claro que não.
Quanto muito conseguimos vacinar algumas das questões que poderão surgir quando estiverem a analisar as propostas.
Mas na maioria dos casos, nem isso conseguimos.
Então se eu quero ter melhores resultados comerciais tenho de entender que devo novamente afastar-me e ver a floresta em vez da árvore.
Em vez de me focar só intensamente nesses clientes, devo entender que outros clientes “ou árvores” existem no mercado e que até possam ser uma alternativa viável e lucrativa.
E aumentar os meus resultados comerciais passa em primeiro lugar por aumentar o início do processo em termos de prospeção.
Esta semana lembrem-se:
“Ver a floresta em vez de ver a árvore!”
E caso precise de ajuda para os fazer ver a floresta… inscreva-os no nosso Workshop “Arte de Vender“.
Vai ver que será o melhor investimento que poderá fazer na sua equipa comercial.
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