Confesse, por vezes quando olha para os seus colaboradores, sente-os como filhos?
Muitos responsáveis de empresa dizem-nos que têm os de casa e os do trabalho, mas isso demonstra muitas vezes algum afecto e vontade de lutar por eles, de os liderar da melhor forma.
Quem tem filhos, e mesmo quem não os tem, mas acompanha ao longe algumas dinâmicas familiares, vê que as crianças podem ter os seus momentos. A ternura alterna muitas vezes com birras, com o jeito que têm de tentar conquistar o seu espaço e a atenção dos adultos, a forma como tentam impor as suas vontades 700-501 dumps e o jeito que têm a negociar favores.
E quando assistimos a certas atitudes de certas equipas pensamos um pouco em quão semelhantes são às das crianças.
A questão é que os pais educam os filhos da melhor forma que conseguem, e por vezes utilizam castigos, resistem a dar tudo o que querem, ralham e tentam dar bons exemplos para que aprendam que na vida as coisas não 640-911 exam caem do céu, não temos de ter tudo e que há que ter um código de valores e um conjunto de regras a serem cumpridos em casa.
Os valores
Estes são transmitidos às crianças desde cedo e nas empresas tem de ser da mesma forma. Tem de existir um código de ética, um conjunto de valores que tem de ser entendido e cumprido por todos. Cada colaborador tem de incorporar esses valores e essa ética de trabalho.
Na altura do recrutamento de cada um, esses mesmos valores devem ser abordados e, se o futuro candidato não se identifica com esses padrões, não estará à vontade na posição.
As birras
Sem dúvida que as fazem! Zangam-se porque as condições do mercado mudaram e isso trouxe alterações na sua forma de trabalhar. Não gostam quando as suas condições de trabalho se alteram, ou quando mudam por vezes de responsabilidade ou funções.
As birras das crianças são diferentes das dos adultos. Não ligar nenhuma não é a solução neste caso. Temos de perceber as razões do descontentamento e escutar as pessoas, percebendo se são razões válidas e se algo pode ser feito para ajudar.
As birras por vezes assumem contornos mais desagradáveis e nessas ocasiões têm de ser resolvidas de imediato e por vezes de forma mais radical.
Também tem de ser explicado que as “birras” criam climas de trabalho menos positivos e que se de facto fizermos por não ligar, o “não estar de acordo com o que está instituído” pode passar a prática comum e outros modelarão os maus comportamentos.
Castigos e recompensas
Bem, não podemos pôr as pessoas de castigo! Mas podemos perceber o que as motiva para as recompensarmos.
Se virmos a coisa sob este prisma, é bem mais interessante, pois também prometemos às crianças coisas boas se o seu comportamento for adequado.
O segredo está em saber o que motiva cada colaborador a adquirir comportamentos de excelência. É nesta questão que entra a motivação geracional, decisiva para quem tem pessoas de várias idades e gerações nas equipas. Os mais novos não se motivam pelas mesmas coisas que os mais antigos. Provavelmente consegue mais de uma equipa jovem se sugerir uma tarde livre por mês caso cumpram os objectivos, e dos mais velhos se lhes der estatuto e possibilidade de assistir a formações ou acompanhar os mais novos.
As regras
Nem muito apertadas, nem muito soltas! Já reparou que quando as crianças se portam mal dizemos para “não repetirem a brincadeira…” e raramente dizemos o que queremos que, de facto, façam? Nas equipas ocorre o mesmo, temos de reforçar os comportamentos positivos e fazer com que se desviem dos comportamentos negativos.
Quando dizemos o que de facto esperamos de cada um e damos liberdade e responsabilidade para agir, as equipas ficam mais motivadas, cumprem melhor as regras e provavelmente não será surpreendido com birras.
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