Muitas pessoas às quais faço coaching ou que passam pelos nossos Workshops da Arte de Liderar têm medo dos seus objetivos.
Por incrível que pareça, esta é uma das principais (mas não a principal) razões pela qual muitos de nós não definimos o que realmente queremos da vida.
O medo e a frustração de não atingir objetivos são paralisantes.
É mais simples não ter objetivos do que pensar que eventualmente podemos vir a não os atingir.
Embora pareça um aspeto simples, muitas pessoas com quem trabalho ficam paralisadas ao pensar nisto.
Principalmente se já tiveram uma experiência negativa anterior.
A questão que se coloca é:
Se por um lado devemos definir metas e objetivos, como lidar com a frustração de não os atingir?
Ao pensarmos nisto, definimos um processo simples que tem tido muito sucesso com os executivos de topo com quem habitualmente trabalhamos.
Este processo centra-se em “deixar cair” a emoção de atingir ou não atingir o objetivo mediante uma pequena meditação.
O processo é realizado em 3 passos:
1. Relaxamento
Feche os olhos e inspire e expire profundamente.
Agora imagine que está a começar a descer uma escada larga, segura e bem iluminada com 10 degraus.
E que, a cada expiração, desce um degrau.
Repita este passo, inspirar e expirar, descendo cada degrau até chegar ao fundo da escada.
Escolha um sítio agradável, onde gostasse de estar, e imagine que ao descer o último degrau se encontra lá.
Ao chegar a este sítio, estará agora muito mais relaxado.
Imagine que está sentado numa cadeira confortável e que na sua frente tem um ecrã de cinema.
2. Visualização de metas e objetivos
Podemos agora dar início ao segundo passo.
Comece agora a imaginar que na tela do cinema começa a ver os seus objetivos já realizados a aparecerem com se fossem um filme.
Analise a cena, sinta a emoção de ver o que quer já atingido e observe com quem é que está no filme.
Dê importância a todos os pormenores.
Faça isto para cada um dos seus objetivos, tornando o filme o mais real possível.
A ideia é conseguirmos tomar contacto com os nossos objetivos numa posição segura e confortável.
Veja e sinta se ao atingir, ou não atingir, os seus objetivos, tem a mesma emoção.
Vá saltando entre a emoção de atingir o objetivo e a emoção de não o atingir.
Sinta-se confortável com ambos.
Diga a si próprio: “Se não atingir à primeira, é uma questão de continuar a tentar ou mudar um pouco a minha abordagem”.
3. “Deixar cair” a emoção
Vamos agora dar início ao último passo.
Este passo é o mais forte de todos.
Deve dizer para si próprio o seguinte, sentindo, enquanto o faz, a emoção do objetivo cair por completo e desvanecer-se suavemente, sem esforço:
“Em conjunto com o meu subconsciente, (pausa) foco-me internamente naquilo que vejo, sinto e oiço, quando penso na minha meta ou no meu objetivo (substituir pelo que se quer atingir).
E só por agora, (pausa) considero a hipótese de (pausa) deixar cair toda a emoção de atingir ou não atingir.
Deixar cair, (pausa) completamente.
Completamente, (pausa) agora!”
Este passo permite trabalhar em conjunto com o subconsciente para eliminar a emoção de atingir e não atingir.
A ideia é que atingir ou não atingir deixe de ter peso.
Pode pensar-se, mas porque deixar cair a emoção de atingir?
Não será essa positiva?
Sim e não.
As duas estão interligadas.
Ao pensar em atingir, pensamos sempre no outro lado da moeda, no não atingir.
Assim sendo, embora nos devamos focar na meta ou no objetivo, por outro lado, a emoção de o atingir ou não atingir deve ser nula.
Desta forma o consciente pode relaxar e o subconsciente pode trabalhar mais liberto na descoberta de caminhos para atingir as nossas metas e objetivos.
Durante esta semana experimente este processo todos os dias e veja como a emoção de não atingir os seus objetivos se torna mais leve.
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