Porque não? Se isso fizesse a sua Equipa correr pelos sonhos, pelos objectivos…
Não deixa de ser um paradoxo engraçado! É que numa altura em que é um privilégio ter trabalho, ter um desafio profissional, em que é urgente dar respostas rápidas e diferenciadoras ao mercado, parece que algumas equipas, por mais que se lhes diga, não descolam, não arrancam, não fazem o mínimo esforço por se superar…
Sei que às vezes dava vontade de pôr alguns a correr… mas comecemos pelo início!
Equipar e preparar…
Primeiro que tudo, o que os faz correr?
Conhecemos cada um a ponto de sabermos o que os move? Será que todos se movem pela cenoura? Investimos o suficiente em cada um?
Muitas foram as empresas que, nos últimos tempos, se viram obrigadas a retirar os modelos de compensação que tinham associados à Avaliação de Desempenho, por não haver condições para remunerar dessa forma.
Mas serão mesmo os 100€ ou 150€ por trimestre que fazem a diferença? E os que perderam a remuneração das horas extra, não vão mais estar motivados?!
Pense na pessoa mais indutora e com mais garra na sua Equipa. Há sempre alguém que já corre por ele próprio, pelos colegas, pela missão da empresa…
Era extraordinário que fossem todos iguais. Não há pozinhos mágicos para contagiar isto, mas é possível dar mais autonomia, desafiar mais, envolver mais e ajudar a crescer.
É possível dizer o que fazer, em vez de estar sempre e só a dar feedback do que vai mal.
Hoje, como nunca, a motivação vem da autonomia em abraçar novas coisas, em ficar responsável por este ou aquele projecto, em poder crescer. E vem também do reconhecimento, externo e interno, da referência que somos para os colegas, de como os podemos ajudar e constituir exemplo, exercendo a nossa mestria naquilo que fazemos.
Quando questiono as equipas sobre o que os prende à empresa, porque trabalham naquela e não noutra similar, ou o que contam aos amigos e familiares sobre o seu trabalho nos momentos informais, adoro percepcionar o brilho no olhar enquanto falam, enquanto contam cada história, em como o propósito da empresa os faz sentir especiais, com um sentido de gratidão pelo que levam aos outros…
Hoje, é disto que precisamos. Mais do que nunca, sabemos que o sucesso está em cada um… eles só têm que acreditar nisso, e correr!
Correr… até à recta da meta!
Agora estará a pensar: “Onde andam essas equipas, que eu também quero…?”
A equipa começa em nós, nós não somos diferentes deles. Provavelmente somos os que temos mais responsabilidade (e as contas para pagar), e para isso temos que ir no pelotão. Se pudermos contar com um ou outro velocista na nossa Equipa, que se destaque dos demais, isso será ouro sobre azul… porque somos mais a puxar pelos outros.
E puxar é fazer coaching a cada um, no seu processo de melhoria, é não prescindir de avaliar o desempenho, de dar feedback e pedir feedback periódico, de dizer o que vai mal, e menos mal, mas também de dizer o que vai bem e deva constituir exemplo para os outros, é orientar e questionar mais.
Sabemos que nem todos podem ser velocistas, mas é inviável continuar a permitir que haja alguém que fique no balneário com os ténis por calçar… Quando há questões que nem o melhor equipamento do mundo resolve, então, nesta fase, é mesmo preciso avaliar e sermos nós a resolver. É que se houver contas para fazer, faça-as agora que para o ano vai sair ainda mais caro.
Erguer o melhor troféu…
E qual é para si a melhor recompensa?
Celebrar cada chegada, cada vitória, é tão bom, que dá vontade de vencer de novo, e é isto que alimenta a correria de cada um, das Vendas ao Marketing, da Produção à Manutenção.
Se vir que as metas que tem traçadas são demasiado longínquas, será bom desdobrar e estabelecer metas mais pequenas, para irmos beneficiar dos picos emocionais de quando se consegue lá chegar.
E quando a Equipa estiver quase a conseguir, nada de fazer batota e afastar a meta…
Estique gradualmente o desafio… ou não quer ter vitórias para celebrar?!
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