Muitos dos empresários com os quais lidamos diariamente nos processos de Consultoria ou Coaching Comercial, estão neste momento a atravessar uma fase complicada devido à instabilidade e tendo muitas das vezes o seu negócio estrangulado.
Se tivéssemos de escolher um dos factores que teve maior responsabilidade por os colocar nesta situação, provavelmente escolheria este.
O facto de terem os seus negócios presos ao passado.
Mas o que é que significa isto?
Na Ideias e Desafios, quer nos nossos programas de formação, quer nos processos de Coaching de Negócio, dizemos muitas vezes aos nossos clientes que aquilo que os trouxe até aqui, provavelmente não os irá levar aonde necessitam de ir.
Esta frase serve não só para os abanar, mas também para lhes abrir um pouco os horizontes e fazer com que comecem a olhar para o futuro com outros olhos.
Uma das coisas que pessoalmente procuro quando um negócio não está a funcionar como deve, é ver quais são os principais “gargalos” que o estão a afectar.
Há muitos anos, o Brian Tracy, num seminário a que assisti, disse-me uma coisa que me ficou gravada a ferro e fogo até hoje:
“As nossas empresas são medidas por aquilo que fazem mal e não por aquilo que fazem bem”.
À primeira vista parece um contra-senso.
Mas será?
Por vezes, nas empresas, existem diversos pontos de bloqueio ou estrangulamento.
A que internamente chamamos, por piada, “gargalos”.
O seu negócio pode ser fantástico, ter um produto ou serviço excepcional, não ter igual, de facto, em Portugal ou no mundo, mas…
E se ninguém conhecer que existe?
Se o seu marketing for tão “bom”… que nem no mapa a sua empresa vem?
Ou se porventura o seu marketing até funciona bem, gera oportunidades de negócio, mas a sua área comercial é uma nódoa e não consegue transmitir valor aos seus clientes?
Percebe agora o que é que o Brian Tracy dizia tão acertadamente?
Um dos nossos papéis ao trabalhar com os empresários prende-se muitas vezes com esta questão.
Identificar os “gargalos” que existem nas suas empresas e ajudá-los a eliminá-los ou, quando muito, alargá-los para que não funcionem como pedras de arrasto ao seu negócio.
Estes bloqueios, como deve imaginar, podem existir em diversos pontos da organização, em cima focamos apenas alguns.
Muitas das vezes provêm de decisões que tomamos no passado e que hoje em dia apenas são mantidas para “enfunar” o Ego dos gestores ou então para colmatar razões políticas da organização.
No nosso trabalho com as empresas, a equipa de coaching coloca muitas vezes as seguintes questões que ajudam os nossos clientes a chegarem a alguns possíveis caminhos:
1. Se tivesse de iniciar o seu negócio hoje em dia, faria as coisas da mesma maneira?
Como é óbvio, não!
Mas ao pensar desta maneira, começamos a identificar onde estão as zonas de desconforto actual da organização.
2. Se tivesse de iniciar o seu negócio do zero, hoje em dia como é que o faria?
Aqui já estamos a mover os empresários em frente e a começar a fazer com que apareça na sua cabeça uma ideia de como é que seria o panorama ideal.
3. Se iniciasse o seu negócio hoje e tivesse todos os recursos do mundo e soubesse que nada falharia, como é que o faria?
Também designada por pergunta mágica, ajuda a pensar sem restrições.
Esta semana pare um pouco para pensar:
Acha que o seu negócio está preso ao passado?
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.