Quando falamos de “beco sem saída”, se há coisa que os momentos como o em que vivemos nos ensinam é que o sucesso está em cada um de nós!
Muito provavelmente, os últimos tempos geraram-lhe a inquietude e o desânimo suficiente para, uma vez ou outra, se sentir perdido, como se não houvesse luz ao fundo do túnel. Muito provavelmente também, nos instantes seguintes teve o seu subconsciente a sussurrar-lhe ao ouvido que perder-se nesse tipo de pensamento não o levaria a lado nenhum.
É perfeitamente normal, darmos um passo atrás pode ser o impulso necessário para subir uma série de degraus a seguir. Ou julga que com os outros empresários, líderes e empreendedores é diferente?! De uma forma geral, os desafios empresarias são transversais à maior parte das realidades organizacionais…
Vamos reflectir sobre alguns deles de uma forma um pouco mais cirúrgica?! Vamos a isso…
O Talento
Curioso… porque com tanta falta de emprego não seria de esperar. É que mão-de-obra e o talento certo para uma determinada posição são coisas bem distintas.
O mercado está excedentário, mas isso não é sinónimo de que seja fácil encontrar o nível de qualificação, de experiência e autonomia que precisaríamos para algumas funções de maior responsabilidade nas nossas empresas.
Mais grave do que isso é que nas nossas organizações continuamos a ter dificuldade em reconhecer que a “prata da casa não chega a tudo”. Uma coisa é dar oportunidade aos de dentro e desafiá-los mais e mais, mas isso não nos impede de, quando as competências não estão lá, reconhecermos que temos impreterivelmente que ir ao mercado.
Se não há tempo para fazer crescer quem está a ponto de assumir novas responsabilidades em tempo útil, muito provavelmente não dará para adiar a decisão de ir ao mercado… Remediar já não é solução!
As Organizações em geral estão viciadas numa política de redução de custos, o que, se contextualizarmos, se percebe… Mas, paralelamente ao que poupamos, será que não fará sentido pensarmos também no que estamos a deixar de ganhar?!
E isso dá-nos um sentido de urgência para resolver os problemas que temos nas nossas equipas… Sai caro despedir, mas a factura poderá ser bem maior se eles continuarem!
A Concorrência
Naturalmente que depende muito dos sectores mas, maioritariamente, o mercado está cheio de empresas que competem diariamente pelos seus clientes, oferecendo produtos e serviços directamente concorrentes com os seus. Em áreas como o retalho, a restauração, o bem-estar e a estética, este fenómeno torna-se assustador… parece que, porta sim, porta não, se disputa o mesmo dinheiro dos consumidores.
Este fenómeno agrava-se hoje pelo facto de muitos desempregados, numa situação de beco sem saída, abraçarem o empreendedorismo, estabelecendo unidades de pequeno comércio, sem muitas vezes se assegurarem da viabilidade das mesmas.
Agora, independentemente da situação que o trouxe até à empresa onde está hoje, grande ou pequena, seja de que sector for, o que é que o diferencia, o que é que de forma unívoca tem para levar ao seu cliente?
Quando lança qualquer coisa, qual o mercado alvo dessa inovação, que dimensão tem? É que, só não terá que andar constantemente preocupado com a concorrência, se esse mercado ou esse nicho específico for suficientemente grande…
Sabemos que muitas das ideias que se implementam actualmente nas nossas organizações são fruto da paixão dos líderes que as dirigem, o que é fantástico. Só temos é que garantir que essas ideias são à prova da razão, isto é, que, carga emocional à parte, há um estudo de viabilidade que lhes dê pernas para andar!
A Retenção de Clientes
Será que hoje ainda há clientes fiéis? Será que satisfazer o cliente basta para mantermos a nossa taxa de retenção? E o que é hoje um cliente satisfeito?! Pois…
Será errado dizer que as pessoas estão mais informadas… mas estão mais despertas, questionam mais, não estão nada dispostas a comprar gato por lebre, e estão sobretudo muito mais exigentes.
E é por isso que a cada dia o atendimento se torna um enigma maior! Satisfazer o cliente já não é suficiente… há que superar expectativas, há que surpreender, há que encantar. Quando nos compram há que garantir que o “UAU” acontece e há que estar preparado para que da próxima vez as expectativas se elevem e o desafio para proporcionarmos novo UAU seja ainda superior.
Não há dúvida nenhuma que o ciclo de fidelização se transformou e que elevar o padrão de atendimento se tornou uma missão constante. Isto justifica que o coaching comercial se tenha tornado uma prioridade absoluta nas equipas de vendas.
Hoje já não nos chegam bons vendedores, precisamos de super vendedores, formados e treinados adequadamente para prestar um serviço de excelência que faça o cliente voltar, que cause um impacto suficientemente grande no cliente ao ponto de este ter vontade de falar da experiência que lhe proporcionámos à cara metade, aos amigos, à sogra, ao gato e ao periquito…
Vamos agarrar estes desafios?
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.