Ainda vamos a tempo de fazer votos de Bom Ano a quem se cruza connosco na rua. E, à semelhança de em anos anteriores, aposto que a grande maioria fez as suas resoluções de novo ano.
É toda uma página em branco por escrever, de 12 meses recheados de acontecimentos, surpresas que podem ser boas ou menos simpáticas, ideias para colocar em prática, sucessos e insucessos, e muitas outras coisas. E neste início do ano parece que toda a envolvência do Natal e do Fim de Ano carregam as baterias da energia e sentimo-nos mais corajosos e prontos para enfrentar o futuro.
Para certas empresas é como se um novo ciclo começasse, novos lançamentos, novas propostas, novos projectos e clientes. Muitos deles começaram a ser trabalhados no ano anterior e depois de uma boa sementeira vem a colheita.
Mas voltando às resoluções do novo ano, quantas são iguais ou parecidas com as do ano anterior? E anterior a esse? Claro que algumas serão de manter. As que nos fazem bem física e psicologicamente, e as que envolvem o negócio de uma forma positiva.
Mas muitas delas são resoluções que “passaram ao lado” o ano anterior e que pela sua importância achamos que devem figurar na nova listagem! E muitas são resultado de ideias que não foram colocadas em prática, de receios que falaram mais forte que a vontade de arriscar.
E como fazer para 2014 ser um pouco diferente? Em primeiro lugar tem de pensar por que razão certas resoluções teimam em manter-se na lista e o que as faz lá ficar. Principalmente as tais que custam um pouco mais e quais as razões que as prendem.
É posição de conforto? É que sair dessa posição pode ser doloroso, mas compensador.
Procrastinar
Conhece aquela sensação de querer fazer mas não apetecer muito? E encontrar mil desculpas para o facto de não ser feito? E adiar porque agora é complicado, pode falhar algo e não estamos preparados, enfim… procrastinar.
Acredito que muitas das resoluções que adia são as que envolvem algo que não lhe dá tanta vontade de fazer, que adia sistematicamente e que pode não ter um impacto grande no seu futuro.
Procrastinamos a ida ao ginásio, porque é complicado, porque podemos fazê-lo em casa ou correr aos fins-de-semana. Em termos profissionais, adiamos as reuniões complicadas, as que implicam algum tipo de discussão mais acesa com a equipa.
Muitos comerciais adiam a fase de prospecção, pois não é de todo o mais divertido!
Receio de falhar
Pode ser uma das razões pela qual muitos não cumprem as suas resoluções. Têm receio de que as ideias que tiveram não dêem certo. Outros têm medo do impacto que certos falhanços parecem ter na equipa e nos clientes.
O medo de falhar impede muitos de tentarem conseguir algo de diferente. O medo de negociar com um pouco mais de assertividade que possa fazer perder o cliente, o medo de pegar no telefone e fazer contactos a frio, pois podem desligar-nos o telefone na cara. O medo de visitar clientes A e B por nos sentirmos menos preparados.
Mas de todas as vezes em que falhou, aprendeu com isso? Temos de aprender com os erros, não podemos é cometer os mesmos constantemente.
Receio do sucesso
Por incrível que possa parecer, muitas pessoas receiam mais o sucesso que o fracasso. Sentem que ser alvo de atenção pode não ser benéfico e preferem não se expor nem dar nas vistas para não atrair demasiado as atenções.
Seja o que for que faz, reveja a sua lista de resoluções com frequência. Não vale fazê-la e nunca mais a rever! Tem de ser constantemente lembrada, para que as resoluções não passem sempre para o ano seguinte.
Por isso, este ano arrisque, procure estar um passo à frente e construa um caminho diferente! Se tudo correr bem, em 2015 as suas resoluções de 2014 não serão repetidas. Principalmente as que transitam de ano para ano. Isso significa que o seu crescimento pessoal foi enorme, que sentiu confiança em arriscar, em avançar sem receios e que em 2015 terá outras resoluções ainda mais fortes.
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