Uma das coisas que mais trabalho com as equipas, em termos de motivação, liderança e desempenho, é precisamente a frase: “Na Vida conduz ou é conduzido?”
Quem nos conhece e ao nosso trabalho nesta área, sabe que gostamos de provocar as pessoas a pensar quando se fala de motivação.
Não é com a abordagem normal que lá vamos hoje em dia.
No nosso entender, a saída da inflação na qual Portugal e o mundo estão mergulhados passa pelas pessoas passarem do lugar do passageiro para o lugar do condutor nas suas vidas.
Quem diz nas suas vidas, diz nas empresas, na sociedade, enfim… no mundo à sua volta.
Quando enfrentamos situações difíceis temos duas hipóteses.
Sentarmo-nos e esperar que passe, ou então elevarmos a parte de trás central da nossa anatomia e fazermos algo para mudar a nossa vida.
No nosso entender, a motivação tem de vir de dentro das pessoas.
Muitas das pessoas com quem inicialmente trabalhamos nas empresas sofrem da síndrome do “querer”:
- Quero ter um emprego melhor
- Quero um aumento
- Quero ser rico
- Quero ser feliz
- Quero ser …
Mas quando lhes perguntamos:
“Ok, você quer, mas o que está a fazer para lá chegar?…”
Invariavelmente, calam-se olham para baixo e para a direita e admitem:
“Nada.”
Mas a culpa, como devem imaginar, não é delas, é da sociedade que é péssima, é do patrão que não as aumenta, é do governo que não aumenta o ordenado mínimo.
Enfim, existe sempre alguma coisa que culpar.
Nem que seja culpar o nosso passado.
O facto de não termos a educação que deveríamos ter tido, o facto de não termos agarrado as oportunidades que a vida nos apresentou e não termos lutado por elas, e tantas outras coisas.
Mas será que conduzir a nossa vida a olhar sempre para o retrovisor dá bom resultado?
Na nossa modesta opinião, não!
O melhor que o passado tem na nossa vida é pura e simplesmente isso.
Já passou.
E o nosso passado não é necessariamente igual ao nosso futuro.
Desde que, como é óbvio, o queiramos e estejamos dispostos a pensar em algo para lá chegar.
Mas será que é tão difícil atingir o que queremos na vida?
Pessoalmente, já passei por diversos contratempos que me fizeram ter de refazer a minha vida por três vezes, quase de raiz.
E de todas as vezes me levantei e disse para mim próprio:
“O amanhã será diferente.
Caí, caí, mas existem mais pessoas com quem falar, mais portas que se podem abrir.
“Vamos a eles!”
E o que é certo é que esta atitude me trouxe onde estou hoje.
Mas a fórmula que me permitiu evoluir foi sempre simples.
- Saber muito bem onde queria chegar
- Perceber com humildade onde estava (sem rodeios ou eufemismos)
- Conhecer o caminho que tinha de fazer para lá chegar
- Estar ciente dos conhecimentos que tinha de adquirir para o conseguir fazer
- Levantar o posterior da cadeira e dar o primeiro passo
Se olhar para trás, foi sempre esta a fórmula que utilizei.
O que é que o impede de fazer o mesmo?
Esta semana pare um pouco para pensar em todas estas questões.
Pegue numa folha de papel e escreva todos os passos acima descritos.
Pense em cada um deles com calma.
Escreva qual o caminho e as ações que tem de realizar para começar a caminhar face aos seus sonhos e objetivos e, por fim, escolha uma das coisas que o levariam mais perto, e FORÇA!
Dê o primeiro passo!
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