Muito provavelmente, nem uma coisa nem outra!
A verdade é que quando olhamos para as nossas Equipas queremos estimular desempenhos de excelência, reforçar comportamentos positivos e desviar de padrões de desempenho menos desejáveis.
Mas motivar a Equipa ou dar feedback negativo não é bem o mesmo que lidar com os nossos filhos, embora por vezes seja complicado não cair nessa tentação.
Não dá para acenar com um docinho nem pôr de castigo… por mais que em diversas situações algumas atitudes dos nossos elementos da equipa nos possam parecer as de autênticas crianças!
Como encorajar então elevados padrões de desempenho?
Barómetro motivacional
É determinante termos a percepção do índice motivacional das nossas equipas, como se de um check-up se tratasse.
Até que ponto sentimos a vivacidade do nosso grupo de trabalho? Revelam-se positivos, determinados e enérgicos? São resilientes quando as coisas correm mal ou quando erram? Procuram e aceitam novas responsabilidades e desafios? Sentimo-los focados na direcção do caminho traçado? Estão gratos pelo que se faz de positivo ou se atinge como grupo ou como Empresa?
E, já agora, aproveite a “embalagem” e estenda este check-up a si próprio. Não tenha medo de se surpreender com a reflexão…
Obteve o RX que queria ou de que precisa?!
Provavelmente não, mas isso só significa que pode hoje começar a investir nas Pessoas de outra forma, a envolver mais, a comunicar melhor e a dar mais feedback!
Sabemos que não basta que os elementos da equipa continuem meramente a vestir a camisola… Quem nos garante que isso é suficiente para nos trazer os resultados de que precisamos?
Sem comunicar objectivos e envolver mais as nossas pessoas na direcção a seguir, não haverá compromisso suficiente
Fasquia de expectativas
Curiosamente, não raras vezes encontramos duas fasquias diferentes: a do líder e a do colaborador…
Sem alinhamento de expectativas será difícil estar à altura do desafio.
Gerir expectativas é um dos ingredientes indispensáveis para uma liderança eficaz.
A cada início de ano, de trimestre, de mês, há que definir objectivos ou realinhá-los e garantir que são partilhados por toda a equipa, num equilíbrio de comunicação presencial e pelos meios tecnológicos ao dispor da empresa, por forma a ser eficaz e gerar compromisso.
É determinante que cada um saiba o que é esperado dele e, mesmo quando traçamos objectivos de equipa, há que arranjar uma forma de expressar o contributo individual esperado de cada elemento.
E há que ajudar a encontrar o caminho ou até a dar os primeiros passos em conjunto na direcção do objectivo, puxando, empurrando, promovendo coaching individual.
Curiosamente, muitas vezes a fasquia é colocada abaixo dos resultados que o Colaborador poderia aportar. É que delegar é ajudar a crescer, e haverá ocasiões em que nos esquecemos de dar a possibilidade a outros de se superarem…
Delegar nem sempre é fácil, no curto prazo pode até ser mais demorado, mas fazê-lo nos elementos certos da equipa é garantir o crescimento dos nossos melhores talentos e assegurar que consegue trazer outras coisas à sua agenda.
Nunca receie que a sua equipa cresça ou que alguns se tornem melhores em determinadas vertentes!
Fechar o ciclo
E depois do desafio aceite, há que medir o resultado e dar feedback.
E, invariavelmente, nos nossos programas com as Empresas apercebemo-nos que é aqui que as Equipas se queixam! Os líderes são tipicamente excelentes a definir o rumo, a partilhar os objectivos e a desafiar… e depois ninguém sabe mais nada sobre como correu, a não ser que, efectivamente, tenha corrido muito mal!
Ups, a situação parece-lhe familiar? É verdade que no auge do desânimo, sobretudo quando já se repetiu o mesmo 150 vezes, só nos dá vontade de “dar na cabeça” e, como eles nos dizem, vai tudo a eito…
Concordamos que sempre que o comportamento do colaborador for incorrecto, a ponto de comprometer os valores da empresa ou pôr em causa a missão, há que dar feebdack e bem assertivo, sem ser condescendente ou protector, mas importa fazê-lo de forma individualizada a quem gerou a situação, para não humilhar ou ser contraproducente!
E há mesmo que apurar resultados de forma disciplinada, para aferirmos o que está bem e realinharmos o que deve ser corrigido. É que o que é medido acontece… e merece ser partilhado com a Equipa!
E quando há razões para elogiar e reconhecer, não é menos importante fazê-lo, desta vez à frente de todos! Assim se encorajam os comportamentos positivos…
O reconhecimento e o elogio, quando genuínos, fazem milagres junto das nossas pessoas, reforçam o sentido de pertença e produzem impacto como uma verdadeira injecção motivacional.
A recompensa financeira é a expressão por tradição do reconhecimento. Mas hoje há que encontrar outras formas criativas de manifestar o nosso OBRIGADO, até porque nem todos se movem dessa forma ou provavelmente não haverá dinheiro para o tradicional “chocolate”…
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.