E já deu a injeção hoje? Nada de arrepios, falamos de injeções… de motivação!
Ou pode dar-se ao luxo de estar ou ter alguém desmotivado?
A motivação é sem dúvida o motor principal para conseguirmos inovar, fazer acontecer outras coisas e ter sucesso nas Organizações. Sem ela, não conseguimos ajustar comportamentos, não conseguimos promover a mudança nem obter o nível de compromisso e o envolvimento que precisamos de cada colaborador.
Motivação, ON ou OFF?
Quando a motivação está presente, vive-se um ambiente positivo, há uma pré-disposição da equipa para se empenhar no que de novo se define ou pretende fazer, para se comprometer com prazos e ser entusiasta relativamente ao plano de ação estabelecido.
Inversamente, quando estamos perante uma equipa desmotivada, entre os principais indícios de desmotivação encontramos resistência à mudança, pouca vontade de cooperar, baixa energia e uma indiferença assustadora, já para não falar no ruído nos corredores.
Mas o que motiva cada um?
Um estudo a 200 empresas nos Estados Unidos revelou que as opiniões sobre o que motiva os colaboradores das empresas se prendem com:
– Para Proprietários / Líderes / Gestores: pacote de remuneração, segurança do emprego e oportunidades de carreira
– Para Colaboradores: reconhecimento, uma atitude compreensiva, segurança do emprego
Curiosamente, outro benchmarking veio mostrar que a razão principal que leva um colaborador a deixar a empresa, em 46% dos casos, resulta de sentir falta de reconhecimento, apreço…
Injeção de motivação – toma diária!
Por tradição, ainda vai havendo muito a filosofia de que a motivação da equipa é da inteira responsabilidade do líder, o que traz um peso enorme aos ombros de cada responsável ou gestor de equipa.
Vivemos atualmente um modelo em que a motivação intrínseca assume um papel crescente, em que é importante percecionarmos os motivos que condicionam e impactam na ação de cada um de nós, líderes ou colaboradores. Cada vez mais, cada pessoa é responsável pela sua auto-motivação, por definir as suas metas profissionais e pessoais e, consequentemente, por saber o que determina a sua conduta e atuação no trabalho.
É caso para dizer que ninguém hoje pode ficar à espera que nos deem a injeção, temos que a tomar nós próprios… E as nossas equipas têm que perceber isto, têm que entender que quando chegam de manhã não podem vir na expectativa do “Vá, motiva-me!”.
Naturalmente que, enquanto líderes, perceber o que motiva cada colaborador, conhecê-lo ao ponto de perceber o que o move, o que o leva a agir de determinada maneira, entender e valorizar os seus fatores de motivação intrínseca acaba por ser uma ferramenta fundamental para conseguirmos pessoas motivadas e comprometidas no trabalho, de forma sustentada e permanente.
Agora, o contexto que o líder pode proporcionar à Equipa é determinante. A injeção de motivação não é mais do que investirmos continuadamente em comunicar, envolver, escutar, delegar, formar, acreditar, responsabilizar, reconhecer… Investir na Equipa é hoje, mais do que nunca, um exercício diário!
Costuma dizer-se que as equipas crescem à medida dos desafios que lhes são lançados. Às vezes não crescem mais porque não acreditamos, porque não desafiamos o suficiente, porque não delegamos e não investimos o tempo necessário para colher o retorno adequado.
Reconhecimento… muito!
E por falar em reconhecimento, já que parece que, por enquanto, não conhecemos ninguém que se queixe de reconhecimento a mais…, agradecemos?
Sabemos que o agradecimento é uma das formas mais poderosas para motivar as equipas, e muitas vezes só custa tempo, o que nos impede de o fazer?
Muitas vezes não o fazemos porque não valorizamos, e esquecemo-nos o quanto o outro o pode valorizar! Há bem pouco tempo disseram-me “Estou aqui há 30 anos e nunca ninguém me tinha dito: Obrigado, bom trabalho!”.
Curioso, não?!
Para alguns não será fácil, não é o seu registo natural, mas só custa a primeira vez…
Se tiver um modelo de Avaliação de Desempenho implementado, haverá um conjunto de critérios de medição definidos que lhe permitem, de forma o mais objetiva possível, medir o contributo de cada elemento da Equipa para os resultados. Basear um feedback periódico na avaliação que for feita é um instrumento muito simples para promover o reconhecimento pelo que correu bem e para ajudar genuinamente a corrigir ou melhorar o que ainda não está ao nível do que é pretendido.
E se tiver condições de adotar um sistema de compensação associado e premiar quem mais se distingue e excede as expectativas, então teremos uma injeção XL…
Vamos a isso?!
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