Acho que hoje e sempre os heróis de banda desenhada e televisão com poderes sobre-humanos exercem um fascínio em miúdos e graúdos. Quem não gostaria de conseguir ser mais rápido, fazer andar o tempo para trás, conjurar tempestades, lançar bolas de fogo aos seus inimigos e voar por cima das cidades?
Mas infelizmente somos normais, sem super poderes… ou não?
Quando trabalhamos com empresas e as suas equipas, regemos o nosso trabalho por uma máxima: “o que está nas nossas mãos fazer”.
Não podendo ter super poderes, será que podemos, pelo modo de actuar, fazer acontecer futuros com mais sucesso?
Somos bombardeados por muitas variáveis que nos abalam e influenciam negativamente o nosso dia-a-dia e os resultados das empresas. Muitas dessas variáveis não estão de facto no nosso domínio. Basta pensarmos em crédito bancário, troika e afins, escalada de desemprego, diminuição de liquidez, clientes que têm dificuldade em pagar, fornecedores com problemas, enfim… a lista não tem fim e, de facto, muitas destas variáveis não são passíveis de serem controladas por nós.
E por isso não vamos falar delas aqui. Vamos apenas abordar o que está nas nossas mãos fazer e mudar. Pode não dar resultado a 100%, pode não ser suficiente para salvar alguns negócios, mas pode ajudar a inverter a situação. E no contexto actual conseguir fazer determinadas acções é, sem dúvida, ter super poderes.
O super poder do atendimento
Espanta-me ver ainda certas empresas, lojas ou serviços a tratarem tão mal os clientes. Numa altura em que os clientes escasseiam não se justifica a forma como muitos são tratados e um modo de servir radicalmente diferente pode ser factor diferenciador.
É necessário cultivar o super poder do atendimento, de tratar o cliente como se ele fosse único.
Atender com um sorriso, seja presencial, seja telefónico, procurar resolver os problemas aos clientes mesmo que sejam complicados, prometer e cumprir quer em termos de entrega de propostas quer em termos de produtos/serviços, pedir feedback como oportunidade de melhoria.
Dizemos muitas vezes que aqui se aplica o “princípio do Danoninho”, pois é de pormenores que um grande serviço é feito.
Uma maneira de concentrar todos estes poderes é ter uma base de clientes actualizada, com os dados completos de cada um, e que podemos aproveitar para trabalhar e manter a comunicação com eles.
O super poder do marketing
É com essa base de dados e com muita disciplina que se podem construir acções especialmente dirigidas aos nossos clientes.
O marketing é todo e qualquer momento de comunicação com os nossos clientes, por isso, se tivermos uma boa base de dados dos nossos clientes, se estiverem identificadas as suas características, então poderemos comunicar de forma eficaz.
Através de e-mails, newsletters, sms, eventos organizados por sector, são só alguns dos exemplos. Mas o super poder aqui é não só construir as peças de marketing, mas também manter a sua frequência, de forma consistente, sem deixar que as leads se percam nem os contactos esmoreçam.
O super poder da motivação
Hoje em dia ter motivação é um super poder! Sendo consecutivamente bombardeados por más notícias e acontecimentos, manter a motivação elevada é sem dúvida sobre-humano!
Somos todos diferentes e lidamos com as adversidades de forma diferente. No entanto, poderemos motivar-nos recordando as coisas boas que ainda temos, quer pessoais quer na empresa. O poder prestar um serviço premium é algo que motiva muitos colaboradores, a sensação de dever cumprido!
Decerto que muitas vezes os sucessos foram aceites como algo normal, mas de cada vez que conseguir clientes novos ou uma conta especial, celebre mais do que anteriormente! Assim poderá criar âncoras de motivação e envolver de forma positiva toda a equipa.
A motivação pode ser extrínseca e intrínseca! Se não acredita nas suas capacidades para atingir determinadas metas, será difícil sentir-se motivado e envolver os outros colaboradores.
Todos estes super poderes não são assim tão estranhos! É difícil consegui-los, mas existem muitas pessoas que os têm. Passam muitas vezes despercebidos, nem os sentimos, nem os ouvimos, mas quando somos o “alvo” de um desses poderes notamos que existe algo que nos envolveu e que gostaríamos de voltar a experimentar.
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