Gostaria de lhe falar hoje de uma questão que é crítica para a liderança e motivação da sua equipa!
Onde é que está o seu coração como líder?
Junto das pessoas que lidera?
Ou…
Junto da direcção da empresa?
Um dos grandes dilemas que encontramos hoje em dia na gestão de equipas prende-se com o facto de muitas das chefias intermédias das empresas terem um pé de cada lado.
Ou seja, ficam presos entre o facto de terem de agradar à equipa versus terem também de agradar à gestão de topo.
Mas afinal de contas, qual será o nosso papel no meio disto tudo?
É que somos presos por ter cão e presos por não ter.
Por um lado, temos de ouvir as queixas das pessoas que lideramos, por outro temos de lhes dar na cabeça, pois temos indicações para o fazer.
Muitas das vezes, é mais fácil desculparmos a nossa actuação dizendo:
“Eu sei que vocês têm razão, mas a empresa tomou esta decisão…”
Se, numa primeira fase, isto pode parecer que nos ajuda como líderes, alinhando com a equipa, por outro, acaba pode ser uma sepultura que estamos a cavar a médio e longo prazo.
Chegará uma altura no nosso percurso como líderes em que as pessoas que são lideradas por nós começarão a pensar:
“Ele dá-nos sempre razão, mas nunca faz nada para isto mudar.”
E, quer queiramos, quer não, o nosso papel de liderança ficará fragilizado.
Todos temos de estar alinhados nas empresas, liderança de de topo, liderança intermédia e quadros.
Todos devemos reportar as nossas preocupações e levá-las até às nossas chefias directas.
Mas, a partir de um determinado ponto, temos de tomar decisões e tocar todos pela mesma batuta.
É fácil fazer isto?
Claro que não.
É um dos problemas com que mais nos deparamos quando realizamos os levantamentos de necessidades nos programas de liderança e motivação que implementamos nos nossos clientes.
No entanto, temos obrigatoriamente de dar o primeiro passo no sentido de avançarmos todos na mesma direcção.
Por isso, aconselhamos os seguintes passos para melhorar a sua capacidade de liderança nestas questão:
- Discutir abertamente todos os problemas que temos com os membros de equipa e com as chefias de topo;
- Decidir se está nas nossas mãos resolver o problema;
- Se estiver nas nossas mãos resolver o problema, devemos colocar o processo de resolução em andamento;
- Se não estiver, devemos colocar a questão a quem de direito;
- Fazer com que alinhem todos pelas decisões que se tomarem superiormente para a resolução do problema.
Após realizarmos estes passos, devemos ser muito directos, fazendo sentir às pessoas que lideramos que o tempo de se queixarem já terminou.
O importante aqui é que, mesmo que a decisão que se tome superiormente não seja a mais indicada, alinhemos todos pela mesma decisão e avancemos.
É melhor uma empresa alinhada por uma decisão menos eficaz do que uma empresa desalinhada sempre a discutir a resolução ideal.
Mas será que existe uma decisão ideal?
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.