No campo da liderança muita tinta tem corrido sobre técnicas, estratégias, estilos, entre outras tantas coisas.
Mas ao fim e ao cabo qual é a essência da liderança?
Será que existe? Será que haverá algures uma fórmula mágica?
De há alguns anos para cá tenho intensificado o meu estudo pessoal da temática da liderança.
Por um lado por necessidade, face às funções que tenho como líder, por outro lado, por questões de evolução profissional e por ter cada vez projetos de formação desafiantes nesta área. Mas ainda também, e acima de tudo, porque me apaixona o tema.
Quem me conhece sabe que quando me apaixono por algo invisto a fundo no seu conhecimento e aprendizagem.
A questão é: e você?
Quando é que foi a última vez que desafinou à frente da sua equipa ou empresa?
Será que as notas da sua liderança têm saído sempre afinadas?
Será que no seu percurso profissional dedicou tempo à aprendizagem deste tema?
São questões que dão que pensar e que há muitos anos um dos meus chefes me fez.
Existe por aí um mito de que a liderança não se ensina, que é inata, que é um desperdício formar líderes em Portugal.
Bem, se esta fosse a realidade, a Ideias e Desafios estava com certeza com os dias contados. Esta é, de facto, uma das áreas com maior sucesso e rentabilidade.
Um líder pode surgir por diversas formas. O que apresentamos a seguir não esgota o tema, apenas nos permite limitar o tamanho do texto deste artigo.
Então que tipos de líder podem existir?
Pode ser líder por imposição.
Ou seja, foi-lhe atribuído um papel que pode ou não corresponder ao respeito que a equipa tem por si.
Pode ser líder por imersão natural.
Face às condicionantes à sua volta foi necessário alguém tomar as rédeas do processo e ele cresceu para poder assumir o papel e todos o respeitam.
Pode ser líder sem o ser.
Ou seja, ninguém lhe atribuiu um papel, mas todos o respeitam na equipa e seguem a sua liderança de forma quase impercetível.
Seja qual for a forma como surgiu a sua atribuição das funções de liderança, certo é que vão existir três momentos na sua vida como líder.
A lua-de-mel
Esta é a altura em que tudo está bem, somos líderes há pouco tempo, tudo são rosas, quanto mais não seja porque as pessoas querem estar próximas de quem tem poder.
A lua-de-fel
Normalmente este período começa quando se começam a manifestar as primeiras falhas ou lacunas do líder.
Podem ser por não ter ainda conhecimento técnico profundo da área que lidera, pode ser por lhe faltarem competências comportamentais que lhe permitam comunicar e influenciar eficazmente, pode ser por ter tomado as primeiras decisões impopulares… enfim, as razões podem ser imensas, mas o que é certo é que mais cedo ou mais tarde este momento vai chegar na vida de cada um de nós.
E a seguir a isto vem, normalmente, o “Casamento”.
O casamento é aquela fase em que as coisas começam a normalizar, quer seja pela experiência que vamos adquirindo, quer seja pelos “tombos” que tanto nos ensinam, ou mesmo por investirmos a sério na nossa formação como líderes, o que nos permite diminuir em muito a nossa fase da “lua-de-fel”.
Esta semana pare um pouco para pensar:
“Será que a fase de lua-de-fel que estou a atravessar se poderia abreviar com investimento em mim próprio e nos meus recursos de liderança?”
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