Por opção ou por necessidade, muitos são os que consideram abrir o seu próprio negócio. Nesta fase é, de facto, imprescindível ter a capacidade de empreender para que o projecto que se abraça tenha sucesso. E independentemente do perfil e da experiência de cada um, é determinante conseguir a distância emocional suficiente para reflectir sobre um conjunto de aspectos… Caso contrário, o sonho virará pesadelo!
Não basta pensar a missão, as linhas de orientação estratégica, os objectivos de curto e médio longo prazo e resolver a questão de quem vai elaborar o plano de negócios, se não se sentir propriamente como peixe na água para o fazer. Definir cenários de vendas, mais ou menos optimistas, até nem é difícil, mas isso tem que ser complementado com os recursos necessários e tem de ser definido quem é que vai fazer o quê e quando.
Antes de mergulhar em detalhes, não exclua os desafios de se distanciar do seu sonho para pensar em alguns aspectos primordiais.
Sabemos que se fala e se escreve muito sobre empreendedorismo, por isso, em jeito de dica, procurámos resumir algumas questões sobre as quais não deverá deixar de reflectir antes de avançar:
Empreender, a quanto obrigas…
– Existe um mercado estabelecido para o que pretende fazer?
– Existem outros players a fazer o que pretende fazer?
– Não pode trabalhar numa empresa que faça aquilo que quer fazer?
– Consegue destacar-se da concorrência com o que pretende lançar?
– Pode criar um produto ou serviço que supra as suas necessidades?
– Consegue tirar partido da internet para gerar contactos / oportunidades a baixo custo?
– Tem uma visão positiva do negócio a 1 e 3 anos?
– Como é que vai vender o produto para que a empresa possa ganhar escala?
– Vai começar pequeno e depois tem potencial para crescer?
– Que clientes quer ter?
Entre o faz-tudo e o líder…
Se a área em que se quer lançar é a sua área de excelência por paixão, seguramente que surgirão ideias criativas e estratégias suficientemente robustas para dinamizar… mas cuidado!
Muitos empreendedores incorrem no erro crasso de, justamente por haver um nível de investimento muito grande no início, chamar a si todos ou quase todos os papéis. A questão é que isto dos 7 ofícios nos faz perder o foco e quanto mais novo é o barco, mais precisa do timoneiro!
Regra de ouro: não adie nem deixe de fazer o que só pode ser feito exclusivamente por si. Lembre-se, mais ninguém o fará…
E o que é isso de ser líder? Ninguém nasce líder, não querendo com isso dizer que não haja quem tenha mais gosto ou aptidão natural. Aprender a ser líder é como subir uma escada, degrau a degrau. Quanto mais experiência tivermos, mais fácil será subir o próximo. E ainda assim não quer dizer que, mesmo fazendo tudo bem, não tropecemos de vez em quando…
E se não sentir que é este o seu talento natural ou se for a primeira situação em que está a ser confrontado com o desafio da liderança, nada de alarme! Só tem que se preparar melhor e desenvolver as suas competências, efectuar a formação necessária, aprender com os outros e crescer com os seus erros.
De cliente a vendedor…
Vamos a outro aspecto… que clientes vai ter?
Quando questionamos alguns empreendedores sobre que clientes querem ter, as percentagens dividem-se entre os que não fazem a mais pálida ideia porque nunca pensaram no assunto (claro que este não é o seu caso!), os que ainda estão a fazer o célebre estudo de mercado, e os que respondem “todos!”.
Que tal vermos esta questão também por outro prisma?
Um cliente que se surpreende com a nossa oferta, com o nosso produto ou serviço, é porque encontrou algo que não estava à espera. É desses clientes que precisamos, é este efeito que queremos causar nos nossos clientes. Ou nunca pensou em proporcionar momentos mágicos aos seus clientes?
Lembre-se da última experiência de compra que teve e que o marcou decididamente. O que foi diferenciador? Que experiência recorda? A quantas pessoas contou, ou melhor, “vendeu” essa experiência – a que amigos, que colegas, colocou um post no facebook?
Pois é, precisamos de clientes que sejam… nossos vendedores! Creio que estará por inventar melhor e mais barata estratégia de marketing que o passa-palavra.
Por isso, toca a proporcionar momentos mágicos aos seus clientes!
Isso sim, é diferenciador…
E se arrancar com o seu projecto não estiver a ser tão fácil como imaginava ou se está a chegar à conclusão de que precisa de “acelerar” a dinamização inicial do seu negócio, fale connosco!
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