Sim, é preciso arriscar!
Costuma dizer-se que “quem não arrisca, não petisca”. Se muitas das empresas hoje fossem colhendo outro tipo de frutos, mantendo resultados, subindo a rentabilidade aqui e acolá, as estatísticas seriam bem diferentes…
Mas para isso, ou para saltos maiores, é preciso ação, é preciso determinação, é preciso, mais do que nunca, acreditar… e avançar.
O risco tornou-se uma decisão essencial nos dias de hoje.
Visão desapaixonada do risco, ou não?
Em primeira instância importa distinguir entre o risco de negócio e o risco do ego de cada um.
Quando falamos de correr riscos de negócio pensamos em levar por diante iniciativas que nos levem mais longe, que nos permitam chegar a outros resultados, que nos façam chegar ao tal ponto B que delineámos em termos estratégicos.
Mas será que conseguimos sempre tomar uma decisão isenta das nossas emoções? Às vezes as nossas decisões são condicionadas pela nossa ideia de como vamos ser afetados pessoalmente, o ganhar ou perder, entusiasmamo-nos e decidimos em função da paixão pela nossa ideia, sem a avaliarmos muito bem. É verdade que nem sempre o Ego nos ajuda…
Haverá riscos certos para si?
Mesmo que esteja a pensar que arriscar não é comigo, permita-se ir mais a fundo nesta questão. Não perde nada em desmistificar o seu processo.
O que o atrai ou repele mais perante o risco? Em que medida é que correr determinado risco o ajuda a progredir e a evoluir?
Que receios significam correr esse mesmo risco?
Perante um risco, sinta o que o risco lhe traz e onde o leva. Afira se o risco tem a ver com o seu propósito e o vai ajudar a progredir rumo ao objetivo a atingir, se o risco lhe alimenta a alma e a paixão, ou se correr esse risco é sinónimo de seguir os seus valores e os seus princípios.
A forma como olhamos para o risco decorre muito da nossa experiência, das nossas aprendizagens passadas. Tipicamente, cada um de nós corre mais riscos numa determinada área emocional, interpessoal, intelectual ou física. Peça essa experiência emprestada, para o ajudar a correr riscos diferentes, noutro plano, se isso ajudar…
Em tempo de arriscar?
Nem todas as pessoas têm um perfil de risco idêntico, isso é claro para todos. Independentemente de sermos líderes ou colaboradores com menor responsabilidade na empresa, muitos serão os que têm um baixo perfil de risco, os que precisam de reunir mais informação, precisam de mais tempo para decidir, são menos recetivos à mudança e sentem-se melhor quando dão passos sustentados.
Outros não, avançam mais rápido, dão o primeiro passo na certeza de que hão de descortinar os passos seguintes a dar.
Para cada um, e em função do seu perfil, a tomada de decisão será condicionada pelo facto de o risco ser imediato, ser voluntário, ser um risco que o assusta, haver ou não outras pessoas envolvidas, ser um risco novo, e inclusivamente, ser ou não controlado pelo próprio.
Se os riscos forem assumidos de forma impulsiva, fortuita ou até imprudente, sem qualquer análise operacional ou financeira, é natural que não seja um processo confortável e pacífico para todos, que encontre resistências, entre as quais as suas…
Agora, não há forma de evoluir pessoal e profissionalmente sem correr riscos. O que acontece é que talvez nos tenhamos desabituado de recorrer aos nossos recursos mais preciosos para fazermos escolhas que sejam significativas, riscos que sejam os certos para a Empresa e para o negócio, riscos que sejam os nossos.
Correr riscos de negócio quase sempre significa enfrentar o risco, independentemente de termos medo, de nos sentirmos vulneráveis ou expostos. Cabe-nos preparar bem e preparar bem as nossas equipas, para minimizar as variáveis de incerteza que possam existir. Nada como responsabilizar alguém na Equipa por pensar um plano de mitigação do risco envolvido.
É que já pensou que hoje, ao não arriscar, poderá estar a incorrer num risco bem maior?
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