Falemos hoje um pouco de “Foco“!
Destino de eleição, tem? Sim, é consigo! Pegue na agenda e venha daí…
Numa altura em que as férias estão à porta, já sabia bem voar para outras paragens. Mas, antes de partir, vamos lá bloquear uns períodos na agenda para pensar noutros destinos, os do negócio, e como vamos encontrar o nosso lugar ao sol no meio dos outros players de mercado nos tempos que se avizinham.
Problemas e decisões a marinar?
Muitas vezes o que falta às empresas é a agilidade e capacidade de decisão perante as oportunidades que se lhes colocam. A estratégia até está definida, as ideias têm potencial, mas depois começa o jogo do empurra.
À partida poder-se-ia pensar que esta agilidade estaria garantida numa estrutura hierárquica mais flat, em detrimento da tradicional hierarquia em pirâmide. Só que nem sempre é assim…
Se numa estrutura matricial os elementos jogarem defensivamente para o empate, as coisas também não avançam e não é seguramente do número de elementos que integram os processos de aprovação e do tempo que as questões levam a “subir e a descer” ou “a ir lá fora”.
A comunicação sistemática é fundamental para se identificarem os problemas e as limitações, para que surjam ideias e se parta para a acção. Mas, para isso, é preciso assegurar momentos para parar e pensar criativamente o futuro, tanto a nível individual de cada líder ou gestor, como entre pares, entre os vários departamentos ou áreas de negócio. E isto de que estamos a falar não tem nada a ver com os contornos da “reunite aguda” ou, perdoem-me a expressão, aquelas reuniões infindáveis a “serrar presunto”…
Se chegar primeiro, tem que investir menos…
Nas viagens também é assim! Quando deixamos para a última, é o que for, certo?! E lá temos a família em peso a buzinar-nos aos ouvidos que as férias estão por marcar.
Mas nos negócios não nos podemos sujeitar, senão o preço a pagar é demasiado alto…
O timing e o nível de focalização são determinantes. Há projectos fabulosos que caem por terra porque simplesmente perdemos o timing e outros chegaram lá primeiro. Para fazer as coisas acontecer é preciso um plano de acção, que seja medido de forma consistente ao longo da sua operacionalização. Senão passamos a vida a “chutar” as metas para a frente, por causa das urgências do dia-a-dia. Se continuarmos a vestir só o fato de bombeiro diariamente, nunca vamos estar a trabalhar o amanhã!
A antecipação e a execução fazem toda a diferença, podem mesmo fazer a diferença entre existir ou deixar de existir, e esta é a principal lição da década. Se no passado as empresas aprenderam a não depender exclusivamente de um cliente ou de um número muito restrito deles ou até mesmo de um sector de mercado mais preponderante, hoje vinga quem se antecipa no mercado, criando novas necessidades e respondendo de forma surpreendente.
Todos sabemos que o fazer acontecer, o executar coisas novas, o realizar em linha com objectivos simples e tangíveis são aspectos cruciais na motivação das equipas. E como precisamos de equipas motivadas! As empresas mais bem sucedidas estão a premiar os seus colaboradores pela capacidade de antecipar algumas situações, de trazer ideias ou de as executar melhor.
Não raras vezes certos projectos ficam em carteira e não assumem contornos muito interessantes porque não temos dentro de portas as competências para lhes dar corpo ou os líderes para os gerir. Porque estamos tão presos ao receio de recrutar as competências onde elas existem?
O mundo está desperto, nós também temos que estar. No imediato é mais seguro e até confortável continuar adormecido, mas temos mesmo que encontrar forças para dar mais força à tal agilidade…
Se a crise for de expectativas e de atitude, então, prepare-se porque vai ser mesmo CRISE! Porque haveremos de querer ir simplesmente ao Bugio ou às Berlengas, se podemos ir tão longe?
Executivos para alugar, procuram-se…
Podia até ser o título de um anúncio de recrutamento! Uma das razões pelas quais não se estão a admitir certas competências, sobretudo perfis mais seniores, prende-se com a forma como isso vai onerar os custos de estrutura e com a dúvida permanente se aquela posição depois tem cabimento no conjunto da estrutura hierárquica.
Na semana passada comentaram-me algo do género “o que eu precisava mesmo era de um gestor em part-time para dar a volta a isto”. Tem momentos em que se sente assim? Então, de que está à espera?
Seja com o apoio de consultoria, ou mesmo de interim management, há inúmeras formas de empreender um novo ritmo ao negócio, de contar com o compromisso de alguém que está focado no sucesso do seu projecto.
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