Por que não?
Há que substituir o fado do coitadinho, do somos pequenos, não temos capacidade de investimento, a nossa autonomia financeira não nos permite endividamento junto da Banca, isso é só para as grandes… STOP IT!
Pode não ser fácil ser David, mas quem disse que era simples ser Golias? Se o mercado mudou, se está a ficar de nicho, vamos lá agilizar e encontrar o nosso…
Já pensou que a estratégia pode mesmo ser… David contra Golias?!
Os setores estão em mutação, e esta começa mesmo a ser uma estratégia em muitas áreas de atividade, também a nível internacional.
Na génese de muitas micro e pequenas empresas estão pessoas que deixam outras de maior dimensão, por diversas razões, da carolice à necessidade. Estes empreendedores ou novos empresários abraçam projetos próprios, projetos delineados por outros (como os franchisings), fazem-no sozinhos, com amigos, com ex-colegas, com uma vontade e entrega imensas de fazer melhor, fazer diferente, fazer tudo com maior paixão e compromisso!
Na balança seguramente que pesam muitos prós e contras, mas há sem dúvida fatores diferenciadores que têm que ser potenciados para o sucesso.
Se as estatísticas nos dizem que 7% das empresas fecham no primeiro ano de atividade, e que 70% fecham após 5, o que têm em comum as 30% que têm sucesso e o que nos vai fazer permanecer nesse grupo?
É verdade que não há respostas certas, mas há ingredientes indispensáveis!
O headcount, os timings de decisão e a flexibilidade são de facto alguns dos desafios atuais das empresas de maior dimensão, sobretudo com presença global. As empresas de menor dimensão, mais ou menos recentes, têm a seu favor uma maior flexibilidade e agilidade, menos custos de estrutura, maior complementaridade entre as áreas de especialidade e, por isso, uma capacidade de dar uma resposta mais rápida e atempada.
Todas as empresas existem pelo Cliente. E isto é tanto mais verdade nas empresas de nicho, com uma proposta única de valor mais focalizada, mais específica. As pequenas precisam dos Clientes como que de pão para a boca… o foco no cliente e na solução completa (abordagem full service) tem que ser total. Se estas empresas se veem obrigadas a ter orçamentos mais rigorosos, percebem perfeitamente os orçamentos contidos dos seus clientes, que vão querer ter retorno imediato.
Objetivos bem definidos, maior pragmatismo, responsabilização clara, aposta pelo networking, disponibilidade para “troca por troca” de competências /serviços entre parceiros, constituem uma necessidade eminente. É engraçado como quando esboçamos os organigramas pela primeira vez em algumas destas empresas nos nossos Programas de Dinamização Empresarial, o mesmo nome apareça em diversas caixas. A Paixão também o permite… e a realidade a isso o obriga. Mas as equipas são mais dinâmicas, mais comprometidas, mais dispostas a fazer mais, dado o nível de entrega que têm.
Ou não é assim na sua empresa?
Mais do que uma relação contratual, há um maior relacionamento emocional. Um ambiente mais descontraído favorece o pensamento criativo e um maior nível de compromisso. Agora à vontade não é à vontadinha, não é disso que queremos falar aqui… senão vamos direitinhos aos tais 70% pelos quais não nos interessa referenciar!
Trabalhar com maior motivação, para além de ser mais divertido, dá a todos um maior gozo e eleva a confiança. Nas equipas em que há uma grande aposta no capital humano e em que o espírito de grupo é muito forte, há uma tendência para se reduzir o nível de ceticismo, para se pensar mais fora da caixa. Afinal de contas, acreditar e ter a consciência de que quem faz o sucesso somos nós, faz toda a diferença.
Agora nada de ficar pelo acreditar, é preciso trabalhar muito, seguir os planos e os roadmaps operacionais de cada área, trabalhar focado, orientado a cada meta, a cada resultado ambicionado, trabalhar pelo menos a 120%.
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