Elas decidem como eles?

Se ainda acha que sim, prepare-se para mudar o seu marketing…
Sendo os cérebros deles e delas diferentes, porque haveriam de decidir da mesma maneira?

Existem centenas de livros, uns mais científicos que outros, uns mais credíveis que outros, a dissertar sobre as diferenças neurológicas e fisiológicas dos cérebros dos homens e das mulheres. Algumas estão, de facto, mais que comprovadas, outras obedecem a padrões e estereótipos culturais.

As mulheres estão cada vez mais autónomas e com maior poder de compra. Além disso, cerca de 80% dos compradores são mulheres, o que faz com que seja, sem dúvida, um público alvo a considerar.

Mas no processo de decisão, entender a diferença faz todo o sentido. Já pensou se os seus produtos estão a ser “canalizados” para o mercado correto? No livro “Marketing para mulheres”, a autora, de uma forma simples e assertiva, explica o modo de decisão e o porquê da decisão das mulheres, desmistificando alguns mitos do marketing dirigido somente a ELAS.

Mitos do marketing para elas

No fundo, as mulheres querem o mesmo que os homens, mas um bocadinho mais… Até os vendedores de carros já descobriram que os pormenores são elas que decidem, tais como a cor dos estofos, os extra, entre outros.

O marketing para elas não tem de ser “fofinho” e virado apenas para relações e emoções. Ela gosta também do risco, do especial, do brilho… por isso muitas vezes o comportamento de compra pode ser quase considerado bipolar – comprar artigos de primeira necessidade num sítio mais barato para poder depois adquirir o pequeno luxo noutra loja.

O caminho da decisão

A decisão deles e delas é, sem dúvida, diferente. O caminho para a compra dele é uma linha reta, um processo direto que passa por várias fases simples até chegar a uma boa solução. O processo delas é uma espiral de decisões, ações e emoções até se conseguir a resposta perfeita.

Se entender melhor como a mulher funciona e o que a move, poderá adotar outro tipo de estratégias, mais dirigidas e eficazes. Tente compreender a sua visão de vida, motivação e motivo de orgulho e prestígio.

O que valorizam então as mulheres?

As pessoas em primeiro lugar!

Os homens são mais solitários e as mulheres gostam e precisam do “grupo”. Enquanto eles passam bem sem mais nada, elas são voluntariosas, não ficam tão centradas no “eu” e procuram apoiar, ajudar e mimar os outros. A grande maioria das mulheres deseja acima de tudo ajudar a construir um mundo melhor, nem que esse mundo seja apenas a sua família. Por isso, direcione a sua mensagem para algo maior do que a mulher apenas, para os sonhos que ela tem.

De referir que as “amigas” são muito importantes nesta equação, são um grupo coeso que em termos de decisão e tendências pode influenciar outros à volta.

Os seus orgulhos

As mulheres orgulham-se de uma casa acolhedora e confortável, são vaidosas e gostam de mostrar as suas joias, penteados, acessórios, mas por outro lado orgulham-se do modo como cuidam, como são sensíveis, generosas e leais, para além de, sem sombra de dúvida, serem multifacetadas e conseguirem fazer muitas tarefas em simultâneo.

As mulheres gostam de se sentir necessárias e gostam também de ser reconhecidas pelo trabalho que fazem.
No fundo, as mulheres gostam mais do que os homens de estar com outras pessoas e de interagir de modo cooperativo. Além disso, o modo como lidam com os detalhes é diferente… todos os pequenos detalhes são importantes.

Mas depois existe um conjunto de coisas que elas gostam tanto como eles, mas que são muitas vezes desvalorizadas, como o gosto pelo desafio e realização. Quando querem atingir algo, a motivação que os move, a eles e a elas, é igual, assim como a determinação e a vontade. Embora os homens seja para vencer e elas para atingir uma meta pessoal, o esforço é o mesmo.

A realização profissional também assume um papel igualmente importante para eles e elas.

O ter trabalho é algo que realiza qualquer um. Num estudo realizado a eles e a elas, em que se perguntava se deixariam de trabalhar se ganhassem dinheiro, 70% deles e delas responderam que não! Continuariam a fazer o que mais gostam!