Um dos filmes que está no top dos cinemas em Portugal é o 2012.
A história prende-se com o suposto terminar do mundo com um grande cataclismo em 2012.
Não que seja fatalista, mas tudo isto fez-me pensar, estava eu numa das minhas pausas para meditação, como muitas vezes faço ao longo da semana, quando preciso de me centrar novamente no que importa e deixar a azáfama à minha volta assentar.
A minha mente passou por diversas coisas, pela vida, pelas empresas, pelas pessoas que as lideram, pelas pessoas que fazem parte delas, enfim, o meu pensamento foi passando por estes temas, mas com uma linha condutora muito simples.
Quando deixarmos este mundo, qual vai ser o legado que vamos deixar em cada uma destas áreas?
Pode parecer uma questão simples, mas eleva o campo da liderança para um nível completamente diferente.
Como líder, ando cá por andar, ou quero, de facto, deixar cá algo quando morrer?
Como empresa, vamos existir somente pelo lucro, ou vamos conseguir fazer a diferença, seja pelo contributo que damos para a sociedade como membro activo pagando impostos ou gerando receitas e postos de trabalho, seja pelas contribuições noutras áreas de âmbito mais social?
Como pessoas que fazemos parte das empresas, qual o nosso legado?
Seremos somente “empregados”? Ou vamos deixar algo mais após a nossa passagem?
Como Pais, como Mães, como amigos, como colegas…
Penso que já apanhou a ideia, ou talvez não.
Que impacto tenho eu no mundo à minha volta?
Um dos modelos que defendemos frequentemente nos programas de Liderança que implementamos nos nossos clientes passa por um paradigma.
A Liderança é intrapessoal ou é interpessoal?
Ou seja, prende-se com aspectos externos ao líder ou com aspectos internos?
No nosso entender, o verdadeiro paradigma não é “ou”, mas “e”.
Um líder para ser líder tem de ter as duas vertentes bem desenvolvidas.
Por um lado, tem de dar importância ao seu interior.
Não é à toa que um dos modelos mais eficazes de liderança é o modelo de “liderar pelo exemplo”.
Para isso o líder deve em primeiro lugar dar importância ao seu desenvolvimento.
Questões como metas e objectivos, mecânicas de motivação interna, capacidades de comunicação e criação de empatia, são apenas alguns aspectos aos quais o líder tem de dedicar tempo em termos de aprendizagem.
Por outro lado, como é óbvio, não devem descurar os aspectos externos.
Os modelos de liderança, as formas mais eficazes de delegar, a motivação das suas equipas, são também apenas alguns dos aspectos aos quais terão de dar atenção em termos de conhecimento e domínio.
O problema é que muitas vezes os líderes não dão importância à sua aprendizagem.
Estão mais preocupados em conseguir liderar e controlar as pessoas e descuram por completo todas as componentes mais importantes do processo de liderança, sob o pretexto muitas vezes utilizados de que:
“Não é o líder que se tem de adaptar às pessoas, são as pessoas que se têm de adaptar ao líder”.
No nosso entender este é um dos maiores erros que se faz em termos de liderança.
Ter o poder hoje em dia não basta.
As empresas e as sociedades vivem muito mais o paradigma da equipa, em que todos os membros têm uma voz mais activa do que tinham há 20 ou 30 anos.
E você?
Ainda continua a liderar baseado em modelos do passado?
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