Se um dia acordássemos e as abelhas tivessem desaparecido?
Já pensou nisto?
Qual seria o impacto que isto teria no mundo?
Quem não gosta de abelhas ou morre de medo das suas picadas provavelmente pensa que seria bom, mas na prática o que é que aconteceria?
Sem abelhas não existira polinização, portanto a curto prazo a capacidade de as plantas se reproduzirem seria muito limitada, o que levaria…
… ao prenúncio do fim ou, quando muito, a grandes complicações na produção de alimentos a nível mundial.
Mas o que é que isto tem de ver com empresas, clientes, negócios, vendas?
Muitas vezes, nas vendas, o que faz com que um negócio progrida não são estratégias mirabolantes, produtos fantásticos ou preços de arrasar.
São pequenos fatores que estão presentes todos os dias, mas que nem sequer damos por eles. Tal e qual como as abelhas.
Seja a qualidade do café que servimos aos clientes quando visitam a nossa empresa, seja a decoração do nosso espaço, seja a qualidade do papel que utilizamos nos cartões de visita, seja a formação que damos aos nossos vendedores, interna ou externa, seja o tempo que lhes dedicamos todas as semanas em termos de acompanhamento para promover a sua evolução…
Está a ver o filme?
Pois, por vezes não damos importância a pequenas coisas que no esquema global da venda podem ser fundamentais.
Nos dias que correm, vejo cada vez mais empresas a abolir ou diminuir estas pequenas coisas.
Seja pelo stress da situação, seja por falta de orçamento, seja até por vezes somente por desleixo.
Uma das frases que mais ouvimos como vendedores nos dias que correm é:
“De momento, face à situação, não estamos a comprar.”
Num post que fizemos no Facebook a pedir ideias para o artigo desta semana pediram-nos para dar ideias acerca de como reagir a esta questão.
Resposta fácil não há, mas se desistir à primeira tentativa o que é que acha que vai acontecer?
O que me dizem as empresas que neste momento estão a ter sucesso é que não é que não se venda, o problema é que vender dá muito mais trabalho. Seja por questionarem muito mais a questão preço, seja por analisarem cada compra que a empresa faz, enfim, o processo é muito mais complexo do que era há alguns anos.
Agora, como reagir face a esta questão?
No nosso entender, insista, diga mesmo que não está a ligar para vender nada, é somente para fazer um ponto de situação com o cliente, nem que seja para uma visita de cortesia.
Na reunião propriamente dita não procure vender nada, procure sim falar com o seu cliente, como se de uma conversa amigável de café se tratasse.
Procure ajudá-lo a pensar.
Utilize a sua experiência de mercado e dê-lhe algumas ideias, seja de promoções diferentes que pode fazer, seja de marketing diferenciador, seja de pequenas estratégias para que ele possa também ter mais sucesso.
Será que isto o vai ajudar a vender?
Não sei…
Poderá apenas ser algo semelhante às abelhas…
Esta semana pare um pouco para pensar:
“Que coisas é que eu fazia antes com os meus clientes (por muito pequenas que possam parecer) e que agora, face às circunstâncias atuais, já não faço?”
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