Numa altura em que as empresas precisam de induzir processos criativos para inovar, alguém terá que decidir sobre as ideias que surgirem em cima da mesa…
Por vezes, quando a ideia é nossa, ou vem de alguém com quem somos particularmente empáticos, a ideia parece-nos brilhante e apegamo-nos emocionalmente a ela. Mas, na hora de decidir, cuidado com o seu feeling… ele, por si só, pode pregar-lhe uma tremenda partida.
Qual é o seu plano?
Como sabemos, o processo de tomada de decisão encontra-se geralmente encadeado em cinco passos:
- Definir os objectivos
- Recolher e examinar a informação
- Considerar diversas opções
- Avaliar e decidir
- Implementar
Dito assim, parece simples, mas são muitos os factores que condicionam e limitam as opções que identificamos e a respectiva avaliação, e o tempo é um deles. Ao tempo junta-se a quantidade e qualidade da informação que conseguimos coligir, o conhecimento existente e os recursos de que dispomos.
Estar capacitado para tomar decisões implica conhecer os factos verdadeiros e saber o que fazer! Pensar primeiro e decidir depois continua a ser a ordem correcta na tomada de decisão.
A verdade dos factos
E o que distingue um facto de uma opinião?
Quando solicitamos a outros que reúnam informação ou factos, convém estarmos preparados para seleccionar a informação proveniente das suas avaliações…
Apoiarmo-nos naqueles que sabemos fazerem um juízo de valor aceitável pode ser também uma forma de avaliar, é como acatar um conselho de alguém que tem a nossa confiança e um sistema de valores similar e que, por isso, nos pode aconselhar.
Aprender a rodearmo-nos das pessoas certas para chegar à verdade faz parte do processo… É preciso estar consciente de que muitos nos dizem aquilo que acham que nós queremos ouvir, outros tentam proteger-se ou esconder parte da informação e há até os que manifestam a opinião deles, como se por osmose passasse a ser a nossa!
E, já agora, nestes processos rodeie-se de pessoas positivas, daquelas cuja probabilidade de lhe franzirem a cara ou dizerem “Isso não vai dar em nada”, “Vais fazer isso agora com o mercado como está?” for bem pequena…
Até chegar à verdade ou à realidade faça as perguntas que entender, filtre o mais possível, mesmo que estejamos a falar de números, e de seguida confie no seu discernimento para decidir o que fazer.
Que opções?
Nunca há apenas uma única solução à nossa disposição, há que considerar várias opções e, no final do processo, chegar às mais pertinentes e sensatas.
Considere-as todas, mesmo as aparentemente impraticáveis, como sejam eventualmente abrir outra área de negócio ou descontinuar um produto que entrou em produção no ano passado e está com baixa rentabilidade. Faça de conta que, por breves momentos, lhe atribuíram uma varinha de condão…
E a partir daí comece a filtrar as opções que são praticáveis e tente chegar a 2 ou 3 escolhas. Pondere qual delas escolher, se são alternativas ou se as deverá combinar ou sequenciar, veja se alguma só é necessária para mais tarde ou se é preferível ficar em aberto.
Dependendo do decisor, será necessário reunir mais ou menos informação, caso se trate de uma pessoa mais analisadora ou mais directiva. Alguns decisores, os mais sociais e, sim, grande parte das mulheres, decidem de forma mais entusiasta e emocional… e lá voltamos nós ao feeling, à intuição de que vai dar certo! Outros há que têm um menor perfil de risco e por isso precisam de mais tempo, de reunir os elementos todos, de perceber as mais e menos valias de cada opção e as respectivas implicações.
Para além do risco, e porque gostamos de semear culturas de sucesso…, será que nos focamos no benefício trazido por uma opção que corra muito bem e o quantificamos o suficiente? Qual será a viabilidade e a respectiva compensação?
Vamos a contas, para não ter que vacilar?
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