Baixar os braços? Pois provavelmente é o que apetece!
E sinceramente, desistir é sempre o mais fácil. O que ultimamente sentimos é isso mesmo. As pessoas estão mesmo desmotivadas, apáticas, de braços caídos, sem alento nem vontade para nada. Dá inclusivamente a sensação que o próprio mercado não sabe o que fazer nem para onde ir.
Estão todos a aguardar decisões e o impacto das mesmas no seu dia-a-dia.
O problema é que muitas empresas já vivem neste marasmo há muito tempo, e continuam com a postura de não fazer nada esperando eternamente que algo, não sabendo bem o quê, se resolva! Muitas tentam esconder o que realmente se passa aos colaboradores, outras resistem às notícias dos contabilistas ou dos departamentos financeiros e vão assim atravessando um pântano, de águas lamacentas, num barco que está prestes a afundar.
Falar de motivação e optimismo no contexto que atravessamos é sem dúvida difícil, quase estranho! Mas alento, paixão pelo que se faz, inovação, vontade e orgulho, são valores intemporais que podem ser resgatados sempre e em qualquer condição que as empresas ou o país atravessem.
Valerá a pena?
Essa será a primeira pergunta a fazer com 100% de honestidade e bom senso. Se a empresa não apresenta lucros, tem créditos a bancos ou entidades, tem pagamentos em atraso, tem problemas graves de liquidez e de produção, bem como de redução de vendas, há que organizar um gabinete de crise e ver se a empresa é viável.
Hoje em dia existem bastantes entidades de recuperação de crédito, que apoiam empresas em risco. Mas tem de se negociar, de ir à luta, de tentar.
Não tem por que desistir
Se existe viabilidade na empresa, então é analisar friamente em que departamentos teremos de actuar e como.
Quando implementámos o programa SOS Vendas e SOS Motivação com empresas, esse foi exactamente o objectivo. De forma muito pragmática e totalmente orientada aos resultados, como trabalhar com as equipas no sentido de guiar todos os colaboradores para um mesmo caminho, focados e orientados.
Outra vertente importante é a inovação. Muitos pensam que para inovar é necessário investir muito dinheiro, criar novas linhas de produção, criar novos produtos ou serviços. Mas, curiosamente, para inovar hoje em dia precisamos de imaginação!
Pode inovar no sistema de atendimento a clientes, por fazê-lo com um sorriso e de forma profissional, pode procurar no mercado lacunas que existam em certas áreas e tentar preenchê-las, etc. Veja ainda o que se faz de bem feito noutras áreas que não a do seu negócio e procure modelar.
Procure envolver toda a equipa na criação de ideias e soluções para proporcionar aos clientes experiências enriquecedoras e inesquecíveis. Não deixe que a sua equipa se contamine pelas notícias más, mas sim pelo entusiasmo. Mais do que nunca, e no ambiente em que vivemos, um sorriso pode fazer a diferença!
Pergunte aos seus clientes de que forma poderia ser ainda mais inovador, que produtos ou serviços gostariam de ver satisfeitos, e eles serão os impulsionadores de mudança na sua empresa. Ainda há pouco tempo diziam num programa de rádio que a inovação e um apoio ao cliente 5 estrelas poderiam ser a esperança de muitas empresas.
Tire o ruído de fundo
Como o pode fazer depende de empresa para empresa. Custa-me muito, especialmente nestes contextos mais desafiantes, ver colaboradores sem qualquer empenho, achando que trabalham única e exclusivamente para “encher os bolsos do patrão”. Penso que esta maneira de estar tem vindo a desaparecer, mas ainda são muitos os que pensam assim e, dessa forma, contaminam a equipa e contaminam os clientes.
Todos os colaboradores têm de compreender que não trabalham para o “patrão”, mas para si mesmos! A empresa também é deles, e se não conseguirem ajudar a empresa também eles serão prejudicados com o desfecho mais infeliz que a história pode ter!
Por isso somos da opinião de que todos devem saber os números do negócio, entender o que se passa na empresa e nos seus departamentos. Com maior ou menos pormenor, têm de perceber que só juntos e focados poderão dar a volta por cima e ir buscar ânimo, força e esperança, mesmo onde parecia não haver mais nada!
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