Crescer é bom, mas não é nada fácil!
Segundo as estatísticas, só uma em cada dez empresas crescem de forma sustentada e com lucro sistemático.
Assistimos a muitas start-ups, assentes em novas tecnologias, de nichos de mercado, ou mesmo com atividades fortemente sazonais, a terem um boom fantástico.
Mas nem sempre as empresas estão preparadas para crescer rápido demais, ou são dimensionadas para que o crescimento perdure. Sabemos que, mais difícil do que crescer, é manter esse crescimento ao longo do tempo…
Mas será que crescer rápido demais (ou não crescer) tem sintomas comuns às diversas empresas?
Quando o crescimento não é bem conduzido, os problemas são recorrentes e o diagnóstico torna-se evidente. Reclamações constantes de clientes, equipa desmotivada, poucas pessoas com as competências de que precisamos, guerras de poder e resultados aos soluços podem tornar-se efetivamente nas mais desafiantes dores de crescimento.
Vamos conhecer melhor estas dores de crescimento?
Clientes Insatisfeitos
Sempre que cometemos erros recorrentes e não conseguimos endereçar as expetativas que criamos, as reclamações dos clientes tornam-se uma constante. Para melhorar é preciso errar, mas os erros não podem ser a exceção tornada regra…
Quando a perceção do Serviço ao Cliente pela equipa comercial é enviesada, tornamo-nos incapazes de lidar com as objeções. Por outro lado, quanto maior for a sobrecarga dos vendedores, mais se condiciona a Paixão por Servir!
Equipa Desmotivada
Importa facultar à Equipa os recursos, a estrutura e a comunicação adequada.
Sempre que estas premissas não se verificam, a probabilidade de a equipa estar no limite mínimo, a trabalhar sob pressão e a atuar em modo bombeiro são enormes.
Não menos comum é o líder estar menos disponível para os colaboradores e a comunicação tornar-se escassa e confusa.
E quando o maestro se desorienta, a orquestra desafina e a falta de motivação instala-se!
Tarefas confusas
Às vezes já nem nos lembramos da definição de Funções com que iniciámos a Empresa, e o pior é que, com tanta coisa para fazer, vamos adiando a sua revisão…
Mas importa definir claramente as responsabilidades de cada elemento da equipa, caso contrário, vamos continuar a ter de lidar com responsabilidades pouco claras, com colaboradores que investem em tarefas não importantes e com colegas a executar tarefas em duplicado. E o pior é o que fica por fazer, enquanto uns estão à espera dos outros…
E a necessidade de repensar processos mal definidos? Falta tantas vezes sentido crítico e acabamos a fazer como sempre fizemos.
O não fazer prospeção porque não temos tempo, o não endereçar uma reclamação urgente porque foi com o colega A que está de folga ou o ter a frente de loja cheia e os comerciais todos na retaguarda a tratar da papelada serão exemplos que já o estão a deixar com urticária!
Competências inadequadas
“Com tanta gente na Equipa, não há ninguém para trabalhar…” – Hum, será que esta reflexão já lhe ocorreu?!
Isto resulta do facto de tipicamente colocarmos mais carga nos melhores ou nos mesmos de sempre, porque já sabemos que vão fazer acontecer, e não investirmos no desenvolvimento de competências do resto da Equipa…
Muitas vezes temos connosco pessoas que não vivem os valores ou contratações malsucedidas, ou porque não avaliámos bem o perfil necessário, ou porque dos poucos candidatos que nos apareceram escolhemos o menos mau!
Noutras situações admitimos as pessoas, mas depois não temos tempo de as acompanhar e, sem o nível de competência adequado, não confiamos e não delegamos.
Mas manter poucos e bons submersos em trabalho tem uma fatura enorme no futuro!
Conflitos de poder
Às vezes permitimos que a responsabilidade e a autoridade sejam confusas – todos mandam e ninguém faz acontecer ou temos gente a mandar em direções opostas e ninguém se entende…
A falta de legitimidade para a função ou a ambição desmedida despoletam ruído no ambiente de trabalho e levam a conflitos frequentes e a lutas de poder.
Por isso, importa definitivamente clarificar a autoridade e a responsabilidade, independentemente da dimensão da empresa ou da estrutura hierárquica ser mais vertical, ou de responsabilidade mais partilhada.
Resultados intermitentes
Sempre que as dores anteriores se combinam, não será de estranhar que a energia se canaliza na direção errada, que a determinação se torna escassa e que o desempenho e a produtividade deixam muito a desejar.
Por isso, não será de estranhar que tudo se reflita em resultados inconsistentes!
Se se reviu em alguns destes sintomas na sua Empresa, talvez esteja mesmo na altura de parar para pensar…. Parar faz-nos ganhar distância para podermos ter aquilo a que chamamos de uma visão de helicóptero do nosso negócio.
É preciso conhecer os problemas, é verdade, mas é muito mais necessário reconhecermos as oportunidades, sabermos procurá-las e termos a capacidade de nos focar na solução.
Vamos a isso?!
Ajude-nos a melhorar! Deixe-nos por favor o seu contributo para o tema.